José Rodrigues, actual autarca de Vimioso, volta a recandidatar-se para um terceiro mandato pelo PSD. Depois de ter assumido que não voltaria a concorrer às autárquicas, José Rodrigues diz ter aceite o convite pela continuidade dos projectos já lançados e que quer ver concretizados já nos próximos quatro anos.

“Aceitei ser candidato a pedido das 12 juntas social-democratas, da comissão concelhia e da distrital e porque todas estas obras que estão a ser implementadas me levam a querer continuar”, assumiu.

Entre as obras que espera implementar, José Rodrigues destaca a criação das termas da Terronha, cujo processo está no término; a criação do Parque Ibérico Ambiental, que se encontra já adjudicado; e o desenvolvimento da zona industrial.

“São projectos que seguem a estratégia que temos para o concelho, que é a aposta no desenvolvimento económico”.

A fixação e atracção de pessoas para o concelho é outra das apostas da recandidatura de José Rodrigues, que, ainda no ano passado, decidiu duplicar o subsídio a atribuir a crianças nascidas no concelho, no valor de 1000 euros por cada bebé.

“Vamos continuar a apostar em tudo o que possa potenciar a economia e que possa ajudar a fixar aqui pessoas”, lançou.

A par com o cabeça de lista segue, em segundo lugar, Jorge Fidalgo, actual vice-presidente, e, em terceiro lugar, uma nova cara, António Torrão. À Assembleia Municipal, recandidata-se José Cerqueira. As listas às 14 juntas de freguesia também já estão definidas, sendo que há novas caras em Argozelo, (é Francisco Lopes que encabeça a candidatura), na Matela, Avelanoso e Pinelo.

Durante a apresentação da candidatura, na Praça do Município, Jorge Fidalgo lembrou ainda os projectos lançados pela autarquia e acusou o Governo de “impedir” o avanço de outros, como seja a construção da estrada entre Outeiro e Vimioso.

Lançando farpas à candidatura da oposição, lançada no dia anterior, no mesmo local, Jorge Fidalgo acusou o PS de apresentar um “candidato de recurso” e, apelando ao voto na “continuidade”, apontou ainda que, em quatro anos de vereação, “nunca votou contra nenhuma proposta do PSD, absteve-se sempre”.

O evento decorreu na Praça do Município, com mais de uma hora de atraso.

 Jorge Fernandes é o rosto da “mudança” que o PS quer para o concelho de Vimioso. O cabeça de lista foi apresentado no passado dia 1 de Agosto, a par com os outros elementos que integram a corrida às autárquicas. A aposta é numa lista constituída maioritariamente por jovens, naturais do concelho de Vimioso, na sua maioria independentes, como apontou o candidato.

“É uma candidatura que assenta numa componente jovem, quer à câmara quer à assembleia municipal ou às juntas, constituída por homens e mulheres, na sua maioria independentes, que decidiram abarcar este projecto”.

Para a câmara, em segundo lugar, o PS aposta no engenheiro Carlos Ataíde, natural de Argozelo; em terceiro lugar vai a professora Albertina Pires, e em quarto lugar António Padrão, natural de Santulhão. Caso o PS vença as eleições, será a primeira vez que a câmara de Vimioso terá um vice-presidente natural de Argozelo, como Jorge Fernandes fez questão de frisar:

“As pessoas de Argozelo têm a oportunidade de ter, pela primeira vez na história, um vice-presidente na câmara municipal, isso nunca aconteceu”.

Já à Assembleia Municipal, o PS aposta no actual director do Centro de Saúde local, Heleno Simões, sendo que, em terceiro lugar, vai também Levinda Penedos, esposa de José Penedos, presidente da Rede Eléctrica Nacional (REN).

Jorge Fernandes está apostado numa vitória na autarquia, na assembleia municipal e no “maior número possível” de juntas de freguesia, cujo processo está praticamente concluído.

