Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
26 de Julho de 2010

 

 

 

A Associação de Desportos de Combate de Macedo de Cavaleiros (ADCMC) destacou-se, pela positiva, em mais uma gala de kickboxing, desta feita, organizada pelo Mestre Paulo D’Ávila, em Marco de Canaveses.

O atleta Hélder Ferreira foi desafiado a combater com o Mestre Ivo Cardoso, da equipa KTF, na modalidade Low-Kick, em que é permitida a potência máxima, categoria -75 kg.

Depois de um primeiro assalto equilibrado, o atleta da ADCMC mostrou, no segundo assalto, a sua superioridade física, levando o Mestre Ivo Cardoso a desistir de terminar o combate.

Recorde-se que, Hélder Ferreira foi o 3º classificado no Campeonato Nacional de Kickboxing, numa categoria onde se encontravam grandes nomes da modalidade.

Sendo o último evento da época, a ADCMC pretendeu, assim, dar experiência aos atletas, tendo em vista a próxima época desportiva.

Recentemente, a Associação adquiriu uma carrinha de nove lugares para o transporte dos atletas de Bragança para Macedo de Cavaleiros, bem como para as deslocações aos eventos em que participam, como seja nos campeonatos regionais e nacionais.

A viatura foi comprada com o apoio da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros.


O fim das taxas requeridas pelo Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) foi defendido, na semana passada, por todos os grupos parlamentares com assento na Assembleia da República. Na região, os habitantes das áreas do Parque Natural de Montesinho e do Parque Natural do Douro Internacional, bem como os autarcas, vinham contestando a entrada em vigor da nova portaria que definia o pagamento de taxas pela emissão obrigatória de pareceres ou pedidos de autorização ao ICNB. Na semana passada o assunto foi levado a plenário, na Assembleia da República, e recolheu a unanimidade de todos os partidos, que se mostraram a favor da isenção para os habitantes das áreas protegidas O grupo parlamentar do PSD aprovou em sessão plenária um projecto de resolução que recomenda ao Governo a revogação da Portaria em causa, bem como a elaboração de um estudo sobre a aplicação, destinatários e valor das taxas, tendo em conta que a população residente deve ficar isenta e que a valorização da área protegida deve ser feita com investimentos provenientes das taxas cobradas pelo ICNB por actividades desenvolvidas por não residentes. O deputado social-democrata António Cabeleira considera que este projecto “vai ao encontro da pretensão da população residente nas áreas protegidas” que se mostrou contra a imposição de taxas para o desenvolvimento da sua actividade. António Cabeleira considera mesmo que a aplicação da lei aprovada apenas penalizaria os agricultores e serviria para “pagar os vencimentos dos funcionários do ICNB residentes em Lisboa”. “Expliquem aos residentes de Rio de Onor, Malhadas, Urrós, Linhares, Lamas de Olo, Pitões da Junia, Lindoso, etc, que têm de pagar taxas pela prática secular de carvalhos para amenizar duros Invernos”, atirou. O deputado defende mesmo que “se a comunidade nacional exige e quer áreas protegidas, então tem que as financiar, de forma alguma é admissível o acréscimo de um cêntimo de receita através de aplicação de taxas às populações mais abandonadas do país”. No entender de António Cabeleira, os residentes das áreas protegidas deviam, inclusive, ser gratificados por serem “jardineiros da paisagem”, uma vez que as áreas protegidas são espaços de paisagens naturalizadas, fruto de actividade humana que, durante séculos, moldou e construiu ecossistemas equilibrados.
publicado por Lacra às 08:11
25 de Julho de 2010

