Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
07 de Dezembro de 2009

 Arrancou este fim de semana, na Casa da Cultura de Alfândega da Fé, a Feira de Perdidos e Achados, um certame organizado pela Câmara Municipal com o objectivo de disponibilizar à comunidade artigos que se encontravam nos armazéns da autarquia, correndo o risco de deterioração. 

 
Grande parte dos objectos, passíveis agora de serem adquiridos a preços reduzidos, são peças de decoração e mobiliário detidas pela Alfândega Tur, e que foram armazenadas na sequência da remodelação da Estalagem da Nossa Senhora das Neves.
 
Fazem também parte do espólio agora colocado à venda peças de artesananto e cerâmica adquiridas pelas autarquia por ocasião das Feiras Medievais realizadas há anos atrás na vila e que desde essa altura não têm tido qualquer uso e ainda algumas peças oriundas da empresa municipal EDEAF.
 
O certame vai estar patente até ao próximo dia 23 de Dezembro, de segunda a sexta-feira, entre as 09h00 e as 17h30, e ainda aos sábados e domingos, entre 14h00 e as 17h30.

publicado por Lacra às 12:40

 O comércio local de Bragança está a viver uma crise sem precedentes. No centro da cidade, lojas abrem para logo voltarem a encerrar devido à falta de viabilidade económica.

António Carvalho, presidente da Associação Comercial e Industrial de Bragança, diz mesmo que “em 32 anos” nunca viu a cidade tão “cinzenta” e “triste” e traça um cenário negro: “na Praça da Sé há lojas desocupadas, as lojas abrem e fecham passado alguns meses. É sabido que a centralidade da cidade se alterou mas mesmo em pólos atractivos como a Sá Carneiro ou a zona da Braguinha, pouco movimento há. A zona industrial, a partir das seis da tarde, é um deserto”, constatou.

O dirigente associativo apela, por isso, a todos os brigantinos e comunidade em geral para que façam compras no comércio tradicional.

“Os comerciantes inovaram os seus espaços comerciais, modernizaram-se e, mesmo assim, há cada vez menos pessoas a comprar”, apontou.

A preferência por outras cidades, como o Porto, Vila Real ou Zamora, para fazer compras é apontada como um dos motivos da crise, mas não só. Segundo o responsável, as grandes superfícies comerciais estão a “afundar” Bragança.

“A guerra nem é tanto com outras cidades, mas sobretudo com os hipermercados porque é dinheiro que não fica na cidade, para além que nem sempre os preços são mais baixos”, considerou António Carvalho.

No entender do responsável da ACISB, o comércio tradicional tem de oferecer ao público outras mais-valias que possam ser concorrentes com as grandes superfícies.

“As pessoas vão ao hipermercado pelo marketing e o comerciante tem de oferecer outras mais-valias como, por exemplo, entregas ao domicilio ou a venda de produtos regionais bem como diferentes horários de abertura”, explicou.

Para tentar minorar a crise, a ACISB vai investir numa forte campanha natalícia, sob o mote “comprar no comércio tradicional é manter a cidade viva”.

 

Campanha de Natal na rua

Este ano, a ACISB vai promover várias acções de animação e promoção comercial que irão abranger três zonas da cidade: a Avenida Sá Carneiro; a zona da Braguinha e o centro da cidade, num total de mais de 550 estabelecimentos comerciais.

Por falta de recursos financeiros, a associação vê-se cingida apenas a três zonas da cidade, seleccionadas através de candidaturas ao programa Modcom (Sistema de Incentivos a Projectos de Modernização do Comércio).

A aprovação destas três candidaturas significa que o investimento está assegurado em 60 por cento por fundos governamentais, cabendo os restantes 40 por cento à ACISB.

As três zonas seleccionadas vão ser decoradas com a típica iluminação de Natal, a cargo da autarquia de Bragança, mas, este ano, não haverá música nas ruas, também por falta de verbas.

