Depois de uma visita, hoje, aos serviços municipais, o candidato socialista, Jorge Gomes, reiterou a necessidade de transferir serviços para o centro da cidade de Bragança, nomeadamente para a Praça da Sé. A transferência da Câmara não está colocada de lado, até porque o candidato considera que o actual espaço onde a autarquia está instalada é exíguo.
“Não há nenhum caso gritante de alguém que esteja muito mal instalado, nota-se que há constrangimentos de falta de espaço”, apontou.
A localização de serviços no centro da cidade faz parte da estratégia do PS para revitalizar toda a cidade. O candidato, natural de Bragança, entende que actualmente há muita “dispersão”.
“As pessoas não têm um centro de encontro, um centro onde se revejam culturalmente. A Praça da Sé continua a ser o ex-libris da nossa terra e é necessário é humanizar esse espaço”, apontou.
A colocação da Loja do Cidadão, que já integra serviços municipais, a par com a Câmara, poderia criar um movimento de centenas de pessoas na cidade, na opinião do candidato.
Já relativamente à questão do abastecimento de água, Jorge Gomes continua a defender a construção de uma barragem com nove metros de altura no lugar de Veiguinhas. O candidato do PSD, o actual autarca Jorge Nunes, afirmou que tal solução corresponde a uma “charca”, acusação a que Jorge Gomes responde dizendo que ambos têm “visões do mundo completamente diferentes”.
Para o candidato socialista seria preferível “ter a barragem de Veiguinhas com nove metros de altura, já feita” e puder apresentar propostas para o seu aumento, bem como recuperar as represas que estão destruídas, do que não ter nada.
“Com a recuperação das represas, os agricultores poderiam fazer o abastecimento de rega. São pequenas coisas mas em termos de capacidade de água retida é muito. Não podemos é continuar a deixar que uma terra rica em água, como Bragança, veja esta desabar na foz do Porto”, concluiu.
Na visita à autarquia e aos serviços dependentes, o candidato quis apenas “dar-se a conhecer”, tendo entregue a cada trabalhador uma carta pessoal. Apesar de, na semana passada, ter falado da existência de receio de represálias, por parte de alguns trabalhadores da câmara, o candidato não pode confirmar esses “medos”.
“Não posso confirmar se há ou não um clima de medo porque não fui em campanha eleitoral, fui apenas apresentar-me como candidato e, nas conversas que tive com os trabalhadores, nunca foi feito nenhum comentário em relação ao funcionamento interno da câmara”, referiu.