Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
21 de Abril de 2010

O IP4, que liga o Porto à fronteira em Bragança, vai estar cortado quinta feira no nó da Amendoeira, em Macedo de Cavaleiros, devido a trabalhos da autoestrada Transmontana, informou hoje a Estradas de Portugal (EP).

A empresa prevê que o corte ao quilómetro 175,5, nos dois sentidos da via, demore 20 minutos, entre as 12:10 e 12:30, para trabalhos de escavação em rocha com recurso a explosivos.

Os trabalhos decorrem no nó da Amendoeira que está a ser remodelado e que fará a interceção do IP2, que liga Bragança ao sul pelo interior, com a futura Autoestrada Transmontana que naquela zona corresponderá ao alargamento do IP4.

 

Fonte: Lusa

publicado por Lacra às 22:15

A técnica não é recente mas só agora começa a ser implementada no Centro Hospitalar do Nordeste para tratar os doentes com fístulas perianais (hemorróides). Chama-se técnica de “Longo” e permite ao doente a recuperação imediata, após o recobro anestésico, sem que haja dor, quer durante quer após a intervenção cirúrgica.

As primeiras intervenções com recurso a esta técnica começaram a ser aplicadas, na semana passada, com a ajuda do médico Pedro Correia da Silva, especialista em Coloproctologia do Hospital de São João, no Porto, e transmitidas, através de videoconferência, à equipa de cirurgiões locais.

O que é feito, com esta técnica, é um levantamento de toda a mucosa de forma a que as hemorróides voltem ao “local onde deviam sempre estar”, conforme explicou António Ferrão, director do Departamento de Cirurgia.

“Fazemos uma elevação da mucosa de maneira a que todo aquele complexo sistema de veias a que chamamos hemorróides voltem ao sítio”, apontou.

Outra das vantagens apontadas a esta técnica é o facto de ser aplicada numa parte do intestino onde não há sensibilidade dolorosa, onde não há terminações nervosas. Após a operação não há qualquer tipo de dor nem cicatrizes e a recuperação só não é imediata porque há recurso à anestesia geral.

“Com esta técnica os doentes até se esquecem que são operados. Só fazemos com anestesia geral porque precisamos que o doente esteja muito relaxado mas, após o recobro anestésico, o doente pode ter alta e sair”, explicou António Ferrão.

Com o método usado anteriormente, a recuperação era muito mais lenta. António Ferrão explicou que era utilizada uma técnica aberta que provocava uma ferida perianal com queixas muito dolorosas para os doentes e que obrigava, posteriormente, a que levassem pontos e que tivessem de fazer curativos naquela zona, uma das mais sensíveis do corpo humano.

Para o Centro Hospitalar do Nordeste também há vantagens pois, embora tenha que adquirir bastantes máquinas para fazer as várias intervenções (uma vez que são máquinas descartáveis), a rápida recuperação do doente, a par com a possibilidade de fazer este tipo de operações em regime ambulatório, tornam o método compensador.

Anualmente, o Centro Hospitalar do Nordeste faz centenas de intervenções deste género pois trata-se de uma patologia muito frequente.

O complexo hemorroidal existe em todas as pessoas mas pode trazer complicações por vários factores. Geralmente, as mulheres são mais afectadas já que se trata de uma das possíveis complicações dos partos. Este tipo de problemas pode ser mais frequente em quem sofra de obstipação ou de alterações do trânsito intestinal.

 

 


A Biblioteca de Alfândega da Fé está a promover, até ao dia 25 de Abril, a Feira do Livro Usado, aproveitando livros que estão em depósito, na maior parte dos casos, repetidos e destinados ao abate.

Centenas de livros, de diferentes géneros literários estão à venda por preços simbólicos, numa forma também de promover a leitura e a educação.

Entre as várias acções programadas, destaque para a iniciativa que visa sensibilizar os pais para a necessidade e importância de estimular o gosto pela leitura. O tema será debatido no dia 25 de Abril, a partir das 15h00, na Biblioteca Municipal.