 

Natal Solidário para as crianças

Nos três espaços onde vai decorrer a campanha serão criadas três “casinhas do Pai Natal” onde estarão educadores e animadores disponíveis para ficar com as crianças enquanto os pais passeiam pela cidade. As casinhas vão ficar instaladas em lojas desactivadas e cedidas pelos proprietários para a campanha.

As “casinhas do Pai Natal” vão também funcionar como pontos de recolha de roupas e brinquedos para depois entregar às crianças de instituições de solidariedade social.

As casinhas abrem a partir do dia 16 e até 24 de Dezembro e vão funcionar entre as 14h00 e as 19h00.

Quem não vai faltar à festa é o Pai Natal que chegará, no dia 22, ao Jardim da Braguinha, e no dia 23 à Praça Camões e à Sá Carneiro. Nestas duas últimas zonas da cidade, o Pai Natal irá deslocar-se num balão de ar quente e oferecer voos cativos a quem o deseje.

A ACISB pede aos comerciantes que nesta época melhorem a imagem dos seus espaços comerciais e aconselha a escolha de uma boa iluminação, um pinheiro de Natal e uma alcatifa vermelha à entrada.

“Obviamente a ACISB não pode ir a cada um dos seus associados fazer isto mas são pequenas coisas que têm um custo irrisório e que dão outra imagem às lojas”, considerou António Carvalho.

Recorde-se ainda que, durante a época natalícia, a câmara, a pedido da ACISB, autorizou o alargamento do horário de funcionamento, permitindo a abertura nos feriados do 1 e 8 de Dezembro, e nos domingos que antecedem o Natal e a passagem de ano. Também o estacionamento é grátis, na primeira hora, no Parque da Praça Camões e na Avenida Sá Carneiro.

O dirigente da ACISB pede também aos comerciantes que adoptem horários que se compactuem com os da população em geral e tendo em conta que a cidade de Bragança é uma cidade de serviços.

publicado por Lacra às 12:36

 Há cada vez mais artesãos jovens a trabalhar a máscara, elemento integrante dos rituais de Inverno tradicionais do Nordeste Transmontano e da vizinha Castela e Leão. Na Feira da Máscara, localizada, este ano, pela primeira vez, na Praça Cavaleiro Ferreira, participaram mais jovens e artesãos locais com materiais alusivos às tradições das Festas dos Rapazes. Fátima Fernandes, vereadora da cultura, considera que ao longo destes quatro anos da IV Bienal da Máscara, têm-se conseguido divulgar mais a temática e envolver mais os jovens nestas tradições.

“Este ano conseguimos ter mais artesãos a participar, artesãos que trabalham sobre a temática das máscaras nas suas múltiplas vertentes”, apontou.

Um maior envolvimento que tem chegado também ao Museu Ibérico da Máscara e do Traje, instalado, desde há dois anos, na zona do castelo de Bragança e que, este ano, conta com mais material expositivo chegado de várias aldeias do concelho e da zona fronteiriça de Espanha, onde estes rituais têm também tradição.

Nesta bienal, o Museu do Oriente quis também associar-se e marcar presença com o envio de máscaras,”Outras Máscaras”, em exposição no Centro Cultural da cidade.

Segundo a vereadora, a receptividade a estas tradições tem vindo a crescer, havendo já um certo “reconhecimento” e “identificação” dos transmontanos com estes rituais.

“Há mais pessoas a querer participar e maior receptividade. As pessoas reconhecem-se nas nossas tradições”, considerou.

A Mascararte abriu no dia 1 de Dezembro e encerra a 11 com a “queima do Mascareto”, um espectáculo multimédia que irá envolver grupos de mascarados, gaiteiros, alunos das escolas e o “Pinóquio”, que, pela primeira vez, participa nestes rituais.

Ao longo de duas semanas, foram promovidas conferências, apresentação de obras, exposições de pinturas e concertos relacionados com a temática.

