Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
15 de Fevereiro de 2010

O actual presidente da Federação Distrital de Bragança do PS, Mota Andrade, pondera candidatar-se novamente a este cargo. As eleições vão realizar-se, possivelmente, em Outubro e os estatutos permitem que o actual líder seja novamente candidato.

Mota Andrade não quis revelar se está disponível ou não a avançar, até porque antes disso se realizam as eleições presidenciais, marcadas para Janeiro de 2011.

Ainda assim, o presidente da distrital confessa que tem tido “muitos apoios para que isso aconteça” e que, apesar da lei de limitação de mandatos, continua a poder entrar na “corrida” eleitoral.

“Está em vigor a lei da limitação de mandatos mas a lei não é retroactiva, por isso não há qualquer limitação legal”, explicou.

A única “dúvida” que se mantém é se as eleições internas serão marcadas para nova data devido às eleições presidenciais. Sobre essa matéria, Mota Andrade assumiu já publicamente o seu apoio a Manuel Alegre, já assumido candidato à Presidência da República. 

A distrital do PS de Bragança, conjuntamente com Aires Ferreira, presidente da câmara de Torre de Moncorvo, está a organizar um jantar de apoio para o dia 5 de Março.

 


Mais militância, mais participação e mais juventude – são os três princípios já definidos por Nuno Miranda, eleito para a direcção da Juventude Socialista (JS) do concelho de Bragança. Na tomada de posse, o novo responsável apontou o aumento do número de militantes como um dos objectivos deste mandato de dois anos.

Nuno Miranda admite que há algum “descrédito” na política e que esse é um factor que tem afastado os jovens da militância e, por consequência, das juventudes partidárias. No entanto, o responsável considera que é necessário cativar os jovens e mobilizá-los para que consigam mais apoios, pois “a nível local pouco ou nada se tem feito”.

 Por isso, estão já a ser programadas reuniões formais com as associações de estudantes do Instituto Politécnico e do ensino secundário que visam também avaliar os principais problemas do dia-a-dia dos estudantes.

“Pretendemos uma maior cooperação. Somos uma juventude partidária, com elo a um partido político mas, acima de tudo, temos como interesse principal a defesa dos jovens e da juventude”, apontou.

Estão ainda programados vários encontros e convívios com os jovens nos quais se pretende criar uma maior interacção, ao mesmo tempo que se divulga a política partidária.

Mota Andrade, presidente da Federação Socialista do distrito, aponta que esse é o caminho que deve ser seguido para cativar mais jovens para a política. A lista eleita para dois anos de mandato não teve oposição mas esse é visto como um sinal de “união” dentro da JS.

“Não creio que seja sinal de que não houve debate, mas antes que houve consenso”, afirmou Mota Andrade. O presidente da Federação socialista acredita que os orgaos eleitos vão fazer da JS uma estrutura “dinâmica e interventiva”, com capacidade para “resolver os problemas da juventude em Bragança”.

 


 Uma feira “anti-crise” e um “exemplo para todo o país”– foi desta forma que o ministro da Agricultura, António Serrano, classificou a Feira do Fumeiro de Vinhais. Ao longo de três dias foram vendidos toneladas de quilos de enchidos a milhares de pessoas que vieram de todo o país, inclusive em excursões organizadas para o efeito.

O sucesso foi de tal ordem que levou mesmo o ministro da Agricultura a dizer que gostaria que também no Alentejo, região de onde é natural, houvesse um evento com a mesma capacidade de mobilização económica.

“A Feira do Fumeiro de Vinhais é um exemplo para todo o país, é daqueles certames que têm de estar na agenda nacional e marcar também os roteiros internacionais”, disse.

Num ano em que o certame assinalou o seu 30º aniversário, Américo Pereira, presidente da autarquia, confessou que não podia estar mais “feliz”, sobretudo pelo sucesso alcançado numa altura marcada pela crise económica.

“É uma feira que gera todo o desenvolvimento económico regional. A hotelaria esgotou não apenas em Vinhais, que não era difícil, mas também nos concelhos vizinhos. A par das oportunidades de negócio, a Feira do Fumeiro é já um cartaz de promoção turística”, afirmou.

A internacionalização poderá ser o próximo passo. Esse é, pelo menos, o desejo do ministro da agricultura. António Serrano considera que o evento tem todas as características que lhe permitem vir a integrar os roteiros internacionais e, por isso, vai ser preparado todo um programa de apoio à divulgação no exterior.

“Até ao final deste semestre queremos preparar todo um programa que ajude à internacionalização dos produtores, empresas e eventos”, confirmou o responsável da tutela.

 

Fumeiro com garantia de qualidade

A garantia de qualidade do fumeiro exposto é um dos factores que o autarca vinhaense aponta como fulcral para o crescimento do certame. Tudo começou com o “acarinhamento” dos porcos de raça bisara, matéria-prima do fumeiro vendido no certame.

O controlo de qualidade está garantido através do rastreamento de todos os produtos vendidos, conforme explicou Márcia Canado, médica veterinária da Associação Nacional de Produtores de Suínos de Raça Bisara (ANCSUB), um dos parceiros da organização da Feira. A fiscalização começa, desde logo, na produção dos suínos e estende-se até à secagem dos enchidos. Os animais são identificados pela ANCSUB mesmo antes de irem para o matadouro. Posteriormente os técnicos visitam os produtores para verificarem as condições do local onde é feito o fumeiro e o local de secagem.

