Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
14 de Maio de 2010

 

Ocupa oito páginas na "Playboy" de Maio. Bruna, professora do concelho de Mirandela, é a protagonista de uma produção ousada, em que contracena nua com outra mulher. A população comentou. Os alunos trocaram fotos. A escola não gostou e quer dispensá-la.

Os vizinhos da docente transmontana que posou nua para a "Playboy" descrevem-na "como uma mulher bonita", que "gosta de dar nas vistas", que "não sai de casa com qualquer trapinho", nem mesmo quando "está só a cortar a relva do jardim de casa dos pais", onde vive.

Garantem que "ela não dá confiança a ninguém", mas parecem saber o suficiente da vida dela: ainda não fez 25 anos; em 2006 participou no reality show da TVI "Pedro, o milionário", que consistia em seduzir um milionário para depois casar com ele; e, no ano passado, terá feito um implante mamário. Queixa-se, dizem, de que todos os homens a acham bonita, mas que nenhum aceita uma relação séria. Ela quererá ser famosa. Ou, pelo menos, conhecida. É o que dizem.

 

Revista esgotou

Por causa dela, professora do 1º. Ciclo do Ensino Básico, há três semanas, a "Playboy" esgotou em Mirandela, tanto em Golfeiras, onde vive, como em Torre de Dona Chama, onde é responsável pelas Actividades Extra-Curriculares (AEC). A avó, diz o povo, terá sofrido um grande desgosto. As "pessoas mais velhas disseram mal". Os alunos fotografaram a revista com o telemóvel e durante dois ou três dias entretiveram-se a trocar imagens. Também houve quem tivesse visto a produção em fotocópias. "Depois, o assunto morreu", desvalorizou - três semanas depois da publicação - um homem que frequenta o café mais próximo da escola.

O director do Agrupamento de Escolas da Torre de Dona Chama, José Pires Garcia, garantiu que já solicitou à Câmara que tome "uma atitude". "Mal tive conhecimento do assunto, há poucos dias, contactei a autarquia por correio electrónico", uma vez que a contratação dos professores das AEC é da responsabilidade do município e não da escola.

"É preciso tomar uma atitude depressa e nem preciso dizer qual será", sugeriu. "Estamos a fechar o ano lectivo, mas aparecer numa revista sem roupa não é compatível com a função de professora e de educadora. Não é uma atitude correcta e em nada pode ajudar a relação com os alunos e muito menos com os pais, que têm ouvido muitos comentários", explicou. José Pires Garcia disse, ao JN, que a manutenção da docente no agrupamento "seria nociva" para a comunidade escolar.

O JN tentou contactar alguém da Câmara de Mirandela, mas em vão. Também tentou contactar a docente em causa. Nas duas primeiras vezes, adiou a conversa, alegando estar a dar explicações; à terceira tentativa, desligou o telefone.

 

Fonte: JN

Imagem com direitos reservados

 

Comentário: O Diário de Bragança critica severamente a atitude tomada pela escola contra a professora, bem como as críticas pejorativas surgidas no meio.

Afinal, parece que o 25 de Abril ainda não chegou a Trás-os-Montes.

A professora tem todo o direito de posar nua para uma revista que é de conteúdos eróticos. Julgamos até não haver qualquer impeditivo legal para o fazer e que essa será uma decisão que faz parte da liberdade individual de cada um.

O Diário de Bragança considera, ainda, que as fotografias publicadas pela Playboy nada mais são do que um trabalho artístico em que a professora Bruna serviu de modelo, obviamente pelos (bons) atributos que tem.

Mais uma vez, Trás-os-Montes aparece nas notícias pelos piores motivos - criticando e querendo punir moralmente tudo o que atenta contra os (pre)conceitos que, por aqui, ainda parecem prevalecer. Deixemos os falsos moralismos. A maldade está nos olhos de quem vê e não na semi nudez apresentada na revista.

Aos pais dos alunos exige-se uma boa educação e não (má) formação.

 

O Diário de Bragança assume o direito de não publicar qualquer tipo de ofensas à integridade moral da pessoa em causa.

 


A delegação de Bragança da Cruz Vermelha está a articular, com a sede nacional, a compra de um edifício na zona rural para oferecer outro tipo de respostas sociais, nomeadamente ao nível das famílias mais desfavorecidas ou das vítimas de violência doméstica.

Segundo Joaquim Queiroz, presidente da delegação de Bragança, a actual sede da Cruz Vermelha, instalada na cidade, junto ao Estabelecimento Prisional, “não possibilita que sejam dadas outro tipo de respostas sociais”. Ali são prestados alguns cuidados de enfermagem e realizados estágios profissionais, não sendo possível prestar outro tipo de ajudas de envolvência social.

A nova estrutura física está pensada para receber um lar residencial com características “especiais”, que permita o acolhimento de famílias de uma faixa económica mais desfavorecidas. Pretende-se ainda que o local servia de centro de atendimento temporário para pessoas vítimas de violência doméstica, uma problemática para a qual tem sido solicitada a intervenção da Cruz Vermelha, através da linha 144, a linha de emergência social.