 

04 de Dezembro de 2009

Os mirandeses Galandum Galundaina actuam amanhã no Teatro Municipal de  Bragança no âmbito da bienal da Mascararte, um evento que comemora as tradicionais festas dos mascarados que ocorrem nesta época na região transmontana e na vizinha Castela e Leão.

 

 

publicado por Lacra às 16:02

 No próximo domingo, dia 5 de Dezembro, será transmitida, na SIC, a primeira de três reportagens realizadas no SPA do Hotel SPA Alfândega da Fé, a serem exibidas no âmbito do programa FamaShow, com emissão nas tardes de Domingo.

 
As gravações das reportagens trouxeram, na passada quinta-feira, a Alfândega da Fé, a modelo e apresentadora do programa, Vanessa Oliveira, encarregue de relatar aos telespectadores a sua experiência enquanto hóspede do hotel, dando a conhecer os diversos tratamentos e massagens oferecidos pelo SPA.
 
Encantada pela beleza da Serra de Bornes, Vanessa Oliveira teve a oportunidade de jantar no restaurante do hotel, na noite de quarta-feira,onde provou a gastronomia regional. 
 
A gravação do programa decorreu, numa primeira fase, nas instalações internas do Spa,onde Vanessa foi atendida pela equipa de fisioterapeutas e massagistas. Posteriormente, no exterior, a apresentadora usufruiu da hidromassagem e da massagem Vichy.
 
O programa vai para o ar imediatamente após o Primeiro Jornal, por volta das 14h00.

publicado por Lacra às 11:46

Já desenhou caricaturas e cartoons para grande parte dos jornais de Bragança, mas são os originais trabalhos de banda desenhada que mais se destacam no eclético currículo de José Rodrigues, conhecido pelo nome artístico de Zé Da Fonte.

 

Apesar de pouco (re)conhecido pela comunidade em geral, os seus trabalhos são de uma qualidade inegável, que levam instituições como a Universidade de Coimbra a solicitar-lhe créditos para a ilustração de obras. Da Fonte não agarrou a oportunidade, por falta de tempo ou por excesso de pedidos. É que, para além de caricaturas, cartoons, ilustrações e banda desenhadas, José dedica-se também à pintura em tela, em azulejo e à escultura. A par disso tem com o irmão um gabinete de projectos que lhe ocupa grande parte do dia.

Se pudesse dedicaria todo o seu tempo à banda desenhada. “A cem por cento”, reitera. A paixão despertou cedo, com a oferta de um livro do Astérix pelo seu pai, e levou-o, com apenas 16 anos a trabalhar num gabinete de projectos.

Tudo começou com uma “brincadeira”. José andava então no Liceu de Bragança, onde frequentava o curso de Arte e Design. Foi nessa altura que conheceu o arquitecto Carlos Guerra que, vendo o jeito do jovem para o desenho, ofereceu-lhe um pequeno manual sobre técnicas para banda desenhada.

Mas não foi apenas o arquitecto que reconheceu no jovem um potencial talento, também os pais mostravam já orgulho e depositavam grandes expectativas no “jeito” do rebento. Sabendo disso, e numa altura em que os agricultores viviam um verdadeiro “lufa lufa” para a entrega de projectos agrícolas, José integrou então o gabinete da Zona Agrária da Terra Fria.

“Precisavam de alguém que fizesse desenhos rápidos para os projectos dos agricultores e também para panfletos sobre as técnicas para tratar oliveiras, combater pragas. Quando tinha um furo ou um tempo livre no liceu, ia até lá fazer uns desenhos”, recordou.

Adriano Diegues, já então responsável pela Caixa Agrícola e conterrâneo, deu também uma “ajudinha”, tendo sido fundamental na publicação da primeira b.d..

