Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
29 de Agosto de 2009

Cerca de 30 jovens de todo o país ligados ao Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) estão reunidos, até domingo, num acampamento nacional, no Parque Natural de Montesinho.

Apesar de o lema da iniciativa Ecolojovem ser "Porque aqui também há vida", admitem que dificilmente escolheriam viver nesta zona perante a pergunta que serve de tertúlia ao segundo dia do acampamento: "Vinhas viver para o Interior?".

"Com esta falta de alternativas, dificilmente viriam", concluiu Cláudia Madeira, dirigente da juventude do partido "Os Verdes".

"O que se nota é que nos deparamos com uma região onde há falta de jovens porque não têm alternativas. Acabam os cursos e são obrigados a abandonar a região para encontrar emprego", sustentou.

À falta de emprego, junta-se, na opinião dos jovens ecologistas, "a falta de serviços públicos e de mobilidade" pela ausência de "uma rede de transportes a preços socialmente justos".

Mais investimento público é a solução apontada para estes problemas por Manuela Cunha, dirigente do PEV e candidata da CDU pelo círculo de Bragança às legislativas, que hoje se juntou ao acampamento da juventude do partido.

Manuela Cunha defende que a região tem "uma oferta imensa com várias áreas potenciais de investimento capazes de criar emprego", desde logo a Natureza, sendo o Nordeste transmontano o que apresenta o maior número de áreas protegidas do país.

Associado a ambiente, a dirigente aponta também o turismo de natureza.

Mais apoios à agricultura, nomeadamente para os produtos regionais e um maior investimento na rede de transportes públicos são outras áreas em que Manuela Cunha reclama investimento do Estado, nomeadamente para manter e modernizar a linha do Tua.

Os jovens ecologistas realçam que o propósito deste acampamento nacional é "alertar e esclarecer a população em geral que é necessário e urgente investir nas regiões do interior.

 

Fonte: Lusa


A Águia de Bonelli, o Abutre do Egipto e a Cegonha Negra, aves rupícolas que nidificam nas escarpas do Douro Internacional, foram alvo de um programa de emergência que durou dois anos e que envolveu várias organizações não governamentais, caçadores, associações locais, Instituto de Conservação da Natureza (ICNB) e a própria EDP, como promotora de todo o projecto.

O plano foi elaborado pelo ICNB, em 2007, depois de se ter constatado o risco eminente de desaparecimento de grande parte destas populações. O caso mais preocupante era o da Águia de Bonelli cuja população, em 15 anos, regrediu 40 por cento.

Assim, em conjunto com as várias entidades locais, e com um financiamento de cerca de 360 mil euros, atribuídos pela EDP ao abrigo do programa “Business and Biodiversity”, foram colocadas no terreno um conjunto de 16 acções.

A execução dos objectivos, para uma área de 95 mil hectares, foi da responsabilidade de seis associações: a ALDEIA, a Associação Transumância e Natureza, Associação de Produtores Florestais do Nordeste Transmontano, Palombar, AEPGA e a Associação Erva-Prata.

 

Espécies em risco

As espécies privilegiadas pelo programa estavam há muito em risco de regressão. A Águia Bonelli, por exemplo, em 1990 tinha uma população constituída por 15 casais e em 2006 já só tinha nove casais, sendo apenas três deles reprodutores estáveis. Entre as principais ameaças à espécie estavam factores relacionados com a diminuição do coelho bravo, a colisão e electrocussão em linhas eléctricas, o abandono dos pombais por alterações das práticas agro - agrícolas, e até a perseguição humana e o abate a tiro.

Já a Cegonha Negra tem no Douro Internacional o segundo núcleo mais importante do país, mas composto apenas por 16 casais nidificantes. O declínio da espécie está relacionado com a construção de infra-estruturas hidráulicas, com a contaminação das águas, perturbação por actividades recreativas náuticas, degradação das águas nos ribeiros e açudes, incêndios florestais e colisão e electrocussão em linhas eléctricas.

No que diz respeito ao Abutre do Egipto, os especialistas sabem que os núcleos populacionais se têm mantido estáveis, embora notem uma regressão em diversas áreas marginais. Prova disso é que em 2007 nidificaram apenas 88 casais, um número relativamente baixo quando comparado com o ano de 2004 em que nidificaram 147 casais. Foram identificadas como ameaças à espécie as restrições sanitárias sobre a deposição de cadáveres nos campos, a rarefacção das espécies presas devido à alteração de habitats associados à agro-pecuária tradicional e também a electrocussão e colisão em linhas eléctricas.

Com as causas identificadas, as associações definiram objectivos que permitissem inverter a situação, criando melhores condições de habitat das espécies; aumento da disponibilidade de alimento e de populações como o coelho bravo ou a perdiz; abertura de charcas; construção de pombais tradicionais; realização de acções de sensibilização junto da população; e, entre outras, monitorização e acompanhamento das espécies.

Para cada espécie foi usada uma metodologia diferente mas, em todos os casos, houve a preocupação de aumentar o alimento disponível para assim aumentar a taxa de reprodução e, consequentemente, a população.

Para tal, houve um intenso trabalho de aumento das sementeiras, com o intuito de aumentar também a quantidade de coelhos bravos, perdizes ou pombos.

O projecto terminou agora em Agosto e, para já, ainda vai levar “algum tempo” até às acções darem fruto, como explicou Emanuel Ribeiro, da associação Aldeia.

“As acções mais sustentadas dão frutos a longo prazo. Demora sempre algum tempo a notar-se o efeito”.

Até 2010 a EDP, através do programa “Business and Biodiversity”, pretende um incremento do relacionamento entre as empresas e a biodiversidade para assim atingir a meta de parar com a perda de biodiversidade a nível local, regional, nacional e global.

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