Ao abrigo da nova lei, todos os expositores já estavam inseridos na actividade produtiva local. Cada um deles dispõe, por isso, de um número de controlo veterinário e de uma marca que lhes permite vender os enchidos em todo o país e até para o estrangeiro, não só a particulares mas também a empresas.

Ao comprador a garantia é dada através da rotulagem obrigatória, onde constam o nome do produto, os ingredientes, o nome do produtor, o número de controlo veterinário, o contacto do produtor e a data em que este fez o enchido.

Os produtores possuem ainda um dossier de auto-controlo devidamente organizado, onde está registado todo e qualquer comprovativo de entrada de matéria-prima.

“Tudo o que é incorporado no fumeiro tem de constar do dossier, desde o alho, louro, colorau, entre outros. Caso haja algum problema com o enchido, está tudo registado e é fácil rastrear a origem”, explicou Márcia Canado.

Ao comprador a garantia é dada através da rotulagem obrigatória, onde constam o nome do produto, os ingredientes, o nome do produtor, o número de controlo veterinário, o contacto do produtor e a data em que este fez o enchido.

“Quem compre aqui fumeiro, caso tenha problemas, tem na marca do produto uma espécie de bilhete de identidade”, confirmou a médica veterinária.

 

Fonte de rentabilidade para os produtores

Apesar das novas regras e das exigências, os produtores consideram que, cada vez mais, vale a pena apostar no fumeiro como fonte de rendimento extra.

É o caso de Maria Aurora Pires, de Ousilhão, mais conhecida por Lola. Há cinco anos a participar na Feira do Fumeiro, a produtora considera que este foi o melhor ano de sempre. No último dia do certame, a meio da manhã, restavam-lhe apenas algumas alheiras para vender.

“Trouxe fumeiro de três porcos e vendi quase tudo o que trazia”, contou.

Os preços afixados pela organização, 40 euros o quilo de salpicão e 30 euros o quilo de chouriça, também não afastaram a clientela: “para quem compra é um bocadinho caro, mas para quem vende é um bom preço porque os porcos dão muito trabalho”.

Já Artur Martins, de Mós de Selas, considera até que os preços são baixos quando comparado com o que se praticava há alguns anos atrás.

“Se as pessoas compararem, há anos atrás, quando era ainda em escudos, chegaram a vender o quilo do salpicão a 12 contos, o que equivale hoje a 60 euros”.

A participar no evento há cerca de dez anos, Artur Martins e a esposa não se arrependem da aposta feita. Ano após ano a clientela cresce e não são apenas os visitantes do litoral que o procuram, mas também da Torre de D. Chama, de Bragança, de Macedo de Cavaleiros e até de Vinhais

“Quando as pessoas ficam satisfeitas, voltam a comprar”, justifica Artur Martins.

E se hoje o fumeiro é já uma fonte de riqueza e rendimento económico para o concelho de Vinhais, Américo Pereira aponta ainda que a exigência requerida tem feito com que a actividade se comece a disseminar a todo o território nacional.

Na Feira do Fumeiro de Vinhais participaram 80 produtores, dez tasquinhas, 50 expositores no espaço gourmet e 70 artesãos. Entre produtores individuais e cozinhas regionais foram abatidos cerca de 400 animais.


Um movimento cívico nascido na Internet está a identificar as lixeiras existentes no distrito de Bragança e prepara-se para, no dia 20 de Março, deitar “mãos à obra” e “Limpar Portugal”.

Este é um projecto inspirado numa iniciativa realizada na Estónia e que teve também por base um movimento cívico que escolheu um dia para limpar as lixeiras ilegais do país. Em cada concelho estão a ser criados grupos de voluntários que, com a colaboração de entidades públicas e privadas, pretendem também erradicar as lixeiras ilegais previamente identificadas pelos cidadãos.

Em Bragança há, actualmente, cerca de 50 voluntários inscritos e estão identificadas umas 30 lixeiras ilegais, mas já há, pelo menos, mais sete concelhos a trabalhar nesta iniciativa, nomeadamente Torre de Moncorvo, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros, Vinhais e Mirandela.

Os grupos estão a trabalhar a nível distrital, concelhio e até de freguesia. Identificar as lixeiras ilegais não tem sido tarefa difícil, como constatou Nuno Santos, da coordenação concelhia de Bragança.

“Não é difícil encontrar uma série de lixeiras ilegais, basta que uma pessoa se aventure pelo campo. São lixeiras que aparecem um pouco por todo o lado, nomeadamente próximas de localidades com mais população, nas zonas circundantes da cidade”.

Segundo Alberto Ferreira, coordenador distrital do projecto, existem já 70 lixeiras identificadas e categorizadas em termos de tamanho (pequena, média ou grande) e mais de 600 pessoas inscritas e interessadas em participar na iniciativa. Toda essa informação está a ser recolhida e colocada online para que, antes do dia “Limpar Portugal”, seja possível organizar, em termos de logística, toda a operação.

Por isso, os responsáveis pretendem envolver as juntas de freguesia, câmaras, associações, entidades públicas e empresas privadas. Também os professores estão a ser sensibilizados para esta campanha ambiental, sendo que a plataforma criou um kit pedagógico para que esta matéria possa ser trabalhada com os alunos.

A próxima reunião do grupo de Bragança está prevista para o dia 6 de Março, na sala 114 da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança, no campus do Instituto Politécnico. Qualquer pessoa ou entidade pode associar-se a este movimento através da inscrição no sítio da Internet, em http://www.limparportugal.org.

publicado por Lacra às 08:00
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obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
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