Paralelamente, José ia aperfeiçoando o traço, com a concepção de mini bandas desenhadas para consumo interno. Sempre acompanhado do bloco de notas e de um lápis, foi cumprir serviço militar para Lamego. Ali ganhou uns “trocos” a fazer retratos das namoradas dos soldados ou caricaturas, e seria ali que realizaria o seu primeiro grande trabalho: a ilustração sequencial de nove volumes, cada um com 800 páginas, sobre as técnicas de instrução militar.

“No intervalo das instruções militares ficava na caserna, ganhava a vida a fazer tatuagens nos outros e a fazer retratos das namoradas dos colegas. Um dia, o comandante da unidade pediu-me para o acompanhar. Pensei, “estou tramado”, ainda nem tinha jurado bandeira! Quando cheguei lá perguntaram-me se era capaz de tomar conta de um gabinete de projectos para a unidade e, a partir daí, desenvolvi uma série de trabalhos”.

 

Regresso a Bragança

Entre ficar a trabalhar em Lamego ou regressar à terra natal, José preferiu regressar e concluir o curso de Artes Visuais no Instituto Politécnico. Aluno de pintores reconhecidos, como Luís e Helena Canotilho, José toma então contacto com outras áreas artísticas como a pintura em azulejo, uma actividade que hoje em dia lhe ocupa grande parte do tempo.

A par com o trabalho de gabinete, foi convidado a fazer bandas desenhadas institucionais, como foi o caso da Corane ou da Norcaça. Terá sido por esta altura que começou a fazer cartoons e caricaturas para a imprensa regional, assinando já com o nome Zé Da Fonte, numa homenagem aos bisavós, da aldeia de Nogueira.

“Assumi a nomeada Da Fonte numa homenagem aos meus bisavós. A nossa casa da aldeia fica junto a uma fonte e, naquela época, sempre que na aldeia pediam abrigo ou uma malga de sopa as pessoas indicava a casa dos Da Fonte como aquela onde se dava abrigo. Fiquei com o apelido em homenagem à família e ao facto das pessoas terem ali sempre uma porta aberta”, contou.

A banda desenhada passou a ser apenas um hobby ao qual se dedicava com a paixão de quem tem como lema um dito de Pessoa, “põe quanto és no mínimo que fazes”.

Inspirado por um antigo livro fotocopiado nos tempos de liceu, da autoria de  Daniel Rodrigues, José começou então a escrever a Lenda do Conde de Ariães em quadradinhos, “quando tinha tempo livre”.

 

Um “cérebro aberto”

A curiosidade e o gosto pela arte levaram-no, desde sempre, a explorar vários caminhos, “para não ficar refém de um só trabalho”. Na caricatura inspirou-se no francês Honoré Daumier, mas também nos portugueses Onofre Varela, António ou Artur. Quis o acaso que um familiar seu, emigrante em França, encontrasse na “pubela” (lixeira), um livro de Honoré Daumier sobre caricaturas.

Uma das técnicas do francês consistia em pegar numa pêra e escavá-la, literalmente, até fazer a cara de uma pessoa. “Abriu-me o cérebro”, disse Da Fonte. Mais tarde, quis novamente o destino que se cruzasse com as suas referências portuguesas: Onofre Varela e Artur.

“Soube que eles vinham a um bar da cidade e passei a noite toda com eles a fazer caricaturas”, recordou.

A partir daí nunca mais parou. “As coisas aparecem assim e há que lhes dar sequência”, constatou.

Enquanto mantinha o gabinete de desenho, Da Fonte nunca parou de explorar as diferentes áreas artísticas. Na pintura esteve ligado à “mini academia” ProArtis, uma associação que existiu em Bragança, na rua Direita, onde se promoviam a arte, a dança, ou o teatro. Já na escultura, mais um acaso de quem nasce com o “bichinho das artes”: com um resto de betume e um palito dá forma a Alexandre Bell. Outra altura, na aldeia, em Nogueira, de uma pedra deu forma a um soldado romano, tendo como ferramenta uma chave de fendas.

