Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
28 de Junho de 2010

A Rampa de Bragança, a quinta prova do Campeonato Nacional de Montanha, contou, este ano, com a participação de apenas 17 pilotos, um número abaixo do esperado pela organização, a cargo do Nordeste Automóvel Clube (NAC), que só não cancelou o evento devido aos compromissos assumidos para com os patrocinadores e parceiros.

António Nogueiro, presidente do NAC, admitiu mesmo que, no próximo ano, se o número de inscritos continuar a baixar, a prova terá de ser repensada, embora considere que seria uma perda para toda a região se a mesma não se vier a realizar.

“Não queremos deixar acabar e vamos tentar fazer tudo para que não acabe. É a única prova de automobilismo do Nordeste Transmontano”, apontou.

A distância e o isolamento, a par com as inúmeras provas que se realizam em todo o país, são factores que, no entender do responsável, têm afastado mais pilotos da Rampa de Bragança.

“Os pilotos não vêm porque ficamos longe de tudo e as despesas são maiores e quando há avarias pode ser complicado”, apontou.

Ainda assim, a prova foi participada pelos principais concorrentes do Campeonato. Paulo Ramalho foi o grande vencedor da geral e da categoria 2, tendo até abdicado da terceira subida dada a vantagem que tinha sob os seus outros 16 adversários.

No final, o piloto do Juno contou que prescindiu da terceira subida por uma questão de “poupança de material”.

“A última subida era opcional e optei por não fazer para poupar material”, contou, fazendo um balanço extremamente positivo de toda a prova.

O piloto considerou ainda que a ausência de muitos concorrentes se pode ficar a dever à crise económica, embora tenha apontado que “os principais” marcaram presença.

“A nível organizativo é a melhor Rampa. Tratam-nos muito bem e são muito atenciosos. As subidas são boas, tem duas secções que são feitas a fundo e o carro está espectacular, foi sempre a bombar por aí acima”, contou.

Já em 2008, Paulo Ramalho venceu a Rampa de Bragança mas, este ano, conseguiu melhorar o tempo em cerca de dois segundos, tendo finalizado com um total de 4minutos e 49 segundos no somatório das duas subidas.

Na categoria 1, o vencedor foi António Nogueira, com o Porshe 911 e, na categoria 3, ganhou Martine Pereira com o Lola T70.


O Centro de Arte Graça Morais vai expor, no dia 30 de Junho, algumas das mais importantes obras de Júlio Pomar, um dos mais notáveis artistas do panorama da pintura portuguesa do século XX, com um amplo reconhecimento internacional.

“Uma antologia” é o título do acervo que permanecerá naquele espaço até ao dia 17 de Outubro e que integra algumas das primeiras obras do pintor, nascido em Lisboa em 1926. Organizada a partir de um discurso expositivo onde o critério cronológico é particularmente evidente, a mostra vai procurar estabelecer, dentro das possibilidades do espaço arquitectónico do Centro de Arte, o reencontro do espectador com cada um dos períodos, temas e obras mais marcantes da prolifica produção de Júlio Pomar.

A vinda das obras deste importante pintor coincidem com o segundo aniversário do espaço cultural brigantino e foram uma escolha do comissariado, liderado por Jorge Costa, director do Centro de Arte Contemporânea, que assim vai possibilitar ao público conhecer melhor o grande Mestre Júlio Pomar através das várias obras produzidas ao longo do tempo.

Para a região transmontana esta será a “grande oportunidade” de ver de perto a obra daquele que é considerado um dos maiores pintores portugueses. É algo que Graça Morais qualificou já de “extraordinário”, não só para o Centro de Arte Contemporânea, mas para todo o país.

O Centro de Arte Contemporânea vai ainda homenagear Júlio Pomar, no dia 1 de Julho, estando as intervenções a cargo de Laura Castro e Vasco Graça Moura.

Júlio Pomar nasceu em 1926, em Lisboa, e instalou-se em Paris em 1963. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e as Escolas de Belas Artes de Lisboa e Porto e, em 1963, instalou-se em Paris. Opositor do regime de Salazar, Júlio Pomar fez muitas vezes da arte um veículo de intervenção sócio-política. Uma das suas obras mais emblemáticas foi o mural que fez para a decoração do Cinema Batalha, no Porto, que foi mandado destruir pela polícia política poucos meses depois da abertura da sala ao público. Anos mais tarde, Júlio Pomar afirmaria que foi Salazar que fez dele um pintor já que, foi por causa de algumas obras que se viu impedido de seguir a carreira de docente e, sem qualquer outro suporte financeiro, viu-se “obrigado” a viver da sua produção artística. A sua longa carreira leva, no entanto, a que a sua pintura seja hoje considerada como “transversal a todos os principais movimentos surgidos nos últimos sessenta anos”, sendo um dos artistas portugueses mais reconhecidos, com uma obra diversificada, desenvolvida ao longo de mais de 50 anos de trabalho.

 

 

 

últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
Carissimos,Eu não sei quem inseriu o comentário em...
todos os comentários estão disponíveis e vísiveis.
Como faço para ler os outros comentários ? Ou esse...
deixo aqui o meu comentário; por acaso pude apreci...
subscrever feeds
pesquisar neste blog
 
Junho 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
13
16
19
20
26
30
blogs SAPO