“Não estamos aqui com o propósito de nos agarramos ao poder, mas sim de servir o concelho. A candidatura dos nossos opositores vai para um ciclo de doze anos, é para terminar e pouco mais terá a dar, ao contrário de nós, que estamos aqui para lutar e para nos afirmarmos como uma alternativa credível”, apontou.

Engenheiro agrícola de profissão, com 34 anos, Jorge Fernandes faz parte, há quatro anos, do executivo camarário como vereador da oposição. Diz conhecer bem os “cantos à casa” e os dossiers e, por isso, diz estar preparado para avançar com um projecto de “mudança”, até porque, segundo afirmou, esse é o sentimento de muitos vimiosenses.

“Temos andado pelas freguesias e sentimos a vontade de mudar. Há vontade de mudança por um conjunto de circunstâncias que têm acontecido ao longo destes anos. Tem-se praticado uma política que não aposta devidamente nos recursos locais”.

Caso seja eleito, o candidato comprometeu-se desde já a apostar em quatro áreas: desenvolvimento rural; fixação de jovens no concelho; promoção de políticas sociais e apoio à promoção e criação de emprego.

Jorge Fernandes deixou ainda a promessa de pagar a totalidade das quotas dos agricultores do concelho perante as entidades associativas, num valor que ascende aos 50 mil euros/ano.

“Com uma gestão racional de todos os serviços gráficos que a câmara tem executado em termos de boletins municipais e convites para festas e festinhas, conseguiremos poupar nos recursos da autarquia para ajudar todos aqueles que arduamente, sem fins de semanas e feriados mantêm vivas as nossas aldeias e vilas deste concelho”, afirmou.

A apresentação da candidatura contou com um atraso de hora e meia. Estava marcada para as 18h30, mas só começou eram já as 20h00. 

 A partir de hoje, este blog passa a ter um "irmão", vocacionado apenas para os eventos desportivos em Nordeste Desportivo. Aceitam-se críticas e sugestões para futuros trabalhos.

É já hoje, 3 de Agosto, que entra em funcionamento o Centro de Cooperação Policial Aduaneira de Quintanilha/Alcanices. A infra-estrutura fica localizada nas antigas instalações da guarda fiscal, junto à fronteira terrestre de Quintanilha, recuperadas através de uma parceria entre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e Governo Civil.

 O Centro Policial Aduaneiro vai integrar elementos das várias forças de segurança desde o SEF, GNR, PSP, Polícia Judiciária e Autoridades Aduaneiras, bem como as forças de segurança espanholas, nomeadamente a Guarda Civil, o Corpo Nacional de Polícia e as Alfândegas.

Na inauguração oficial do equipamento vai estar o ministro da Adminstração Interna, Rui Pereira, e o ministro do Interior de Espanha, Alfredo Rubalcalba.

O Centro de Quintanilha/Alcanices resulta de um acordo entre Portugal e Espanha de cooperação transfronteiriça em matéria Policial e Aduaneira. Depois da Cimeira Luso-Espanhola, realizada em Zamora em Janeiro deste ano, os dois Estados decidiram reforçar os laços no combate à criminalidade e criar mais um centro do género em território português. No país já existem outros equipamentos do mesmo género em Castro Marim/Ayamonte, Elvas/Caya, Vilar Formoso/Fuentes de Oñoro, e Valença/Tuy.

O Governo português acredita que a presença de cinco serviços e forças de segurança portugueses a par das três forças de segurança espanholas vão marcar um efectivo reforço em matéria de prevenção e de luta contra a criminalidade transnacional organizada.

Para além da permanência das forças de segurança no Centro de Cooperação Policial, está previsto o planeamento e execução de acções conjuntas terrestres, marítimas e áreas, bem como a recolha e troca de informação em matérias de criminalidade para efeitos de análise de risco respeitante a todas as formas de criminalidade transfronteiriça, manutenção da segurança, da ordem pública, e prevenção da criminalidade em geral.

Em Portugal, caberá ao SEF a coordenação dos trabalhos de adaptação e reestruturação dos Centros de Coordenação Policial e Aduaneira.