Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
22 de Julho de 2010

Os “Diabo na Cruz” encerram, no próximo dia 30 de Julho, o programa de concertos de Verão ao ar livre do Teatro Municipal de Bragança.

Desde o início do mes que o Teatro tem colocado o “palco na praça”, oferecendo, ao público em geral, um conjunto de espectáculos musicais de bandas portuguesas de elevada qualidade que, posteriormente, passarão todas pela Casa da Música, no Porto.

“Toque da Caixa”, “Mandrágora”, “Anaquim”, “Melech Mechaya”, foram as bandas que já passaram pelo espaço ao ar livre. Nesta sexta-feira, dia 23, é a vez dos conterrâneos mirandeses Galandum Galundaina, num concerto agendado para as 22h00, na Praça Norte, com entrada livre.

Já no dia 28 de Julho é a vez de “Tucanas”, um projecto de percussão no feminino que tem vindo a desenvolver novas sonoridades e que utiliza o próprio corpo como instrumento. O público pode esperar um espectáculo com uma forte componente cénica, jogos de ritmo e um visual muito próprio em que o elemento água estará em destaque, surgindop como pano de fundo para estórias cantadas.

Depois do espectáculo em Bragança, as “Tucanas” actuam no Boom Festival, em Idanha-a-Nova, seguindo, depois, para duas actuações no Brasil.

A finalizar a programação “Palco na Praça”, o Teatro Municipal traz a Bragança os “Diabo na Cruz”, uma das bandas portuguesas mais aclamadas da actualidade pela “fórmula” musical surpreendente e inovadora que apresentam – uma mistura de rock com música tradicional portuguesa. Sobre os “Diabo na Cruz” já se disse que são “a coisa mais fascinante que se escutou desde o projecto Humanos”, (João Miguel Tavares, revista Time Out); ou que as suas canções são “iluminadas”, (Blitz); já o jornal I considerou que a banda apresenta uma “união definitiva e quase perfeita do melhor rock com a tradição portuguesa”

O espectáculo é já no dia 30 de Julho, às 22h00, com entrada livre. Os “Diabo na Cruz” vão ainda marcar presença no festival “L Burro i l gueiteiro”, em Miranda do Douro, no dia 1 de Agosto, e no Festival Sudoeste, a 7 de Agosto.

 