“Esqueci-me daquilo no lameiro e mais tarde um senhor da aldeia encontrou-o e queria levá-lo ao museu”, conta divertido, arrancando gargalhadas a quem ouve as suas histórias.

Ao mesmo tempo, na imprensa regional, o sentido crítico e a curiosidade davam origem a cartoons que retratavam a vida política local.

Os retratados nunca se zangaram com Da Fonte. O humor que põe em cada quadradinho foi sempre suficiente para arrancar sorrisos ao político mais carrancudo e muitos foram os que lhe pediram o trabalhos como “recordação”.

“O humor prende as pessoas”, explica Da Fonte, salientado, no entanto, que nunca o seu trabalho teve o intuito de “espezinhar”.

“Procuro dar a minha opinião e espicaçar mas sem ofender porque todos temos sentimentos e quem sou eu para julgar os outros? São apenas críticas com sentido construtivo”.

 

A paixão pela banda desenhada

Na banda desenhada, Da Fonte quis ir mais longe e empenhou-se num trabalho à custas próprias que lhe levou uns cinco anos a concluir: a história em banda desenhada do ilustre Abade de Baçal. De uma simples ideia nasceu um trabalho que relata a vida do pároco, as histórias e estórias de um personagem que marcou toda a cultura transmontana.

A recolha levou-o a procurar pessoas que conviveram com o Abade. Ouviu dezenas de relatos e passagens sobre um homem que foi mais do que um pároco.

No fim, escreveu o argumento, desenhou os personagens inspirado nas atitudes e comportamentos que estes teriam e quando finalizou o trabalho decidiu dá-lo a conhecer através da imprensa regional, tal como já tinha feito com a Lenda do Conde de Ariães. Ao longo de um ano, no última página do Mensageiro, lá vinha uma prancha da história de um dos maiores vultos transmontanos. Apesar de terem sido muitos os pedidos, Da Fonte nunca chegou a publicar a banda desenhada em livro. Faltou o reconhecimento?

“As pessoas pensam que só há artistas no Porto ou em Lisboa”, assumiu Da Fonte. “Já me disseram que estava em Bragança a perder tempo, mas eu gosto da minha terra e se alguém quer os meus trabalhos vem fazê-los cá cima”.

E é com frequência que lhe chegam os trabalhos. Do Brasil pediram-lhe a pintura de uns azulejos com motivos do Douro. Do Porto veio o pedido para a concepção de uns convites com a caricatura dos noivos. De Coimbra solicitaram a ilustração de uma obra universitária, um trabalho que teve de recusar.

Às noites, com antigos frequentadores da extinta ProArtis, vai ensinando técnicas de pintura enquanto mete mãos à obra para concluir uma escultura de Jesus Cristo, encomendada para uma capela da cidade. Ao mesmo tempo, ocupa-se de dar forma a uma nova banda desenhada, a pedido do Centro Social e Paroquial de Rossas, para o qual fez já um livro sobre as boas práticas nas instituições sociais.

Trabalho não lhe falta, nem tempo, “dá sempre tudo”. Falta só talvez o reconhecimento. Sobre isso José aponta o dedo aos políticos locais e entidades com responsabilidade civil que, na sua opinião, deveriam ajudar a projectar “pessoas com valor” até porque “a imagem de uma terra tem muito a ver com os artistas da terra”. Mas é sem mágoa que Da Fonte encara estas questões, antes com o optimismo de quem usa o humor para dar umas “ferroadas”.

 

Carla A. Gonçalves

publicado por Lacra às 10:07
03 de Dezembro de 2009

A Quercus apresentou uma queixa à UNESCO contra o Governo português por causa da barragem de Foz Tua em que pede àquele organismo internacional que ajude a travar o empreendimento para evitar danos no Douro Património da Humanidade, anunciou hoje a associação ambientalista.

