Manuela Ferreira Leite esteve em Bragança, no comício de encerramento do PSD, para prestar o seu apoio e homenagem ao candidato Jorge Nunes, considerado pela líder partidária como “um exemplo do que deve ser um autarca e um social-democrata”.
Perante uma plateia repleta de apoiantes, na Torralta, Ferreira Leite elevou o entusiasmo ao dizer que não teve qualquer dúvida em vir a Bragança, um dos poucos concelhos que visitou durante a campanha autárquica.
“Tem sido um concelho e um distrito esquecido pelo Governo Central e que tem evoluído exclusivamente pelo empenho do poder autárquico”, justificou.
A líder assumiu a “defesa” do candidato contra as críticas que o apelidam do “presidente do betão” dizendo que “a grande política de Nunes tem a ver com o desenvolvimento social e económico”. Ferreira Leite não poupou nos elogios a Jorge Nunes, “um autarca extraordinário”, e afirmou mesmo que “não é vulgar” encontrar uma autarquia semelhante à que foi liderada pelo candidato.
O ciclo de investimentos realizados durante os doze anos de gestão autárquica foi uma das grandes bandeiras de campanha do PSD, que abriu o comício com um vídeo com os principais momentos, desde 1997 até 2009.
Para Jorge Nunes foram doze anos em que se realizaram “obras estruturantes” apesar da “gestão ruinosa” em que diz ter encontrado o município após o mandato dos socialistas.
“Foram doze anos em que fizemos obras, apesar da dívida herdada fruto da gestão ruinosa do PS. E, mesmo assim, conseguimos descer esses valores de dívida, como se pode comprovar nas avaliações feitas interna e externamente”.
Nunes falou ainda o “tempo dos socialistas” para dizer que, antes de 1997, freguesias como Pombares ou Rio de Onor, e até mesmo Izeda, “eram completamente esquecidas”.
Manuela Ferreira Leite destacou ainda a “capacidade de Jorge Nunes” para exigir do Governo Central e lembrou a importância dos resultados das autárquicas para o PSD. Um maior número de câmaras sociais-democratas, poderá dar ao PSD, no entender da líder, maior capacidade reivindicativa para acabar com o fosso litoral/interior até porque do Governo diz não esperar “grande coisa”.
Com resultados favoráveis junto das comunidades emigrantes e um número de deputados eleito superior a todos os deputados da oposição juntos, Ferreira Leite aproveitou para dizer que o PSD se vai afirmar como oposição e manter o seu projecto, estando “indisponível” para “ajudar, de forma envergonhada, o PS a governar”.
“Nós estamos fora desse jogo. Somos oposição e vamos trabalhar para nos mantermos como alternativa firme e substituir um poder que não serve”
Em Bragança, o PSD é poder em 44 das 49 freguesias do concelho. O objectivo é manter ou aumentar os votos para “continuar a desenvolver o trabalho realizado”.
Com uma campanha que se pautou sobretudo por acções de proximidade, Jorge Nunes teve o seu grande comício de encerramento marcado pelo apoio incontestável da líder do PSD e pela ausência dos dois deputados eleitos pelo distrito, Ferreira Gomes e Adão Silva.