Oito juntas de freguesias, de aldeias servidas pela Estrada Nacional 217, situadas entre Bragança e Izeda, propuseram à Assembleia Municipal deste concelho uma moção para reivindicar a beneficiação daquela via que, à semelhança de outras, desde que foi construída, há mais de 50 anos, não sofreu obras gerais de repavimentação.
“Há 50 anos que a estrada está feita e nunca sofreu obras de reparação. Tapam um buraco ou outro que aparece e agora já nem isso. Há lá uns quantos. É uma tortura andar naquela estrada”, afirmou Helena Branco, presidente de Junta de Grijó de Parada, porta-voz dos presidentes de junta que propuseram a moção.
Segundo a autarca, deverá ser a Câmara Municipal a apresentar ao Governo esta preocupação. No entanto, referiu ainda que, já em 2008, foi feito um extenso abaixo-assinado a exigir exactamente as mesmas obras. Também esse documento foi enviado pela Câmara ao Ministro das Obras Públicas, mas “até ao momento nada”, referiu Helena Branco.
No dia anterior a esta Assembleia, aquando da contratualização das obras de beneficiação da EN308, entre Bragança e Dine, o presidente da Câmara Municipal de Bragança já se havia dirigido a Paulo Campos, secretário de Estado adjunto e das Obras Públicas, para lhe falar sobre mais esta estada e na urgência de obras de que também carece.
Paulo Campos respondeu à comunicação social dizendo que haverá justiça para os utentes da EN217, como para todas as populações servidas por “estradas que necessitam de ser requalificadas”. No entanto, “temos que ter prioridades. E no caso concreto da 217, ela está no nosso plano”, embora ainda não esteja definido quando será requalificada. “Não temos neste momento ainda um timing perfeitamente definido relativamente a essa intervenção, mas está já debaixo da nossa preocupação, de modo a que, no mais breve espaço de tempo, possamos efectivamente avançar nesse processo”, disse.
A Assembleia municipal de Bragança aprovou a moção por unanimidade dos presidentes de junta. Contudo, José Briquente, da CDU, fez questão de lembrar aos deputados dos restantes partidos, que têm assento na Assembleia da República, que na proposta de alteração do Orçamento de Estado para a região, onde se propunha a incluso desta obra, todos votaram contra.
Fonte: Mensageiro Notícias