Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
10 de Agosto de 2009

 A RDP Internacional realiza este ano a habitual "Festa de Verão das Comunidades", pela primeira vez na cidade de Bragança, entre os dias 15 e 18 de Agosto, procurando promover o reencontro e convívio de portugueses residentes no estrangeiro.

Trata-se de uma homenagem anual que a RDP Internacional presta aos emigrantes que estão em Portugal para as férias de Verão e que tem como objectivo promover o convívio e também "um relacionamento mais directo com os profissionais que diariamente trabalham para a sua melhor integração nos países de destino", informa a RTP em comunicado.

A festa termina com um espectáculo de Toni Gama e Roberto Leal na Praça Eixo-Atlântico, precedido de um conjunto de emissões sobre a realidade regional, transmitidas internacionalmente.

Estes programas serão emitidos directamente da Praça Camões, dias 15 e 16, respectivamente, e terão também transmissão local, pela RBA-Rádio Bragança.

A RDP Internacional propôs ainda aos Serviços Culturais da Câmara Municipal de Bragança o lançamento, no dia 18 de Agosto, do livro " PROCURA DE UM AMANHÃ - Crónicas de um português no Reino Unido", da autoria de Miguel Silva, acrescenta o comunicado.

 


Está confirmado o primeiro caso de gripe A no distrito de Bragança.

Trata-se de um homem de Macedo de Cavaleiros que veio há oito dias de férias, proveniente de Palma de Maiorca.
O indivíduo, de meia idade, veio de férias com a esposa e uma filha. Desenvolveu os sintomas nos primeiros dias da semana e alertou as autoridades de saúde.
Foi acompanhado ao hospital de Vila Real, onde foi tratado, encontrando-se já em casa a recuperar bem.
Os familiares receberam também tratamento profilático com Tamiflu.

 

Nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde, foram detectados 49 casos de infecção pelo vírus da Gripe A (H1N1).

Dos casos confirmados, 28 indivíduos são do sexo masculino e 21 do sexo feminino, com idades que variam entre o 1 e os 61 anos, com predominância da faixa etária entre os 11 e os 20 anos.

Portugal foi aliás o país da União Europeia onde se registaram mais casos nas últimas 24 horas, fazendo assim subir o número de pessoas infectadas com o vírus para 546.

 

 

publicado por Lacra às 11:57

O Partido Socialista (PS) apresentou no passado domingo o seu candidato à Câmara de Mogadouro. A lista é encabeçada por Fernando Meira, bancário reformado de 58 anos, que já passou pela liderança de algumas colectividades desportiva e culturais do concelho. Ao lado de Meira como candidato à Assembleia Municipal está Domingos Amaro, ex-director do Parque Natural do Douro Internacional e quadro superior da Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Norte. A candidata à Junta de Freguesia de Mogadouro, é Eulália Dias, enfermeira de profissão a prestar serviço no Centro de Saúde de Mogadouro.

Um dos objectivos do candidato socialista passa por atrair para o concelho de Mogadouro mais investimentos como forma de criar mais emprego para assim garantir a fixação dos jovens, numa região em que desertificação e o envelhecimento da população são preocupantes. A terceira idade terá igualmente um lugar de destaque do programa eleitoral do candidato socialista.
Os apoios as crianças e jovens carenciados são outras das promessas de Fernando Meira que já afirmou perante os seus apoiantes, que caso seja eleito como presidente do município de Mogadouro “metade do valor do vencimento que virá a auferir será depositado numa conta para assim ajudar jovens e crianças em mais necessidades”. Uma promessa eleitoral que desde logo arrancou aplausos aos presentes na Casa da Cultura de Mogadouro.
O candidato do PS sempre foi dizendo que o “poder” em Mogadouro já apresenta “desgaste “ estando na altura de mudar o rumo das coisas” já que temos uma equipa credível para fazer a mudança”, afiançou Meira.
Fernando Meira disse ainda que acha “estranho” que o PSD consiga formar uma equipa “quando há divisões internas no seio do partido e com pessoas que não se entendem”. 
“Na nossa equipa ninguém regateou lugares, somos um grupo unido ”, disse Meira.
A apresentação do candidato à Câmara de Mogadouro decorreu no âmbito do Fórum Novas Fronteiras, que foi conduzido por António Almeida Santos, presidente do PS. Na mesa de honra estiveram presentes os deputados Mota Andrade e Luís Vaz bem como José Penedos.

publicado por Lacra às 11:51

 Depois das eleições autárquicas, vão ser iniciados contactos para que a Volta a Portugal em bicicleta regresse ao Nordeste Transmontano. Foi há cerca de 10 anos que a Volta passou pela última vez em Bragança, mas, segundo Joaquim Gomes, director da corrida, no próximo ano pode dar-se o regresso dos ciclistas.

“A partir do próximo mês de Outubro iremos encetar contactos com as mais diversas câmaras que em mais de 80 anos de Volta a Portugal fizeram parte do historial da prova, nomeadamente no Nordeste Transmontano, como Bragança ou Mirandela”, revelou Joaquim Gomes, sublinhando que “é possível ter a Volta de regresso ao Nordeste transmontano no próximo ano”, até porque “seria importante levar a corrida para locais como Bragança ou Chaves”.