Na exposição feita à UNESCO, a Quercus pede que a entidade responsável pela classificação da região do Douro "interceda firmemente junto do Estado português, de forma a evitar a destruição paisagística, cultural e patrimonial que irá ser provocada pela construção da barragem de Foz Tua".

Um "atentado à Paisagem Cultural do Douro Vinhateiro, património de toda a Humanidade e não apenas de um Governo", é o que a QUERCUS considera irá acontecer com a barragem que vai também submergir parte da linha do Tua.

 

Fonte: Lusa

publicado por Lacra às 10:13

 Carlos Jesus Rodrigues, conhecido por Carlitos, de 40 anos, é o novo técnico do Bragança, rendendo no cargo António Miranda, vítima dos maus resultados, e assume “sem receios” a ambição da equipa nordestina: a subida de divisão. Tempo tem, é verdade, qualidade também, segundo o próprio, ainda que o grupo venha a ser reforçado no imediato, com a contratação de um defesa-central. Como futebolista, Carlitos chegou a ser uma promessa do Vitória de Guimarães e, penduradas as chuteiras, foi no Fafe que deu os primeiros passos como treinador. Em três épocas e meia, o novo técnico do Bragança esteve com a equipa minhota na II Divisão e, depois, na III Divisão, série A, pelo que conhece bem os terrenos que pisa. Aliás, Carlitos era um dos potenciais substitutos de Lopes da Silva, mas a escolha acabou por recair em Miranda. Quis o destino que o “casamento” se realizasse em segundas núpcias, passe a imagem. “É verdade que estive para vir no início da época, mas por isto ou por aquilo não aconteceu. Estou cá agora e sinto-me extremamente feliz”, confessou Carlitos ao “Mensageiro Notícias”, pouco depois de ter conhecido o grupo e de avançar para o primeiro treino, a fim de tomar o pulso à rapaziada. Mesmo acabado de chegar, Carlitos confia que o trabalho a desenvolver dará frutos a breve trecho, alicerçando a convicção no valor que a equipa brigantina alberga. “O Bragança tem um projecto credível e apetrechou-se bem para a campanha em curso. A equipa tem qualidade, há que potenciá-la com o trabalho diário.” O entrevistado crê que chega em boa altura, na retoma do campeonato, e recebendo já depois de amanhã o Santa Maria: “É um jogo que queremos ganhar. Nada melhor que uma vitória na estreia, na minha apresentação aos sócios. Um triunfo trará, seguramente, a confiança de volta ao grupo e poderemos aproveitar depois o que se avizinha, já que nas três rondas seguintes jogamos duas vezes em casa.” “Sem quaisquer receios”, como vincou, Carlitos não contorna o propósito que norteia o Bragança: “É para acabar entre os seis melhores a primeira fase e, depois, atacar a subida.” No que toca a retoques no plantel, além da urgente contratação de um defesa-central, só depois de uma avaliação profunda e sem pressas.

Manuel Martins de olho na algibeira

Presidente de uma direcção que honra compromissos e tem arrumado a casa, Manuel Martins enalteceu a forma “elegante e correcta” como António Miranda deixou o Bragança, ainda que situações do género mexam sempre com os orçamentos. “Por princípio, sou contra as denominadas chicotadas, embora reconheça que os sócios têm legitimidade para se manifestar”, referiu o líder do GDB, satisfeito por o técnico-adjunto Ilídio e o professor Costinha continuarem a prestar apoio a Carlitos. Dada a anuência para a contratação de um defesa-central, Manuel Martins crê, também, que “existe qualidade” e que o Bragança é “sempre candidato à subida de divisão”. “Veremos se o conseguimos ou não, mas a equipa é, repito, capaz”, finalizou.

Fonte: Mensageiro Notícias

publicado por Lacra às 10:04
02 de Dezembro de 2009

O bar Vitória, em Bragança, vai receber, no dia 5 de Dezembro, a banda de jazz Laura Ferreira Quinteto.