Os doentes crónicos do Planalto Mirandês com necessidade de cuidados paliativos já têm ao seu dispor uma rede de cuidados ao domicílio. O projecto pioneiro, a nível nacional, partiu de um desafio da Fundação Calouste Gulbenkian, e envolve várias entidades dos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro e Vimioso. Sob a responsabilidade da médica Jacinta Fernandes, os doentes com necessidade de cuidados paliativos vão, agora, dispor de uma equipa multidisciplinar que irá ao seu encontro na tentativa de oferecer maior qualidade de vida e um acompanhamento para o alívio da dor total, não só física, mas também psicológica. Neste projecto colaboram a Fundação Calouste Gulbenkian, a promotora, as câmaras municipais, Santas Casas da Misericórdia e Administração Regional de Saúde. Numa primeira fase foi enviado um ofício aos presidentes das juntas para que referissem os casos que conhecessem de pessoas com necessidade de cuidados paliativos. Embora nem toda a informação prestada até ao momento se viesse a confirmar como correcta, Jacinta Fernandes aponta que este trabalho de diagnóstico já permitiu observar 49 pessoas, sendo que 17 estão já a ser acompanhadas regularmente. Segundo explicou, este serviço pretende ir ao encontro de doentes incapacitados que, muitas vezes, “estão na cama, à espera que a morte chegue, sem mais ninguém a não ser a família que, muitas vezes, não sabe nem tem meios para os tratar”. Com uma equipa em cada concelho, o objectivo é, assim, fazer o acompanhamento destes doentes, não só no controlo dos sintomas, mas também no alívio da dor física e psicológica, para que tenham “uma morte digna”, conforme apontou. “Temos doentes que vão viver muitos anos, mas com muitas dificuldades e que necessitam de um acompanhamento pois tratam-se de doentes com doenças crónicas, progressivas e incapacitantes”. A Fundação Calouste Gulbenkian foi a principal promotora da implementação deste projecto no distrito, visando, naquilo que é já uma tradição, ir de encontro às necessidades de uma vasta populaçao, na sua maioria idosa, que dificilmente encontra resposta para os seus problemas. Jorge Soares, da instituição promotora, explicou que Fundação Calouste Gulbenkian já, em tempos, financiou grande parte do plano de vacinação dos portugueses. “A fase agora é do desenvolvimento da investigação, por um lado, e por outro, a humanização”, apontou. “As pessoas, quando chegam ao ocaso da vida, têm de encontrar as melhores condições para morrer com dignidade e a Fundação pode dar ajuda porque nem sempre há tanta sensibilidade do Estado para essas acções”, considerou Jorge Soares. O responsável apontou ainda que a implementação deste projecto no Planalto Mirandês só foi possível porque houve interlocutores e parceiros à altura para responder ao desafio, nomeadamente a médica Jacinta Fernandes, a gestora do projecto Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos do Planalto Mirandês. A nova Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos conta já com a cedência de um espaço pela câmara de Miranda do Douro, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, bem como de um espaço na antiga escola do Variz, em Mogadouro, cedido pela autarquia local. Neste último espaço, vai estar um administrativo responsável pela organização e gestão de equipamentos para empréstimo aos utentes, como camas, cadeiras, cadeiras de rodas, entre outros. As Santas Casas da Misericórdia, bem com os Centros de Saúde locais também vão prestar apoio logístico, nomeadamente através dos seus recursos humanos. Até ao final do ano, a Unidade Domiciliária de Cuidados Paliativos conta chegar a um universo de 300 doentes do Planalto Mirandês. O projecto pode vir a ser replicado noutros pontos do país.

Os alunos do sexto ano da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto estão a ter aulas de prática cirúrgica com o director do serviço de cirurgia, António Ferrão, e, no próximo ano, pode ainda receber alunos do Instituto Superior de Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). O médico e docente considera que este é mais um factor que “prova” à população que os médicos do Centro Hospitalar são “competentes”. “A Faculdade de Medicina do Porto dá competência aos médicos do Centro Hospitalar para ensinar, deve ser porque os médicos são competentes”, comentou. Ao mesmo tempo, António Ferrão considera que a vinda dos alunos também é vantajosa para os profissionais da casa: “obriga-nos a andar em cima da onda e a estarmos sempre actualizados”. Já para os alunos que vêm do Porto esta é uma forma de contactar com a realidade hospitalar, com as tecnologias existentes e com o mundo do trabalho. As reestruturações feitas, a par com a aposta na formação e na inovação, levaram, ainda, recentemente, a que o Centro Hospitalar pedisse a atribuição de idoneidade total na formação do Internato Complementar de Cirurgia Geral. Este é um pedido enviado ao Ministério da Saúde, mas que teve o parecer de outros Colégios, conforme explicou António Ferrão. “Pedimos ao Colégio de Cirurgia Geral para fazer a inspecção técnica. Espero que seja programada ainda este ano para que o pedido siga os trâmites”. António Ferrão considera que esta será a “prova provada que fazemos tudo igual a todos e que somos tão bons quanto todos os outros hospitais”.