“Red Burros Fly-In” é o nome do primeiro festival aéreo a realizar no Aeródromo Municipal de Mogadouro, no próximo dia 31 de Julho, e que alude ao festival organizado pela marca “Red Bull”, bem como à tradicional Feira de Burros que se realiza, todos os anos, na freguesia do Azinhoso, onde se situa o aeródromo. O evento pretende comemorar os cinco anos da inauguração daquela infra-estrutura e do Centro Internacional de Voo à Vela, empreendimentos financiados por dinheiros públicos, nomeadamente do Turismo. No Festival, o primeiro do género que o município organiza, vão estar presentes a Força Aérea Portuguesa, a Marinha, vários Aeroclubes, Patrulhas Acrobáticas e vários planadores. A entrada é livre e conta com espectáculos dos planadores da Academia da Força Aérea, das Patrulhas Fantasma (RV-6 e VaryEze), da Aerobática (Pitts S2B e Extra 300), dos Smokewings (Yak-52); bem como do Dornier Do.27 do Museu do Ar, o Westland Lynx Mk.95 da Marinha, o Chipmunk do Museu Aerofenix e os planadores do Centro Internacional de Voo à Vela de Mogadouro. No evento são esperadas centenas de pessoas do concelho de Mogadouro e até do distrito, uma vez que este tipo de actividades não são frequentes na região, como notou João Henriques, vice-presidente da câmara municipal. “Vai ser um dia muito importante para a divulgação do Centro Internacional de Voo à Vela e do concelho porque, na nossa zona, este tipo de actividades não acontecem com frequência”. Actualmente, o Centro Internacional de Voo à Vela de Mogadouro está a realizar um segundo curso de planadores que conta com nove pilotos inscritos, sendo, a nível nacional, uma das únicas escolas que funciona no país.
24 de Julho de 2010

 

A GNR recebeu, ontem, uma denúncia anónima referindo a existência de uma plantação de cannabis num terreno situado nas traseiras da Junta de Freguesia de Belver, em Carrazeda de Ansiães. Na ida ao local, os militares confirmaram a denúncia, tendo encontrado 24 pés de plantas Cannabis, com uma altura de 1 a 3,5 metrtos e um peso de 14,820 kg.

Fora ainda apreendidas 105 gramas de folhas de Cannabis Sativa que se encontravam debaixo de uma árvore a secar.

A GNR apurou que a droga pertenceria a dois jovens, com idades compreendidas entre os 21 e os 22 anos, residentes em Belver, Carrazeda de Ansiães, mas estes não foram detidos por não se encontrarem no local, não tendo ocorrido o flagrante delito.

 

publicado por Lacra às 09:36

Neste Sábado o palco do Festival Sete Sóis Sete Luas, em Alfândega da Fé, vai ser invadido pelos ritmos do país basco.

No Largo de S. Sebastião os Korrontzi prometem um espectáculo cheio de alegria e energia.

Korrontzi é um jovem grupo revelação da música do Pais Basco, que descobriu a antiga tradição do “trikitilari” (interprete deacordeão diatónico) chamado “Korrontzi” que costumava aproximar-se todos os domingos na praça principal da cidade de Munguia (Vizcaya) em cima de um burro.

Este músico transmitia alegria às pessoas que iam sair da missa das 11 horas do Domingo.

O grupo quer assim homenagear a cultura popular basca e ao mesmo tempo quer estar atento às influências de todo o mundo, são cinco músicos e dois bailarinos em palco a partir das 21.30h.

 

23 de Julho de 2010

Este ano, no primeiro Sábado de Setembro, festeja-se, provavelmente, a última festa do Divino Senhor da Barca na Ermida de Santo Antão, junto ao rio Sabor. A construção da barragem vai deixar todo o vale inundado, mas dificilmente apagará as memórias ou a devoção das gentes que, todos os anos, ali iam à romaria. 

O novo local onde a capela ficará situada, o Alto do Rebentão, parece agradar à maioria dos fiéis, pois quando a barragem do Baixo Sabor estiver concluída, o local ficará cercado de água. Ainda assim, se poucos duvidam que a fé se perca, muitos evidenciam sentimentos dispares quanto à irrecuperável perda do mítico local. A pouco mais de um mês e meio da festa, possivelmente a última que se realizará junto ao rio Sabor, fomos ouvir as memórias dos habitantes de Parada, freguesia do concelho de Alfândega da Fé a que pertence a capela.

