“Acabar com a oligarquia que se vive em Freixo de Espada à Cinta” - é o propósito da candidatura do PSD/CDS-PP, liderada por António Morgado à autarquia e que foi apresentada, nesta terça-feira, a toda a população.
O candidato acusa o actual autarca, José Santos, de “dominar” todas as instituições públicas do concelho, desde a câmara, à Santa Casa da Misericórdia, Adega Cooperativa ou Coopafreixo.
“Tem o poder absoluto e domina todas as fontes de emprego. Só não domina a escola, embora tenha tentado”, acusou.
A “prova” do que considera como “despotismo” foi a própria recusa da autarquia em ceder o Auditório Municipal para a apresentação da sua candidatura. Segundo o candidato foram enviados dois ofícios solicitando o espaço, tendo o mesmo sido recusado dado que, segundo resposta da autarquia, “um comício dá azo a exteriorizações de comportamentos que podem condicionar a conservação do espaço”. O município informou ainda que iria apreciar e votar o assunto em reunião de câmara, não tendo informado o candidato sobre qual a decisão da deliberação.
“O presidente entendeu que não deveria ceder o Auditório Municipal, numa atitude de desprezo para com os conterrâneos opositores, e decidimos alugar o salão dos Bombeiros Voluntários por 250 euros”, explicou.
António Morgado diz ainda que com esta atitude, a câmara desrespeita o direito da igualdade de propaganda, podendo o candidato apresentar queixa no Ministério Público.
“Podia, mas não vou fazer. Deixo que o povo julgue as suas atitudes de excesso de despotismo”, afirmou.
Na lista, com António Morgado, concorre, em segundo lugar, Maria do Céu Quintas, e em terceiro lugar Gilberto Pintado, do CDS/PP. À Assembleia Municipal concorre Francisco Calvão. Da lista fazem ainda parte outros membros ligados ao PS, segundo o candidato, “históricos do PS de Freixo de Espada à Cinta”.
“Estão do meu lado porque o presidente da câmara entendeu também que o partido era dele e houve elementos que resolveram sair”, apontou.
António Morgado está convencido que poderá alcançar a vitória nesta corrida autárquica, pese embora a autarquia PS esteja no seu primeiro mandato.
“Tem havido muito desgaste político devido ao controlo das várias instituições e é um desgaste visível para as pessoas do concelho. As pessoas sentem-se intimidades porque o presidente controla tudo e, por isso, querem a mudança”, afirmou.
As prioridades de António Morgado passam por uma aposta na criação de emprego no concelho, na dinamização da economia através do fortalecimento das estruturas locais de modo a permitir que os jovens se fixem no concelho. As políticas sociais, nomeadamente as políticas vocacionadas para a terceira idade, bem como a requalificação urbana são outra das prioridades da candidatura PSD/CDS-PP.
O candidato afirma que tem “sentido” o apoio da população à sua candidatura, pese embora, considere que “actualmente não há liberdade de expressão”.