Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
13 de Agosto de 2009

O Movimento Mérito e Sociedade (MMS) já entregou no Tribunal de Bragança as listas de deputados à Assembleia da República pelo distrito.

Com Sérgio Deusdado como cabeça de lista, seguem mais quatro pessoas cujo nome será revelado numa sessão pública a promover futuramente. Em traços gerais, o candidato diz que a lista do MMS é constituída por pessoas da região, ou que vivem aqui há mais de dez anos, “altamente qualificadas” e que já representam a região através da sua profissão.

“É uma lista jovem, constituída por doutores, mestres e licenciados. São profissionais de mérito, que não estão agarrados a conceitos anacrónicos de direita ou de esquerda e que, acima de tudo, querem defender as pessoas”, defendeu o candidato.

Com esta candidatura, Sérgio Deusdado visa dar à região “uma voz diferente, livre de amarras partidárias”. No entender do candidato, até hoje, a região tem sofrido as consequências de não ter representantes “livres” no Parlamento. Sérgio Deusdado garante que com o MMS não será assim, até porque os deputados eleitos por este partido não estão obrigados à disciplina partidária.

“Os deputados que forem eleitos por Bragança vão defender, em primeiro lugar, as pessoas que o elegeram. Isso não acontece com os deputados da nossa região. Nas principais causas, como as da saúde, da educação, da Linha do Tua, nunca vimos nem sequer um deputado da região a pugnar pelas causas”.

O candidato espera conseguir a eleição de um deputado, mas admite que há muitas dificuldades, agravadas com a perda de um deputado pelo círculo eleitoral de Bragança.

Sérgio Deusdado acusa mesmo o PS e o PSD como responsáveis da actual situação, criticando ainda as escolhas feitas pelos sociais-democratas para Bragança.

“Não bastava irmos perdendo representatividade como ainda há um partido que acha normal subtrair um deputado da lista de Bragança para uma pessoa que não é de Bragança e não tem qualquer afinidade com a região”, afirmou, referindo-se à escolha de José Ferreira Gomes como cabeça de lista do PSD por Bragança.

O candidato entende que essa é mais uma forma de “subjugar o distrito ao interesse partidário e não ao interesse das pessoas da região” e deixa como proposta para uma “democracia plena” a votação em listas uninominais.

“O MMS defende as listas uninominais onde seria possível às pessoas votarem num único candidato e tê-lo como seu representante”, apontou.

 

Fora das eleições autárquicas

O MMS não vai apresentar-se às eleições autárquicas devido à falta de pessoas para formar listas. Sérgio Deusdado explicou que no MMS não há duplas candidaturas e assumiu as limitações de um partido novo que “não pretende fazer listas só para aparecer”.

No entanto, o movimento mostrou-se já disponível para apoiar candidaturas independentes que se identifiquem com os valores do partido.

publicado por Lacra às 17:51
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Bragança é um dos distritos que tem menor número de atletas federados. Os números foram hoje divulgados pelo Instituto do Desporto de Portugal. Com excepção de Bragança e Portalegre, todos os outros distritos viram aumentar o número de federados, sendo de destacar o aumento de mulheres a praticar desporto. Ver aqui

publicado por Lacra às 16:26
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 O Banco Espírito Santo doou 20 mil euros à autarquia de Freixo de Espada à Cinta para obras de recuperação da Igreja Matriz da vila. O apelo ao mecenato foi uma das soluções encontradas pela câmara para fazer avançar as obras de recuperação do monumento nacional. No entanto, está também já em curso uma candidatura conjunta, com o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, para avançar com a recuperação do altar da Igreja e do retábulo-mor, onde se encontram 16 telas de Grão Vasco já bastante fragilizadas.

Desde que a Direcção Regional de Cultura do Norte decidiu intervencionar o monumento, a população sempre se opôs à saída das obras de arte. A câmara pediu que os trabalhos fossem feitos no local, e dada a indisponibilidade financeira do instituto público, apelou também ao mecenato de entidades públicas e privadas.

Agora, a elaboração da candidatura conjunta, a par com o donativo de 20 mil euros, vem renovar a esperança de ver os trabalhos avançar.

A nível exterior, a pintura e arranjo da porta está a ser feito com o acompanhamento e acordo do IGESPAR, que fez deslocar à vila um técnico com esse propósito.

A Igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta é monumento nacional desde 1910. Foi mandada edificar por D. Manuel no local de um antigo templo gótico que havia sido construído no mesmo local, no reinado de D. Sancho II. É uma das três igrejas manuelinas com abobadamento das naves à mesma altura. As telas da escola de Grão Vasco são do século XVI, década de 20, e correspondem a 16 tábuas quinhentistas que versam sobre a vida de Jesus.


O processo de regionalização só poderá avançar caso haja um entendimento entre as forças políticas partidárias que permita alterar o artigo 256º da Constituição Portuguesa. É que, caso houvesse hoje um referendo sobre a regionalização e, hipoteticamente, 70 por cento dos portugueses votasse sim, bastaria que uma região votasse contra para que tudo ficasse na mesma.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) está, por isso, a promover um ciclo de debates sobre a temática, em pleno período pré-eleitoral, para assim pressionar a um princípio de acordo entre as várias forças políticas que permita retirar da Constituição essa exigência.

Em Bragança, Carlos Lage, presidente da CCDR-N, defendeu mesmo que caso a região Norte baixe os braços sobre esta questão, dificilmente haverá regionalização em Portugal.

O orador convidado, Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, considera que falta, sobretudo, deixar de lado um “discurso hipócrita” e desafia mesmo o Partido Socialista a propor uma alteração constitucional sobre a questão do referendo.

Rui Moreira defendeu ainda que Bragança “só terá a ganhar com a regionalização” até porque “dá mais ao país do que aquilo que recebe”. A título de exemplo, o responsável apontou o facto desta ser a região que mais energia produz, de forma ambientalmente correcta, não retirando disso quaisquer benefícios.

“Não quero vir aqui incendiar seja o que for, mas imagine que aqui existiam poços de petróleo em vez de barragens. Provavelmente haveria alguém a dizer que ia criar aqui um Emirado”.

Criticando o que considera ser o “peronismo” português, Rui Moreira apontou ainda que não há qualquer equilíbrio entre a contribuição desta região para o bem-estar comum dos portugueses e o que a região recebe.

“Porque construíram uma auto-estrada e um túnel, ainda aparecem aqui com o ar de quem está a dar alguma coisa. Vivemos num país onde só há um prato na balança”.

O modelo territorial defendido é aquele que já existe perante a União Europeia e que assenta em cinco regiões administrativas. Um dos documentos de base para a organização do processo é o Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT), que está em fase de discussão pública.

No entanto, esse poderá ser também o documento que ditará a posição da autarquia de Bragança perante a regionalização. É que a câmara não aceita que Bragança não seja considerada uma cidade de equilíbrio regional, à semelhança do Porto, Braga e Vila Real.

O presidente da autarquia, Jorge Nunes, afirmou ser “a favor da criação da região Norte”, mas com um modelo territorial que não seja “centralista”.


 A Festa da História está de regresso ao Castelo de Bragança, no dia 15 de Agosto, desta vez com uma peça de teatro dedicada ao fundador da linhagem dos “Bragançãos” – D. Mendo Alão. O espectáculo foi preparado em pouco mais de quatro meses e conta com a participação de 100 personagens, entre actores e figurantes, sendo que, pela primeira vez, integram o elenco elementos de grupos de teatro de Zamora.

O encenador da peça, António Afonso, revelou alguns pormenores de mais uma peça sobre o passado histórico de Bragança. Desta vez, o recuo é até ao princípio do século XI, altura em que todos os reinos do Ocidente estavam mobilizados contra a ocupação muçulmana da Península Ibérica. A peça ficciona sobre o quotidiano da época e sobre o ritual da hipotética investidura de D. Mendo Alão como cavaleiro.

“O público pode esperar um bom momento de ficção e entretenimento, com cerca de duas horas, à volta de personagens fascinantes, como D. Mendo Alão”, contou António Afonso.

Outra das personagens que será abordada, embora sem presença física, é a figura da Princesa da Arménia, com quem D. Mendo Alão casaria. A representação do casamento será realizada no próximo ano, dando continuidade ao espectáculo a apresentar neste ano. Segundo o encenador, a peça “O Braganção e a Princesa da Arménia”, só não será apresentada nesta edição da Festa da História devido à escassez de tempo para a preparação da mesma.