Junto a um antigo café que dava pelo nome de Santo Antão, debaixo de uma figueira, encontramos um grupo de populares da mesma geração – anos 30.

Todos eles guardam lembranças de uma infância passada à beira-rio que tinha como ponto alto a celebração da festa em honra do Santo Antão. A seis quilómetros da aldeia, ali iam a pé por caminhos onde apenas circulavam pessoas ou animais. Poucos tinham carro mas nem que tivessem, ali não se descia de outra forma. Havia os que ali permaneciam todo o ano, os que iam apenas ao fim-de-semana e os que chegavam de outros concelhos limítrofes, como Mogadouro ou Torre de Moncorvo, apenas para a romaria. Mas os de Parada eram os que ali passavam mais tempo. A festa preparava-se ao longo de todo o ano e cabia ao ermitão a responsabilidade de “guardar o local”.

Sérgio Ribeiro, de 74 anos, lembra-se bem desses tempos pois foi naquele vale que viveu durante 29 anos, enquanto o seu avô, ermitão, foi vivo.

“Ali ainda viveu muita gente. Os lavradores iam para lá trabalhar nas quintas. No Verão iam para lá conviver. É um local que marcou muito as pessoas daqui da aldeia de Parada”, contou.

Em criança, passava a semana na aldeia onde frequentava a escola primária e era ao fim-de-semana que tinha autorização para ir até ao vale onde diz que “andava como os ciganos”, numa alusão à liberdade que ali sentia. O seu irmão, António Joaquim Ribeiro, dois anos mais novo, não teve a mesma “sorte”. Os tempos eram duros para aquelas gentes e foi entregue a umas tias que o criaram. Ainda assim, ia ao vale amiúde e confessa que “gostava muito daquilo”.

“Nós éramos criados uns com os outros, tínhamos mais convivência, havia menos fartura e um bocadinho de pão dava para todos. Quando nos juntávamos ali todos, era uma festa”.

Saudosistas dos tempos passados, não sabem precisar a origem do culto, nem do local, mas acreditam que será muito, muito antigo. “A cantaria da capela veio de Carviçais num tempo em que nem havia caminhos. Não sei como terão feito isso”, comentou António Ribeiro.

O que consta é que a capela foi mandada construir há mais de 200 anos, por uma família de grandes posses, proprietária de muitas herdades, os Távoras, num local a que chamavam Poço da Barca. Seria ali que as pessoas e mercadorias atravessavam o rio numa barca, vindo daí o nome de Santo Antão da Barca.

Sobre o Santo Antão, há diferentes versões. Por um lado, a lenda diz que a capela construída pelos Távoras veio substituir outra mais antiga que já existia em honra de Santo Antão, um eremita egípcio que terá vivido no século III. Segundo os populares Santo Antão doou os seus bens aos pobres e dedicou-se a guardar porcos, sendo por isso que a sua imagem tem aos pés a figura de um destes animais.

Como quer que a fé e a devoção no Santo Antão tenha chegado a Trás-os-Montes, nomeadamente a Parada, o que é certo é que é conseguiu mobilizar toda aquela freguesia, que andava o ano todo a preparar a festa em sua honra, como agradecimento das “graças” concedidas.

Mas o culto chama ao local, ainda hoje, gente de toda a região: Carviçais, Felgar, Torre de Moncorvo, Valverde, Estevais, Meirinhos, Alfândega da Fé, Vilarchão, Cerejais, Picões, e até de Freixo de Numão.

Todos iam a pé ou nos machos, com as alforjas carregas com a merenda. A banda de música também ia pé e ali chegaram a tocar “duas e três bandas”, o que significa uma enorme despesa para os tempos que corriam, como contou António Ribeiro.