 

Ver mais aqui

 

Fonte: Brigantia

publicado por Lacra às 11:23

Luzia Martins tinha apenas 15 anos quando aprendeu a dar uso ao linho, à semelhança de muitas outras jovens de então que, desde cedo, eram introduzidas nessas lides. Foi ela quem ensinou Olga Mariz, quando esta tinha 20 anos. Ensinou-a a semear e a fazer todo o ciclo, até à tecelagem. Hoje em dia, na aldeia de Baçal, Olga será das únicas pessoas que possui em casa um verdadeiro museu vivo do ciclo do linho a que ainda dá uso nos tempos livres. A vontade de preservar uma tradição, que era tão forte no Nordeste Transmontano, levou Olga a recriar o ciclo do linho uma vez mais, mas desta vez com os habitantes e idosos daquela localidade. Ao longo de uma tarde, puxando da memória antigas canções, os participantes foram completando cada uma das fases do linho e lembrando os duros trabalhos de outrora. Começando pelo início, Luzia Martins acompanha-nos até à horta para mostrar a sementeira de linho e explicar quando é que a planta se encontra pronta a colher. Por norma, as sementeiras são feitas em Março ou Abril, porque se o tempo estiver muito chuvoso a planta cai e apodrece. “Este foi plantado há pouco tempo, mas como esteve sol cresceu bem”, apontou Olga Mariz. Quando começa a ficar pronto para a colheita, a planta ganha uma cor azulada comparada ao “azul do céu” que “quem vê as toalhas brancas nem sequer imagina”. Com as mãos envelhecidas mas ainda ágeis, Luzia vai arrancando pequenos molhos, “maçadeiros”, que são cruzados e colocados uns em cima dos outros. “Fica assim metade de um dia, nas hortas, em cima de mantas ou lonas. Depois à tarde tem de se esfregar e deixar cair aquela flor porque se o linho for ao rio com a flor, depois fica preto”, explicam. A fase seguinte consiste em apertar os molhos para levar ao rio. Primeiro levam-se apenas dois, para “tirar a prova”. “Levam-se apenas dois molhos. Colocam-se na água e deixam-se lá ficar. Ao fim de três dias tiramos um dos molhos e deixamos lá ficar o outro. Depois de seco ao sol, é maçado e se estiver bom, colocamos os outros durante três dias”. Mas como saber se o linho está ou não pronto? “Se tiver água a mais, quando for espadelado, cai todo ao chão e fica com pouco fio”, explicam os mais velhos. “As coisas não se podem fazer à toa”, vai dizendo Olga Mariz. “É que se o linho ficar tempo demais na água, ao ser maçado e espadelado cai ao chão e não dá rendimento”. Tirada a prova, os maços com a planta do linho são então colocados no rio porque, de outra maneira, “não se faz vida dele”. Já sabendo o número de dias que este deve estar na água, as mulheres vão depois recolher os molhos que são colocados em maços bem abertos de modo a permitir a entrada do sol. Quando está seco, segue para ser “maçado”, ou seja, literalmente batido em cima um seixo branco com uma moca de madeira. Normalmente, este era um trabalho que cabia aos homens e também tinha os seus truques: “costuma-se usar uma moca de madeira de sardão, que é mais rija”. Depois de “maçado”, é esfregado e depois espadelado. Daqui segue para um instrumento de madeira com dentes em ferro que se assemelham a uma escova, para ser assedado. É nesta fase que se separa o linho da estopa. “O que cai ao chão é estopa, o que fica no sedeiro é linho. A estopa é semelhante à lã”, aponta Olga Mariz. As mãos hábeis das antigas tecedeiras pegam então na roca e no fuso e começam a fiar. Depois de fiado é colocado num curioso instrumento a que se dá o nome de “sarilho” que transforma os maços de linho em meadas. Estas são depois colocadas a num lato com água a ferver a que se junta sabão em barra e cinza, “cinza de videira, de preferência”. “Se for a cinza de uma madeira qualquer o linho fica escuro e depois não há quem o consiga aclarar”, vão apontando os mais velhos. Segue-se então a “dobadoura” e a “urdidura”. Na dobadoura as meadas são transformadas em novelos. Depois, com o fio do linho já pronto, faz-se a urdidura da tela que consiste em colocar os fios paralelamente uns aos outros, de modo a formar uma teia. Nesta fase está então o linho pronto a ser tecido e a transformar-se nas mais variadas peças de roupa ou artesanato. “O linho, para mim, é mais caro que o ouro e é preciso gostar porque para chegar ao tear leva muitas voltas”, assume Olga Mariz. A opinião é partilhada por todos aqueles que, durante anos a fios, mantiveram a tradição e repetiram, ano após ano, os mesmos gestos. “Não é difícil, mas é das coisas que dá mais trabalho”, vão dizendo. “É que para chegar a estar tecido no tear leva muita volta”. No entanto, antigamente, estes eram trabalhos que faziam parte do dia-a-dia. Era do linho que se faziam os panos para a cozinha, as toalhas da mesa, os lençóis da cama, as colchas... “Até as combinações de mulher e as camisas dos homens eram feitas de linho. Da mesma forma que os casacos e as calças eram de pardo. Fazia no serão da noite”, recordou Luzia. Também à estopa era dado um fim: servia para fazer lençóis mais grossos ou mantas. Já as rendas de linho não eram assim tão usuais, segundo se lembra Luzia Martins. “O linho para chegar a renda tem de ser muito bom. Tem de ser muito fininho e bem fiado e, para isso, tem de ser muito bom, porque há linho bom e linho mau. Até pode ficar como seda, mas isso dá muito trabalho”. Lembranças de outros tempos que Olga Mariz quis avivar. Como noutros tempos, também no pátio de sua casa, rodou a cabaça com vinho e cantaram-se antigas “modas”. Mas a realidade é que já poucos serão os que, como Olga, ainda se dão ao trabalho de fazer todo o ciclo do linho e dar uso ao tear. Lamentando, Olga vai dizendo que até podia ensinar os mais novos, “mas dá muito trabalho e não há interesse”.
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