O responsável notou que, a nível distrital, têm recebido chamadas de ajuda, normalmente relacionadas com situações de desavença familiar que têm na base a falta de suporte financeiro.

“Temos sentido necessidade de um centro de apoio temporário, temos sido solicitados através da linha 144 por pessoas que são vítimas de violência doméstica ou de desavenças familiares e sentimos dificuldades de as colocar à nossa guarda durante algum tempo”, apontou.

A delegação da Cruz Vermelha tem sempre a salvaguarda de poder utilizar espaços comerciais mas, mesmo assim, Joaquim Queiroz considera que seria “importante” ter um espaço próprio para essas pessoas.

O processo de aquisição do edifício já está a ser articulado com a sede nacional, em Lisboa, mas o processo ainda não está fechado. A delegação de Bragança aguarda uma resposta concreta para efectivar a aquisição. Caso a aquisição não se venha a concretizar, a delegação local pondera construir um espaço de raiz, também na área rural.

“A nossa lógica tem sido de aproximação à área rural porque é onde sentimos que existem alguns problemas fruto do isolamento e do despovoamento”, afirmou.

 

Carro móvel de apoio às aldeias

Outro dos grandes desafios da delegação local passa pela aquisição de um carro móvel adaptado que permita aos voluntários dar apoio às pessoas idosas das freguesias rurais.

Actualmente, a Cruz Vermelha já presta serviços de enfermagem em cinco freguesias do concelho de Bragança – Salsas, Babe, Sendas, Quintanilha e Meixedo – num total de 13 aldeias. O que se pretende com o carro móvel adaptado é chegar a mais localidades e oferecer mais serviços aos idosos, nomeadamente ao nível do pagamento de contas, serviços relacionados com a Segurança Social, posto de acesso à Internet, entre outros.

“Queremos levar um serviço de proximidade aos idosos evitando que tenham de se deslocar propositadamente à cidade por pequenas coisas que podemos fazer ali mesmo”, justificou Joaquim Queiroz.

A viatura está orçada em cerca de 60 mil euros, um valor que está fora do alcance da delegação local. No entanto, segundo o responsável, “há recursos humanos, vontade das juntas de freguesia” e, a nível nacional, têm sido tentadas algumas parcerias. A Cruz Vermelha vai tentar agora sensibilizar a autarquia local para que seja concedido algum apoio que permita, ainda este ano, concretizar esse projecto.

publicado por Lacra às 14:00

A Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA), em parceria com as entidades envolvidas no projecto “Plano de Emergência para a Recuperação de três Espécies de Aves Rupícolas, vai organizar a designada “Festas das Aves” que compreende a realização de caminhadas, identificação de aves, música, teatro e exposições, entre outras actividades. A Festa decorrerá na aldeia de Vila Chã da Braciosa, inserida no Parque Natural do Douro Internacional, e tem entrada gratuita. Durante os dias de realização desta Festa, a organização pretende promover a valorização a natureza, através das aves. As actividades a desenvolver são: caminhadas pela natureza para identificação de aves; identificação de ameaças e análise dos problemas de conservação e respectivas soluções; interpretação ecológica; palestras, tertúlias, mostra de documentários; realização de eventos artísticos que passam pela música, teatro, contos e poesia; actividades destinadas às crianças, como pintura facial, realização de jogos lúdico-pedagógicos, oficinas de construção de pinhas alimentares, comedouros e bebedouros para aves e construção de ninhos artificiais; exposições de desenho científico, fotografia e outras. Com esta festa a organização pretende valorizar as áreas protegidas, nomeadamente o PNDI e áreas de Rede Natura 2000 do Nordeste Transmontano; promover a edução e formação em matérias de preservação da natureza e biodiversidade; assegurar a informação e sensibilização do público em geral sobre a necessidade de preservação das aves, nomeadamente das aves rupícolas; divulgar práticas de contemplação e usufruto da natureza que não impliquem danos à biodiversidade; intensificar a cooperação nacional e internacional promovendo encontros de especialistas para partilha e debate de conhecimentos; promover o diálogo entre o conhecimento científico e os saberes populares; chamar a atenção para importância que os meios agrícolas têm para a vida silvestre, desestimular a criação de animais silvestres como animais de estimação e fomentar um modelo de turismo sustentável. As aves alvo do “Plano de Emergência para a Recuperação” são a Águia de Bonelli, a Cegonha Preta e o Abutre do Egipto. Este projecto é financiado pela empresa Energia de Portugal (EDP) e conta com participação do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB), Associação Acção, Liberdade, Desenvolvimento, Educação, Investigação e Ambiente (ALDEIA), Associação de Produtores Florestais do Nordeste Transmontano (APFNT), Associação Transumância e Natureza (ATN), Associação de Proprietários de Pombais Tradicionais do Nordeste (PALOMBAR), Associação para a Valorização do Património Natural e Cultural das Arribas do Douro (Erva-Prata) e Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA). O plano entrou em funcionamento em Setembro de 2007, após ser assinado por todas as entidades envolvidas. Fotos do site: http://www.rupicolas.com
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obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
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