“Tínhamos que juntar dinheiro, pedir a uns e a outros, a festa gastava muito. Naquele tempo chegavam a ir três bandas de música, dois fogueteiros, ficava tudo muito caro. Toda a aldeia trabalhava para a festa, eram muito unidos”.

O mesmo recorda Manuel Garcia, de 76 anos, que só lamenta já não puder “beber, dançar e pular” como noutros tempos.

“Íamos para lá antes da festa, conviver, e só voltávamos no fim, à noite, cheios de sono, a comer os figos das figueiras da ladeira”, lembrou.

E a música, essa, vinha nos ouvidos, rematou Emília da Bárbara, de 74 anos.

“Vínhamos embora detrás da música, com o som nos ouvidos”.

Dos namoros que por lá se arranjavam, fala pouco, que no seu tempo eram outros os modos e não se “bailava” como agora.

“Andávamos a correr de volta da capela e diziam-nos: oh meninas, oh meninas, dêem-nos a sua graça. E nós respondíamos, a nossa graça anda aí no arraial”.

Nos tempos que vinham mais secos, porque no Verão, segundo contam, o rio sempre teve pouca água, “atravessava-se de um lado ao outro”, mas em anos mais secos, depositando toda a fé no Santo Antão, os populares levavam o andor a pé, subindo o caminho íngreme, para depois o descerem novamente.

“A muda só era feita de sete em sete anos, ou a intervalos menores se a seca fosse muito grande”, contaram.

E é por causa da seca e da pouca água que o rio leva, durante o verão, que toda aquela geração é unânime em dizer que “a barragem faz muita falta”.

“Eu fui ali criado, pertenço aquele local, mas a água faz muita falta”, apontou Sérgio Ribeiro.

Também Manuel Garcia lamenta a perda do emblemático lugar a que chamam Miragaia, mas diz-se “a favor da barragem” para que “haja água em abundância para todos”.

Quando o empreendimento for concluído, a água vai cobrir todo o local, até à ponte de Sardão-Meirinhos e ao Alto do Rebentão, o novo local onde a capela ficará situada. Ali dizem ser “o melhor sítio”.

“O Santo Antão tem de ficar de frente para a capela antiga, junto à água, tem de ser sempre junto à água”, dizia Emília Bárbara.

Manuel Garcia é outro dos que concorda com a solução encontrada e até considera que a mudança pode ser “boa”.

“Cá em cima fica mais perto, fazem uma nova capela, fica outra coisa”, considerou.

António Gouveia, de uma geração bem mais nova, (anos 60), concorda com esta perspectiva, embora se assuma pouco favorável à construção da barragem. Da infância guarda os tempos passados à beira-rio, nas colónias de férias da escola, organizadas ainda no tempo de Salazar.

“Ali dormíamos, brincávamos, nadávamos, pescávamos”, apontou. “Eu conheci o rio livre e também me sentia livre”.

Conformado, até porque a barragem já se encontra em construção, António vai escrevendo poemas, “era o rio da minha infância, que eu bem conheci. Sonhava-me nas cascalharias, também me sentia livre”. 

“A afinidade que tínhamos com aquele local era muito grande, era um local sagrado”, justifica, apontando, no entanto, que, “possivelmente”, a população até sairá beneficiada pois a capela já se encontrava muito “degradada” e “o passado acabou”.

A fé no Santo Antão, essa, será sempre inabalável porque apenas muda o local. À festa continuam a acorrer milhares de pessoas, dos três concelhos limítrofes e não só. Mudaram os tempos, “há mais fartura, menos convivência”, mas a fé, garantem, “será sempre a mesma”.

 


O IP4 esteve encerrado, ontem, ao final da tarde, após uma colisão frontal no IP4, perto da aldeia dos Passos (Mirandela). Dois veículos chocaram tendo provocado dois feridos ligeiros e um grave que necessitou de ser desencarcerado.

