Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
07 de Março de 2010

Jovens apedrejam, constantemente, residência de três idosas, mesmo quando estas estão no quintal. Apesar das queixas às autoridades, a situação arrasta-se e as senhoras temem que o desfecho da "brincadeira" tenha consequências graves.

Três idosas de Bragança vivem assustadas, pois são diariamente vítimas de apedrejamento por parte de grupos de jovens estudantes que se concentram na zona da estação de camionagem. Elas garantem ter informado a PSP e a Escola EB 2/3 Abade Baçal, onde dois dos jovens envolvidos nos desacatos estudam, visto que conseguiram identificar alguns, mas os responsáveis pelas instituições negam ter conhecimento do caso.

É sobretudo ao final da tarde, entre as 17 e as 18 horas, e às sextas-feiras à hora de almoço, no final do período escolar, que os jovens, que se residem no bairro de Vale d'Álvaro, passam pela estação de camionagem e arremeçam as pedras que servem de decoração a uma fonte para os telhados das casas das idosas, que estão situados numa cota inferior. Mesmo quando as mulheres estão no quintal, não se esquivam a atirar as pedras, mesmo que atinjam alguém. Em algumas ocasiões já acertaram em Rita Adélia, quando esta se encontrava no quintal. "Isto já acontece há cerca de um mês, nós vivemos aqui as três sozinhas, cada uma em sua casa, às vezes sinto-me mesmo desesperada. Tenho medo", contou a idosa muito chorosa. Luísa Fernandes, outra das moradoras, diz que os rapazes "se divertem a apedrejar os telhados, e não se importam se nos atingirem, mas um dia destes alguém se vai magoar a sério e depois não sei como será", afirmou.

Na quinta-feira, uma das idosas contactou a vizinha Lucinda Dias, porque se encontrava muito assustada pois os rapazes não paravam de atitar pedras. "Ela ligou-me muito desesperada e a chorar, porque vive sozinha, já lhe partiram as telhas e por causa disso chove nos quartos, se elas ralham aos miúdos eles ainda são mal-educados", contou. Lucinda Dias chamou a PSP e foi enviado ao local um agente para verificar a situação. "O agente da PSP diz que vai passar por aqui mais vezes, mas isso não resolve nada, quando os polícias andam por aqui eles (jovens) não fazem nada ", acrescentou. Esta já não foi a primeira vez que avisaram a Polícia, na primeira vez que o fizeram, há cerca de uma semana, deslocaram-se à esquadra e levaram um saco cheio com as pedras que estavam espalhadas pelo quintal.

O responsável pelo comando de Bragança, Amândio Correia, garantiu, ao JN, que não tinha sido apresentada nenhuma queixa nem reportado nenhum incidente. A directora da Escola Abade Baçal, Teresa Sá Pires, também assegurou que desconhecia o problema, mas frisou que iria tentar obter esclarecimentos junto dos agentes da Escola Segura para saber o que se passa e falar com os encarregados de educação e estudantes, se for confirmado que estudam naquela instituição de ensino.

 

 

Fonte: JN

publicado por Lacra às 12:22
últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
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