Os doentes do foro oncológico continuam, na maioria dos casos, a ser reencaminhados para o Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO) quando, muitos deles, poderiam ser atendidos no Centro Hospitalar do Nordeste. António Ferrão, director do Serviço de Cirurgia do Centro Hospitalar, lamenta que muitos médicos continuem a indicar o IPO doentes que poderiam ser tratados no distrito. “Infelizmente ainda não conseguimos atingir a população toda”, assumiu, apontando que é preciso “ultrapassar o velho conceito de que este hospital não presta e no Porto é que as pessoas são bem tratadas”. No entender do responsável, este “preconceito” ainda é “muito corrente”, com prejuízo para os doentes. As reestruturações ao nível da cirurgia, com a aposta na cirurgia de ambulatório e nas inovações tecnológicas, fazem com que, hoje em dia, o Centro Hospitalar tenha capacidade para dar uma resposta “mais eficiente” aos doentes do foro oncológico, e não só. “Criamos a Unidade da Mama, em Mirandela, e fazemos coisas que antes não fazíamos”, apontou, garantindo que ao doente é dada “a mesma qualidade de tratamento cirúrgico, com maior vantagem e qualidade”. António Ferrão refere ainda que muitas das cirurgias, das diferentes especialidades, podem hoje ser feitas em regime de ambulatório, com recurso a técnicas não invasivas. Isto permite que o doente dê entrada no hospital e saia no mesmo dia ou no dia seguinte. Segundo apontou, 70 por cento das pessoas que necessitam de ir ao hospital para ser operadas, fazem-no já em regime de ambulatório, na unidade centrada em Mirandela, mas, mesmo assim, ainda é preciso aumentar estes números. “Ainda temos muito trabalho a fazer, não só no que diz respeito à cirurgia geral, mas também nas outras especialidades”.
publicado por Lacra às 10:00

 

António Ferrão é professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e chegou ao Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano há cerca de um ano para assumir a direcção do Serviço de Cirurgia.

Em entrevista, o médico cirurgião explicou as reestruturações que têm sido introduzidas e o seu porquê, apontando que não vale a pena ter serviços que não servem a população e que são apenas “fachada”

 

Podia começar por nos explicar que alterações é que foram feitas ao serviço de urgência médico-cirúrgica e o porquê?

 

António Ferrão: As alterações que foram feitas ocorrem porque os médicos estão de férias, mas os doentes de foro cirúrgico continuam a ser operados em Mirandela. Durante 24 horas por dia, todos os dias, a unidade tem um cirurgião de permanência na urgência como tinha até aqui. A única coisa que aconteceu é que no período das 14h00 às 24h00, em que havia a possibilidade de chamar um médico, (e diga-se, em abono da verdade, que isto só é possível se o médico aceitar, o que é grave pois temos de contar com as pessoas e não com boa-vontade), mas só nesse período e por falta de médicos, se houver necessidade da tal cirurgia emergente é que são transferidos para Bragança. No restante horário os utentes continuam a ser tratados em Mirandela. Isto não traz nenhum inconveniente para o doente.

 

Mas o presidente da câmara de Mirandela reclama que em causa está o conceito de urgência médico-cirúrgica. Diz mesmo que o que está a funcionar em Mirandela é uma urgência básica à qual faltam as especialidades que uma urgência médico-cirúrgica tem.

 

A. F.: Mas nunca teve! Por exemplo, um doente quando é operado, precisa de outras coisas que esse hospital tem de ter. Pode ter blocos operatórios, cirurgiões mas se faltar o resto, como ter uma equipa de enfermagem permanente, ter monitorização a tempo inteiro, unidades de cuidado intermédio ou de cuidado intensivo... e Mirandela não tem, nem nunca teve.

É uma visão utópica porque nem a unidade hospitalar de Bragança tem.

Por isso é que eu acho que é muito mau estarmos a dividir tão pouco, tão pouca gente por tantas capelas. Nenhuma ficará bem servida, é uma fachada. Os doentes só são bem tratados nos locais onde puderem ser tratados. Não é por ter uma urgência aberta, porque uma urgência aberta sem nada lá dentro...

 

“desde que estou cá, há um ano e meio, urgência e emergências, na Cirurgia, ainda não tivemos nenhumas. A probabilidade disso acontecer é muito baixa e ninguém pode pensar que pode estar numa equipa, a ganhar fortunas, para salvar uma vida por ano”

 

E podem ser bem tratados no Centro Hospitalar do Nordeste?