No âmbito da promoção do livro e da leitura outras acções estão programadas como é o caso da sessão de animação “Biblioteca Sensível Itinerante”, destinada aos alunos dos Jardins-de-Infância do concelho, ou a  exploração da obra “O Pássaro da Alma” de Michal Snunit pelos alunos do 1o ciclo do ensino básico.

Uma semana em que se vai comemorar a importância do livro, cujo dia mundial é assinalado a 23 de Abril.

 

publicado por Lacra às 14:00

 

Uma avaria no frigorífico central da farmácia da unidade de saúde de Mirandela do Centro Hospitalar do Nordeste (CHN) acabou por danificar a maioria dos medicamentos que estavam no interior, que necessitam de uma temperatura constante inferior a oito graus.

A avaria registou-se no passado sábado de manhã, apurou o Mensageiro, e como os dois técnicos especialistas daquela unidade não estão a fazer prevenção, desde o início de Março (ver caixa), foram chamados dois electricistas da unidade de Bragança, do mesmo CHN, para tentar resolver o problema. 

No entanto, a situação só acabou por ser regularizada na segunda-feira de manhã, pelos técnicos especialistas da unidade de Mirandela quando iniciavam o seu horário laboral, confirma uma fonte hospitalar.

O procedimento acabou por ser simples, com o recurso a dois frigoríficos de reserva que foram colocados à disposição dos responsáveis pela farmácia para transferir os medicamentos. No entanto, a maioria deles já não estava em condições de ser fornecidos ou ministrados aos doentes daquela unidade. O prejuízo deve rondar os 25 mil euros, garante a mesma fonte.

Confrontada com esta situação, fonte do gabinete de comunicação da administração do CHN confirma a avaria, mas apresenta uma versão diferente. “Os técnicos tomaram todas as medidas de prevenção na altura e transferiram os medicamentos para outros frigoríficos, sendo que alguns já denotavam estar alterados e foram retirados”, avança.

A mesma fonte adianta que a responsável pela farmácia está a elaborar um relatório para avaliar a dimensão dos estragos e não confirma que o prejuízo seja de 25 mil euros.

 

Sem técnicos de prevenção

Este é mais um dos vários casos que têm vindo a acontecer no hospital de Mirandela, desde o início de Março, altura em que os técnicos informaram a administração que não aceitam estar de prevenção durante a noite e ao fim de semana, revoltados com a decisão unilateral de reduzir os suplementos nocturnos.

Há um mês, o laboratório de análises esteve sem energia eléctrica durante dez horas. Houve a necessidade de transportar para a unidade de Bragança vários frascos de análises para conhecer os respectivos resultados. A situação só foi normalizada, no dia seguinte, na altura em que os técnicos se preparavam para iniciar mais um dia de trabalho.

Segundo apuramos, os dois técnicos especialistas da unidade de Mirandela recebiam cerca de 18 mil euros anuais pelo trabalho de prevenção, valor bem inferior aos 25 mil euros de prejuízo causado por esta avaria, em apenas um fim-de-semana.

 

Fonte: Mensageiro Notícias

publicado por Lacra às 08:53

Há várias escolas e agrupamentos do distrito de Bragança que estão a implementar no terreno projectos de intervenção contra a violência e o bullying (violência exercida de forma continuada por um mesmo grupo/pessoa sobre uma outra). As medidas, para já, passam sobretudo pela prevenção dos pais sobre estes fenómenos e sobre a forma como devem reagir perante estas situações.

A notícia foi avançada por Luís Martins, responsável do Centro de Área Educativa (CAE), à margem do debate sobre bullying, promovido pela Juventude Socialista de Bragança.

Algumas escolas já estabeleceram regras e colocaram-nas no regulamento interno, um “primeiro passo” de outros processos a “afinar”, como apontou o responsável.

Estas medidas que começam, agora, a ser aplicadas nos vários agrupamentos do distrito surgiram após a realização de um estudo sobre a violência escolar, dinamizado pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Nordeste (ACES) em colaboração com as equipas locais de saúde escolar.

Segundo esse estudo, uma em cada três crianças já foi vítima de algum tipo agressão, num total de 36,4 por cento . Em geral, os rapazes são mais vítimas e agressores do que as raparigas. Os recreios são os locais onde acontecem mais agressões, seguindo-se o caminho para a escola, no caso do distrito de Bragança.

