O comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança, José Fernandes, considera que seria importante dar formação aos soldados da paz para aprenderem a trabalhar com desfibrilhadores, bem como fornecer alguns destes equipamentos às corporações.
“Não digo em todos mas era importante que, em certos locais, houvesse um desfibrilhador e alguém formado para actuar. Não temos uma coisa nem outra”, apontou, sublinhando que os soldados da paz, em muitos casos, são os primeiros a chegar aos acidentados.
As estatísticas nacionais indicam que as doenças cardiovasculares são uma das causas de morte mais frequentes, com uma percentagem superior a 30 por cento. Em mais de metade dos casos de paragem cardio-respiratória, as vítimas não chegam com vida aos hospitais e, grande parte dos episódios de morte súbita cardíaca resultam da ocorrência de arritmias cardíacas, nomeadamente fibrilhação ventricular. Neste último caso o único tratamento é a desfibrilhação eléctrica. A nova legislação já permite que estes aparelhos sejam utilizados por pessoal não médico, embora com
A legislação indica ainda que em mais de metade dos casos de paragem cardio-respiratória as vítimas não chegam com vida aos hospitais. Ao mesmo tempo, a maior parte dos episódios de morte súbita cardíaca resultam da ocorrência de arritmias cardíacas, nomeadamente fibrilhação ventricular, cujo único tratamento é a desfibrilhação eléctrica.
José Fernandes não tem dados que permitam afirmar se já teve casos em que o desfibrilhador era ou não necessário até porque isso seria “um acto médico”. No entanto, o comandante acredita que o fornecimento de desfibrilhadores aos bombeiros, bem como formação adequada, seria muito positivo: “os bombeiros são pessoas capazes, dedicadas e disponíveis 24 horas, 365 dias”.
A nova legislação já permite que os desfibrilhadores automáticos externos sejam utilizados por pessoal não médico, no entanto, é necessário que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) certifique o seu uso e monitorize e fiscalize a sua utilização.