A. F.: Não tenho dúvida nenhuma. Não tenho eu, nem tem nenhum médico. Mas já por causa desta confusão política, tratei de pedir inspecções às pessoas competentes para darem pareceres porque o senhor presidente da câmara de Mirandela pode perceber de outros assuntos, mas de saúde não sabe rigorosamente nada.

 

Então acha que isto é tudo uma questão política?

A. F.: Sim, exactamente, não tem nexo nenhum. Posso dizer que o helicóptero do INEM é que é a verdadeira urgência de todo o distrito porque pode ir a Mirandela, a Carrazeda de Ansiães, a Miranda do Douro e rapidamente evacuar o doente para o sítio certo, que pode nem ser Bragança. Ter equipas de INEM nas unidades todas e um helicóptero é que é importante, dá segurança e salva muitas mais vidas do que qualquer urgência aberta.

 

Mas como explica que todo este problema se tenha levantado?

A. F.: O Centro Hospitalar do Nordeste tem falta de médicos e não é só por causa da urgência, é por tudo.  Este distrito tem obrigação de ter um conjunto de médicos para as várias especialidades que existem, mas não temos e não temos por causa dessas políticas que até agora vigoraram e que eram as políticas da minha capelinha, do meu hospital. Nenhum médico está para vir para um hospital concelhio, acha que alguém tem essa vocação? Os médicos são profissionais de saúde que querem trabalhar e ganhar dinheiro, mas em boas condições, porque o dinheiro não é tudo. Os médicos querem ter acesso à qualidade de trabalho e isso só se faz juntando as pessoas numa estrutura única.

 

“ os médicos devem ganhar dinheiro, não sou contra isso, só que devemos ganhar dinheiro à custa do nosso trabalho, não à custa de usurpar os lugares dos outros para ficarmos com tudo para nós”


Está a dizer, então, que estes problemas que se têm levantado publicamente, nasceram internamente?

A. F.: Muitas pessoas estavam aqui apenas para ganhar dinheiro. Eu acho que os médicos devem ganhar dinheiro, não sou contra isso, só que devemos ganhar dinheiro à custa do nosso trabalho, não à custa de usurpar os lugares dos outros para ficarmos com tudo para nós. Tive dificuldade em fazer algumas reformas porque tive de mexer no bolso das pessoas.

 

Mas isso esteve relacionado com a questão da urgência de Mirandela?

A. F.: Não. A questão de Mirandela está relacionada com o facto dos médicos estarem de férias. Agora, também lhe digo, desde que estou cá, há um ano e meio, urgência e emergências, na Cirurgia, ainda não tivemos nenhumas. A probabilidade disso acontecer é muito baixa e ninguém pode pensar que pode estar numa equipa, a ganhar fortunas, para salvar uma vida por ano. A saúde pública custa dinheiro a todos. Alguém está permanentemente a trabalhar num hospital, 24 horas por dia, à espera da hipótese remota de acontecer um sinistrado por ano? É ridículo.

 

“Havia médicos que ocupavam um lugar quase absoluto em relação aos colegas, isso não pode ser, somos todos iguais. Isso foi um trabalho árduo, foi o mais difícil”

 

Então e que reformas é que introduziu?

 

A. F.: Foram muitas, mas sobretudo por as pessoas a trabalhar em equipa, trazer os cirurgiões de Bragança para Mirandela e de Mirandela para Bragança, deixar as coutadas, distribuir o trabalho por todos. Havia médicos que ocupavam um lugar quase absoluto em relação aos colegas, isso não pode ser, somos todos iguais. Isso foi um trabalho árduo, foi o mais difícil.

 

Mas esses problemas de relacionamento devem-se a quê, em concreto?

A. F.: A dificuldade de relacionamento tem a ver com a rivalidade, com as capelinhas. Entre Mirandela e Bragança, em Macedo não temos esse problema, a rivalidade entre as pessoas e as populações, chocou-me. Pior que um Porto - Benfica em final de campeonato. É incrível como as pessoas se conseguem quase odiar, é muito difícil trabalhar assim.

