Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
09 de Abril de 2010

D. António Montes entende que é necessário que todos façam um “esforço” para ultrapassar o “momento negativo” que a Igreja atravessa, devido aos alegados casos de pedofilia ocorridos por todo o mundo. O bispo da diocese de Bragança-Miranda não acredita que a polémica venha a ensombrar a visita do Papa a Portugal, mas admite estar preocupado com os casos que têm vindo a público e pede algum “cuidado” a toda a sociedade. “É sempre lamentável que estas coisas aconteçam mas é preciso sublinhar que isto não tem nada a ver com o celibato eclesiástico pois, segundo informações de estudiosos, estas coisas acontecem em maior número entre casados”. Ainda assim, D. António não esconde que “há casos mais”, embora considere também que há uma “certa amplificação”. “Trata-se de um número de casos muito limitado mas, em termos eclesiais, um caso que aconteça é um caso a mais e, de facto, há casos a mais”, declarou, embora notando que “a insistência com que se fala no assunto nos noticiários não é meramente informativa”. O bispo vai continuar a acompanhar “com atenção” este assunto e pede a todos os cristãos e fiéis um “esforço” para superar.

O bispo da diocese de Bragança-Miranda quer que os transmontanos coloquem o estandarte do Papa Bento XVI nas janelas e que usem o lenço e a medalha que foram concebidos para esta ocasião, como forma de assinalar a ocasião. D. António Montes vai acompanhar o Santo Padre, durante os dias 11, 12, 13 e 14 de Maio, na visita a Lisboa, a Fátima e ao Porto, mas gostaria que toda a diocese se mobilizasse e “participasse com alegria”. “Desfraldar o estandarte significa proximidade e comunhão com a pessoa que nos visita, como é habitual nos grandes acontecimentos públicos. Vou estar sempre com o Papa mas gostaria de ver participação por esta forma simples de desfraldar o estandarte nas residências, andar com o lenço e com a medalha”, apontou durante a apresentação da campanha de recepção a Bento XVI – “Vamos vestir Portugal de Alegria”. A campanha, da responsabilidade da Conferência Episcopal e da empresa Sojormedia, foi apresentada apenas em Bragança como forma de dar à visita um “significado nacional”. “É necessário criar um clima de entusiasmo e alegria. Com isto sentimo-nos mais próximos e parte do todo nacional”, considerou D. António. A grande imagem de toda a campanha é o Estandarte da Paz – uma peça concebida especialmente para colocar na varanda que remete para as bandeiras medievais e que integra como símbolos as riscas verticais com as cores do Vaticano, enquadrando o ramo de oliveira, elemento central e inspirativo de todas as peças, bem como o retrato de Sua Santidade. O estandarte surgiu a partir da criação artística de Albuquerque Mendes – autor da medalha “Amanhecer”, uma “pequena” obra de arte que tem como símbolo principal o ramo de oliveira, o símbolo da paz, três perfurações que simbolizam a Santíssima Trindade e gravado à volta o mote de inspiração do caminho de Bento XVI – “Cooperatores Veritatis”. Do material de campanha faz ainda parte um lenço peregrino com as cores do Vaticano e a imagem de Bento XVI, uma peça usada, tradicionalmente, como expressão de aplauso ou na saudade de uma despedida. Segundo Rogério Gomes, da Sojormedia, quis-se assim criar uma “imagem nacional” para assinalar a visita do Papa, partindo-se do que já são tradições portuguesas. “O estandarte surgiu a partir de uma tradição muito portuguesa de pôr as colchas à varanda nas procissões, já o lenço tem a ver com a tradição dos peregrinos e de Fátima”, apontou. D. António Montes considera que estas são boas formas de “exteriorizar” um acontecimento e, por isso, espera que toda a diocese se mobilize para esta iniciativa. Os produtos vão estar à venda nos quiosques e nas paróquias e as receitas destinam-se, sobretudo, a custear as despesas da visita do Santo Padre a Portugal, como explicou Rogério Gomes. “Parte das receitas serão destinadas a ajudar às despesas da visita do Papa, vão directamente para a Conferência Episcopal. Outra parte, cerca de 25 por cento, reverte para as paróquias, e outra para a produção, comercialização e distribuição”. Por todo o país, com excepção de Lisboa, Porto e Fátima, devem ser distribuídas 30 a 40 mil peças.

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obrigado Cris:)
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