No entanto, continuidade temporal, seguindo os factos da História, poderá vir a ser difícil de encenar futuramente. É que, conforme António Afonso explicou, a concepção de uma obra de teatro histórico está dependente de factos que possam interessar à dramaturgia.

“É através da imaginação e aturada investigação que o autor descobre motivos de interesse para a sua obra, mas dada a escassez de fontes ao nosso alcance, nem sempre é fácil ficcionar ou seleccionar factos e personagens históricas de interesse. Há muitos factores e tudo tem de ser ponderado, a fim de contribuir para a compreensão final da representação cénica”, explicou.

Acima de tudo, a Associação procura divulgar factos e personagens ligadas à História de Bragança que, desde tempos imemoriais, lhe deram grandeza e prestigio.

Tal como em anos anteriores, a peça de teatro será realizada no interior do Castelo de Bragança. São esperadas centenas de pessoas no local, pelo que é aconselhável chegar ao local um pouco antes do espectáculo, de modo a manter a ordem já que o espaço é limitado.

António Afonso admite que, em termos de organização, há algumas dificuldades em conciliar o espaço com a elevada afluência de público. No entanto, a autarquia estará a pensar uma “solução”, que poderá passar pelo alargamento do espectáculo a mais dias, no próximo ano.

A Festa da História inicia-se este Sábado, às 10h00 da manhã, e até 17 de Agosto, com a abertura do mercado e acampamento medieval, exposição de aves, exibição de esgrima, teatro de rua e vários espaços interactivos. Para o 12h00 está marcada a celebração da Eucaristia Santa Maria do Sardão, com Canto Gregoriano. A peça de teatro será exibida às 21h30.

Já no dia 16 de Agosto, será protagonizado um “Assalto ao Castelo” e um “Torneio Medieval”. A encerrar, dia 17 de Agosto, será promovido um espectáculo de danças medievais, bem como um concerto de música medieval.


 São figuras brancas, à escala humana, aquelas que, por estes dias, vão dando vida ao jardim do Centro de Arte Contemporânea Graça Morais. As esculturas, feitas a partir do barro e papel, são o resultado da primeira oficina de prática artística promovida por aquele espaço cultural, entre Abril e Maio deste ano.

Vocacionada para três públicos distintos, a oficina artística possibilitou a jovens e crianças, a um público em geral e a cidadãos portadores de deficiência, um contacto literalmente próximo com a arte e as técnicas associadas à elaboração de esculturas de formas tridimensionais.

O resultado está agora em exposição para todo o público e não deixa margem para dúvidas: foi um verdadeiro sucesso.

“O público têm-se deliciado a tirar fotografias junto das esculturas. Tem sido muito positivo”, assumiu Jorge Costa, director do Centro.

Sob orientação do artista plástico Miguel Silva, a primeira oficina artística funcionou em três dias diferentes, em seis sessões, cada uma de três horas. Nas sextas-feiras à tarde dirigida para um público infanto-juvenil; nas tardes de Sábado para os adultos e público em geral; e à quarta-feira para os utentes da Associação de Pais e Amigos do Diminuído Intelectual (APADI).

A adesão a esta iniciativa foi de tal ordem que muitas pessoas não tiveram possibilidade de participar.

Ao longo de cerca de dois meses, os vários grupos participantes exploraram o papel e o barro ao nível da modelação, bem como da estruturação de formas tridimensionais ou construção de estruturas. No final, as figuras foram revestidas a gesso.

A mostra vai ficar em exposição no jardim do Centro de Arte Contemporânea até ao final do mês de Setembro.

Ainda este ano, o Centro irá promover mais oficinas de prática artística que permitam abordar as várias componentes da arte contemporânea, desde a serigrafia, à pintura ou desenho. Com estas iniciativas, pretende-se não só cativar público a apreciar a arte, mas sobretudo envolver o público na arte, levando-o a usufruir de todo aquele espaço cultural.

 

À descoberta da arte

Mais vocacionada para as crianças é a visita-jogo, uma iniciativa que é realizada sempre que há solicitações nesse sentido. A proposta é para descobrir a arte através de jogos que permitam maior envolvência e interactividade.

A partir das exposições são criados jogos temáticos no exterior e mesmo no interior do Centro de Arte. Estas visita-jogo já estão pré-preparadas e estão integradas no serviço educativo do Centro de Arte Contemporânea. Tal como as visitas guiadas, basta que sejam solicitadas com alguma antecedência. 

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