 

“hoje vivemos numa espécie de paz aparente porque há instigações a todo o instante de pessoas que ainda querem deitar areia na camioneta, para ver se tudo volta atrás, em prejuízo do doente, mas em benefício pessoal”

 

Sentiu isso quando, há cerca de ano e meio, chegou ao Centro Hospitalar do Nordeste?

 

A. F.: E de que maneira! Não estou habituado a isso. Mesmo hoje vivemos numa espécie de paz aparente porque há instigações a todo o instante de pessoas que ainda querem deitar areia na camioneta, para ver se tudo volta atrás, em prejuízo do doente, mas em benefício pessoal.

 

Então foi mais difícil organizar as pessoas e pô-las a trabalhar em equipa do que organizar a estrutura hospital ?

 

A. F.: Sim, o mais fácil foi organizar a estrutura hospitalar porque o que estou a fazer não é nenhuma invenção, é o que se pratica na quase totalidade dos hospitais: é gerir pessoas, por as pessoas a trabalhar em equipas, organizar serviços, protocolos, todos os procedimentos serem universais.

 

"Aumentar o número de cirurgiões é fundamental, mas é preciso ir mudando mentalidades para que as pessoas não cheguem cá e não julguem que estão a mais, para que não sejam “corridos” pelos colegas, por assim dizer"

 

E o serviço ainda não funcionava assim, com procedimentos idênticos aos de outros hospitais?

A. F.: Não, era uma coisa notável. Uma pessoa deste distrito, para fazer uma biópsia da tiróide, tinha que ir ao Porto. Isto é que acontecia é que era mau e só se consegue resolver trazendo as pessoas para cá e ensinando-as. Mas foi difícil com o tipo de gestão que havia, quase uma gestão individual, muito caseirista.

 

E hoje em dia, acha que se pode comparar o Centro Hospitalar aos dos grandes centros situados no Porto ou em Lisboa?

A. F.: No que diz respeito ao Serviço de Cirurgia nós só não fazemos cirurgias que necessitem de cuidados intensivos porque não temos Unidade de Cuidados Intensivos, embora tenhamos médicos intensivistas. Também nunca faremos cirurgias que obriguem a um grande número de doentes por ano para se manter a tecnologia apurada, nomeadamente, a grande cirurgia hepática, isso não faremos nunca. Todos os outros tipos de cirurgia podem ser feitos aqui.

 

"temos que dar um passo fundamental: informar os de fora que aqui se fazem coisas boas e informar os de dentro que é preciso deixar vir os de fora"


E que balanço faz deste ano e meio de trabalho?

A. F.: Ainda temos muito para fazer. Fizemos a estrutura e temos que a organizar, nomeadamente em relação a Mirandela, onde a cirurgia de ambulatório ainda está no início da sua implementação. Falta limar arestas, corrigir erros, modificar procedimentos que estejam errados. Toda a formação em exercício é fundamental e não pode parar.

 

Vão tentar trazer mais médicos para o Centro Hospitalar?

A. F.: Sim, sim. Aumentar o número de cirurgiões é fundamental, mas é preciso ir mudando mentalidades para que as pessoas não cheguem cá e não julguem que estão a mais, para que não sejam “corridos” pelos colegas, por assim dizer.

 

Então nem sempre a falta de médicos está relacionada com o pagamento de um maior salário?

A. F.: Não é pelo ambiente, nem pelo dinheiro. É nitidamente porque temos que dar um passo fundamental: informar os de fora que aqui se fazem coisas boas e informar os de dentro que é preciso deixar vir os de fora. Não é fácil, não é nada fácil. É muito difícil uma pessoa chegar de fora e encaixar-se. Recebem-nos muito bem mas não passam daí.

 

Mas o sistema que está implementado em si, internamente, também é difícil de mudar.

A. F.: Espero que o Serviço de Cirurgia seja um exemplo para o resto do Centro Hospitalar para que, por todos, consigamos ultrapassar este estigma que é uma das coisas que mais impede as pessoas de virem para cá. Neste momento há médicos que já querem vir para cá porque as coisas se começam a modificar.

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