As conclusões, apresentadas por Manuela Santos, em representação do ACES, dizem respeito a todos os agrupamentos do distrito de Bragança, com excepção de dois deles. Os 3500 inquéritos foram aplicados nos anos de 2008 e 2009 às crianças do 1º e 2º ciclo.

Perante a dimensão do problema, agora avaliado, várias escolas estão já a tomar medidas que, depois, serão novamente alvo um estudo para verificar se surtiram algum efeito.

 

Famílias e Escolas têm de estar “atentas”

Ainda há poucos casos de violência e de bullying a ser encaminhados para a pedopsiquiatria do Centro Hospitalar. Elisa Vieira, a única profissional da área a cobrir todo o distrito, considera que as escolas deviam orientar estas crianças para o serviço de psicologia escolar que, perante cada caso, entenderia se deveria, ou não, fazer o encaminhamento para a Pedopsiquiatria.

“Chegam-me alguns casos de bullying, tanto de vítimas como de agressores, mas muito poucos”, afirmou.

A especialista pede “mais atenção” aos pais e à própria escola para este tipo de situações que, muitas vezes, ainda são desvalorizadas, conforme notou: “quando os miúdos dizem aos pais que são vítimas de violência, muitas vezes, estes desvalorizam e incentivam as crianças a responder na mesma moeda ou a desvalorizarem. Também os professores, muitas vezes, desvalorizam as situações e dizem que são coisas de crianças”.

Apesar dos “poucos” casos em mãos, (poucos, face aos números apresentados pelo estudo), Elisa Vieira admita já ter acompanhado situações de bullying agressivo em que as vítimas chegaram orientadas pelo serviço de urgência hospitalar. Há ainda os casos de bullying psicológico e até de ciberbullying – violência com recurso à internet. Neste último, a vítima foi filmada a tomar banho na escola, após uma aula de educação física, e o vídeo foi colocado a circular na internet.

A pedopsiquiatra acompanha ainda o caso de alguns agressores que são encaminhados quer pela escola, quer pelo médico de família. Elisa Vieira aponta que, tanto no caso de vítimas como de agressores, são crianças que precisam de ajuda e que sem tratamento e sem orientação dificilmente tratarão o problema.

“Castigar, retirar as crianças agressoras da escola ou mudá-las para outro estabelecimento de ensino, não é solução. Se não houver tratamento nem orientação, a questão continua”.

É que, segundo apontou, geralmente os agressores são crianças que vivem sem grande supervisão familiar e que podem ser vítimas de violência física ou psicológica. Em geral, têm atributos físicos invejáveis no meio em que se relacionam e, por isso, conseguem dominar o grupo.

Já as vítimas, são crianças mais frágeis em termos emocionais e que se submetem. Por norma apresentam fracasso escolar, isolamento, depressão e,  no casos extremos, podem chegar à auto-agressão e ao suicídio.

Elisa Vieira assume que violência “sempre houve” mas, a diferença para os dias de hoje, no seu entender, está em factores como a ausência da família, o facilitismo e a entrega das crianças, por assim dizer, a “amas electrónicas”.

“A família está cada vez menos presente e é cada vez maior o tempo que as crianças passam entregues aos seus jogos, filmes, televisões... Não é factor único para chegar à agressão mas são factores a ter em conta”.

 

Sinais de alerta

Os pais e familiares devem estar atentos também para alguns sinais que as crianças possam dar. No caso das vítimas de agressão, segundo Isabel Parente, assistente social, é frequente que “inventem” desculpas para não ir à escola e que desenvolvam medo e fobia escolar.

Mas também os agressores demonstram indícios, nomeadamente irritação e atitudes hostis para com os pais, familiares e amigos. Por norma não têm aproveitamento escolar e não são alunos atentos.

O diálogo é uma das vias que os pais ou familiares devem utilizar, tanto com vítimas como com agressores e Isabel Parente explica porquê: “tanto no caso das vítimas como dos agressores, são crianças que se sentem abandonadas. A vítima fecha-se em si e não consegue contar o que se passa. O agressor sente-se livre porque ninguém o controla ou se preocupa com ele, sendo a única via a agressão”.

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