Os Bombeiros de Mirandela acorreram ao local com três viaturas e 15 homens, a que se juntaram os meios do INEM, nomeadamente a ambulância SIV de Mirandela e o helicóptero que se encontrava estacionado em Macedo de Cavaleiros.

 

Foto com Direitos Reservado

publicado por Lacra às 08:39
22 de Julho de 2010

Os “Diabo na Cruz” encerram, no próximo dia 30 de Julho, o programa de concertos de Verão ao ar livre do Teatro Municipal de Bragança.

Desde o início do mes que o Teatro tem colocado o “palco na praça”, oferecendo, ao público em geral, um conjunto de espectáculos musicais de bandas portuguesas de elevada qualidade que, posteriormente, passarão todas pela Casa da Música, no Porto.

“Toque da Caixa”, “Mandrágora”, “Anaquim”, “Melech Mechaya”, foram as bandas que já passaram pelo espaço ao ar livre. Nesta sexta-feira, dia 23, é a vez dos conterrâneos mirandeses Galandum Galundaina, num concerto agendado para as 22h00, na Praça Norte, com entrada livre.

Já no dia 28 de Julho é a vez de “Tucanas”, um projecto de percussão no feminino que tem vindo a desenvolver novas sonoridades e que utiliza o próprio corpo como instrumento. O público pode esperar um espectáculo com uma forte componente cénica, jogos de ritmo e um visual muito próprio em que o elemento água estará em destaque, surgindop como pano de fundo para estórias cantadas.

Depois do espectáculo em Bragança, as “Tucanas” actuam no Boom Festival, em Idanha-a-Nova, seguindo, depois, para duas actuações no Brasil.

A finalizar a programação “Palco na Praça”, o Teatro Municipal traz a Bragança os “Diabo na Cruz”, uma das bandas portuguesas mais aclamadas da actualidade pela “fórmula” musical surpreendente e inovadora que apresentam – uma mistura de rock com música tradicional portuguesa. Sobre os “Diabo na Cruz” já se disse que são “a coisa mais fascinante que se escutou desde o projecto Humanos”, (João Miguel Tavares, revista Time Out); ou que as suas canções são “iluminadas”, (Blitz); já o jornal I considerou que a banda apresenta uma “união definitiva e quase perfeita do melhor rock com a tradição portuguesa”

O espectáculo é já no dia 30 de Julho, às 22h00, com entrada livre. Os “Diabo na Cruz” vão ainda marcar presença no festival “L Burro i l gueiteiro”, em Miranda do Douro, no dia 1 de Agosto, e no Festival Sudoeste, a 7 de Agosto.

 