Com um repertório eclético Laura Ferreira Quinteto apresenta um espectáculo multicultural, de influências diversas interligado por uma sonoridade fortemente marcada pela linguagem do jazz e bossa-nova. Dos standards do jazz que fizeram história como música de filmes e musicais, aos compositores mais emblemáticos da música portuguesa e música brasileira, incluindo a música pop, o resultado é um espectáculo de fusão de ritmos, fusão de culturas e fusão de memórias a que se junta o improviso tão característico dos músicos de jazz que compõem esta formação.

Pelo bar Vitória, em Bragança, vão passar, a partir das 23:00, temas como: ‘Bewitched’, ‘Devil may care’, ‘I can’t give you anything but love’, ‘Can´t buy me love’ dos Beatles, ‘You and I’ de Stevie Wonder, ‘Corcovado’ de Tom Jobim, ‘Lisboa que amanhece’ de Sérgio Godinho, e ainda temas de Jorge Palma, Rui Veloso, Djavan e Fausto, entre muitos outros.

Para além de Laura Ferreira integram este quinteto: António Palma (piano), Guto Lucena (saxofones e flauta), João Custódio (contrabaixo) e João Rijo (bateria). Em palco estará também presente a artísta plástica Ofélia Marrão que irá pintar ao vivo um quadro inspirado no concerto.

Este concerto faz parte de um ciclo alargado de concertos, designado por Bushmills Smoothest Sessions, que reflectem o encontro entre diferentes sonoridades e culturas, em especial a portuguesa e a irlandesa, promovidos pela marca de whiskey Bushmills no ano em que comemora o seu 401º aniversário. Dirigidos a vários públicos, os concertos decorrem de Setembro de 2009 a Maio de 2010, em bares e clubes emblemáticos, constituindo o início de um conjunto alargado de iniciativas Bushmills na área da cultura. “Esta é a melhor forma de evidenciar as características de Bushmills: suavidade e autenticidade. E é através do apoio à cultura que aproveitamos para retribuir o contributo português para um whiskey de excelência” refere Filipa Anunciação, responsável pela marca. 

publicado por Lacra às 11:40

Há 147 casos de portadores do vírus HIV no distrito de Bragança.

Números conhecidos no dia em que se assinalou o Dia Mundial da Luta Contra a Sida que ontem se comemorou.

 

Os dados são relativos ao primeiro semestre deste ano, mas em comparação com o mesmo período de 2008, há a registar um aumento de cinco casos.

“Até Junho de 200, tínhamos 147 casos desde o início da infecção, dos quais 125 continua vivos” adianta a psicóloga do CAD, Centro de Aconselhamento e Detenção Precoce do HIV. “Relativamente ao primeiro semestre do ano anterior tínhamos 142 casos”.

 

Solange Barreira acrescenta que no distrito “a infecção está mais associada ao sexo masculino, mais à transmissão heterossexual e menos à toxicodependência pois dos casos vivos 71 estão relacionados com a via sexual e 62 com a utilização de drogas injectáveis”.

 

O tratamento físico em Bragança continua a não ser possível. Os doentes têm de se deslocar a unidades hospitalares no Porto.

Os únicos que recebem tratamento na região são os reclusos dos dois estabelecimentos prisionais e os utentes do Centro de Respostas Integradas.

 

Para a psicóloga do CAD, Centro de Aconselhamento e Detenção Precoce do HIV, lamenta que esse serviço não esteja a funcionar na região. “Faz sempre falta só infeliz emente que os números não são suficientes para poder haver aqui esse apoio ao nível do tratamento físico” refere Solange Barreira.

 

A maior parte dos casos detectados no distrito de Bragança, nos primeiros seis meses deste ano, situa-se na faixa etária entre os 20 e os 44 anos.

 

Fonte: Brigantia

publicado por Lacra às 11:37
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