Os doentes crónicos do Planalto Mirandês com necessidade de cuidados paliativos já têm ao seu dispor uma rede de cuidados ao domicílio. O projecto pioneiro, a nível nacional, partiu de um desafio da Fundação Calouste Gulbenkian, e envolve várias entidades dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso. Sob a responsabilidade da médica Jacinta Fernandes, os doentes com necessidade de cuidados paliativos vão, agora, dispor de uma equipa multidisciplinar que irá ao seu encontro na tentativa de oferecer maior qualidade de vida e um acompanhamento para o alívio da dor total, não só física, mas também psicológica. Neste projecto colaboram a Fundação Calouste Gulbenkian, a promotora, as câmaras municipais, Santas Casas da Misericórdia e Administração Regional de Saúde. Numa primeira fase foi enviado um ofício aos presidentes das juntas para que referissem os casos que conhecessem de pessoas com necessidade de cuidados paliativos. Embora nem toda a informação prestada até ao momento se viesse a confirmar como correcta, Jacinta Fernandes aponta que este trabalho de diagnóstico já permitiu observar 49 pessoas, sendo que 17 estão já a ser acompanhadas regularmente. Segundo explicou, este serviço pretende ir ao encontro de doentes incapacitados que, muitas vezes, “estão na cama, à espera que a morte chegue, sem mais ninguém a não ser a família que, muitas vezes, não sabe nem tem meios para os tratar”. Com uma equipa em cada concelho, o objectivo é, assim, fazer o acompanhamento destes doentes, não só no controlo dos sintomas, mas também no alívio da dor física e psicológica, para que tenham “uma morte digna”, conforme apontou. “Temos doentes que vão viver muitos anos, mas com muitas dificuldades e que necessitam de um acompanhamento pois tratam-se de doentes com doenças crónicas, progressivas e incapacitantes”. A Fundação Calouste Gulbenkian foi a principal promotora da implementação deste projecto no distrito, visando, naquilo que é já uma tradição, ir de encontro às necessidades de uma vasta populaçao, na sua maioria idosa, que dificilmente encontra resposta para os seus problemas. Jorge Soares, da instituição promotora, explicou que Fundação Calouste Gulbenkian já, em tempos, financiou grande parte do plano de vacinação dos portugueses. “A fase agora é do desenvolvimento da investigação, por um lado, e por outro, a humanização”, apontou. “As pessoas, quando chegam ao ocaso da vida, têm de encontrar as melhores condições para morrer com dignidade e a Fundação pode dar ajuda porque nem sempre há tanta sensibilidade do Estado para essas acções”, considerou Jorge Soares. O responsável apontou ainda que a implementação deste projecto no Planalto Mirandês só foi possível porque houve interlocutores e parceiros à altura para responder ao desafio, nomeadamente a médica Jacinta Fernandes, a gestora do projecto Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos do Planalto Mirandês. A nova Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos conta já com a cedência de um espaço pela câmara de Miranda do Douro, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, bem como de um espaço na antiga escola do Variz, em Mogadouro, cedido pela autarquia local. Neste último espaço, vai estar um administrativo responsável pela organização e gestão de equipamentos para empréstimo aos utentes, como camas, cadeiras, cadeiras de rodas, entre outros. As Santas Casas da Misericórdia, bem com os Centros de Saúde locais também vão prestar apoio logístico, nomeadamente através dos seus recursos humanos. Até ao final do ano, a Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos conta chegar a um universo de 300 doentes do Planalto Mirandês. O projecto pode vir a ser replicado noutros pontos do país.

Os alunos do sexto ano da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto estão a ter aulas de prática cirúrgica com o director do serviço de cirurgia, António Ferrão, e, no próximo ano, pode ainda receber alunos do Instituto Superior de Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). O médico e docente considera que este é mais um factor que “prova” à população que os médicos do Centro Hospitalar são “competentes”. “A Faculdade de Medicina do Porto dá competência aos médicos do Centro Hospitalar para ensinar, deve ser porque os médicos são competentes”, comentou. Ao mesmo tempo, António Ferrão considera que a vinda dos alunos também é vantajosa para os profissionais da casa: “obriga-nos a andar em cima da onda e a estarmos sempre actualizados”. Já para os alunos que vêm do Porto esta é uma forma de contactar com a realidade hospitalar, com as tecnologias existentes e com o mundo do trabalho. As reestruturações feitas, a par com a aposta na formação e na inovação, levaram, ainda, recentemente, a que o Centro Hospitalar pedisse a atribuição de idoneidade total na formação do Internato Complementar de Cirurgia Geral. Este é um pedido enviado ao Ministério da Saúde, mas que teve o parecer de outros Colégios, conforme explicou António Ferrão. “Pedimos ao Colégio de Cirurgia Geral para fazer a inspecção técnica. Espero que seja programada ainda este ano para que o pedido siga os trâmites”. António Ferrão considera que esta será a “prova provada que fazemos tudo igual a todos e que somos tão bons quanto todos os outros hospitais”.
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obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
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