Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
04 de Junho de 2009

As reservas em algumas unidades de turismo rural do Distrito de Bragança dispararam em ano de crise, com perspectivas de este Verão ser o melhor dos últimos, de acordo com dados revelados esta quinta-feira. Arnaldo Cadavez abriu há 20 anos a primeira unidade desta área, tornando-se no percursor do turismo rural no Nordeste Transmontano. Começou por transformar um antigo moinho (Moinho do Caniço), próximo de Bragança, em alojamento, abriu mais tarde outra unidade do género a que junta ainda o parque de campismo do Cepo Verde, tudo em pleno Parque Natural de Montesinho. Segundo disse à Lusa, 80 por cento dos clientes do parque de campismo são turistas estrangeiros e nas restantes unidades é a classe média, média alta de Lisboa quem mais procura o descanso em plena natureza. No primeiro Verão depois de ter rebentado a crise, o empresário está optimista, garantindo que em uma das unidades estão este ano "com uma procura superior à dos últimos três anos". Procura não falta, garante este e outros agentes e operadores turísticos da região, que continuam a queixar-se da "falta de articulação, sobretudo institucional, para promover e explorar as potencialidades regionais". A análise foi feita num fórum, em Vinhais, sobre as temáticas relacionadas com o Parque Natural de Montesinho e a região do Douro, organizado pelos estudantes da licenciatura em Turismo da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). António Botelho, estudante de turismo e membro da organização, disse à Lusa que a ideia do fórum surgiu precisamente da necessidade, também constatada pelos estudantes, de um melhor aproveitamento dos recursos locais. "Não há iniciativa política, nem privada", considerou, adiantando que com o debate, que juntou diferentes agentes da área, pretendem "contribuir para alterar este estado das coisas". Arnaldo Cadavez reconhece que, "em termos quantitativos, houve uma mudança significativa", desde que abriu a primeira unidade há vinte anos. Somam-se agora dezenas por todo o Nordeste Transmontano. Lamenta, no entanto que tenham de "improvisar" para oferecer mais aos turistas. "Temos de improvisar pequenas coisas como fazer uns mini-guias edição had-hoc", brincou. O administrador-delegado para o Turismo Natureza da Direcção Regional de Turismo Porto/Norte, Carlos Ferreira, disse à Lusa que a nova estrutura do turismo tem como propósito ajudar "a organizar o sector". Carlos Ferreira está à frente da delegação do Turismo Natureza para a toda a região Norte, com sede em Bragança, e entende que, desde logo, "é necessário que as pessoas distingam que actividade turística cabe os privados e a promoção à entidade regional de turismo". Segundo disse, a nova entidade regional de turismo terá uma visão mais global articulada com autarquias e agentes locais. Mas desde avisa que o próprio sector terá também de "se organizar, constituindo-se em associações de turismo, hotelaria, etc, para se auto-regular e promover".

A versão mirandesa da maior epopeia portuguesa, "Os Lusíadas", de Luís Vaz de Camões, chega, este mês, às livrarias com apresentações públicas no Porto, Lisboa e Miranda do Douro, divulgou hoje o autor da tradução. Amadeu Ferreira levou cinco anos a traduzir os dez cantos e 1102 estrofes para a segunda língua oficial de Portugal. A tradução em mirandês d` Os Lusíadas será apresentada publicamente no dia 19, no Clube Literário do Porto, a 02 de Julho na Fundação Mário Soares, em Lisboa, e a 10 de Julho em Miranda do Douro, a cidade berço do mirandês.

O Centro Escolar de Vimioso foi inaugurado há cerca de ano e meio e não tem acessibilidades adequadas a cidadãos portadores de deficiência. Na escola, que foi premiada no ano passado com o prémio nacional “Escola Alerta” existe inclusive uma aluna com dificuldades motoras que continua a não poder aceder ao edifício contíguo ao Centro Escolar, a Escola EB 2/3. Segundo a autarquia local, aquando da realização do projecto estava previsto que fosse colocado um elevador no novo edifício. No entanto, dado que o novo Centro Escolar é contíguo à Escola EB2/3, a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN) sugeriu que o elevador fosse retirado do projecto do centro escolar e que fosse antes colocado no antigo edifício onde ficaria mais central em termos de acessibilidade. “Até hoje nada foi feito e a autarquia não tem o mínimo de responsabilidade nessa situação”, acusou Jorge Fidalgo, vice-presidente da câmara de Vimioso. Em declarações ao Mensageiro, o sub-director regional da DREN, Manuel Oliveira, garantiu que a questão da acessibilidade será imediatamente resolvida. “Ainda hoje, (dia 3 de Junho), serão dadas indicações no sentido de resolver a situação o mais rápido possível”, assumiu. Ainda assim, Jorge Fidalgo tem dúvidas e diz mesmo que “só vendo”. O problema já foi assinalado várias vezes e chegou mesmo a motivar o envio de um requerimento, por parte de dois deputados do PSD, ao Ministério da Educação. Na altura, a ministra respondeu que a situação seria resolvida até ao final de 2008, o que não veio a acontecer, por isso agora, “é ver para crer”. A questão foi novamente abordada pela autarquia de Vimioso durante a entrega dos prémios nacionais do concurso “Escola Alerta”, que visa alertar para os problemas de acessibilidade e direito à diferença. Este ano, o evento realizou-se em Vimioso dado que, no ano passado, o primeiro prémio, a nível nacional, do “Escola Alerta” foi entregue ao Agrupamento de Vimioso. Mais uma razão, no entender do vice-presidente, para que o problema da EB 2/3 seja resolvido quanto antes. É que à falta de acessibilidades, Jorge Fidalgo acrescenta ainda a degradação do edifício, com mais de 30 anos. “Pensei que o prémio do “Escola Alerta” iam ser as obras de requalificação na escola e a colocação do elevador, mas até hoje nada foi feito”, acusou. Os alunos passam de uma escola com todas as condições a nível de infra-estruturas e tecnologias, no primeiro ciclo, para a EB 2/3, mesmo ao lado, num edifício pré-fabricado. O estado de degradação levou mesmo a que, durante o Inverno, os alunos fizessem greve por falta de condições. Porém, no entender do responsável da DREN, a situação da EB 2/3 “não é tão calamitosa quanto isso”. Manuel Oliveira considera que há um certo “exagero” nas acusações da autarquia, compreensível pela necessidade de avançar com uma solução rapidamente. “Todos gostaríamos que a escola estivesse em melhores condições mas também não está no estado calamitoso anunciado”, considerou, assumindo que tudo fará para que no próximo ano lectivo o problema esteja resolvido. A câmara dispôs-se já a assinar o protocolo de transferência de competências na área da Educação para a autarquia, mas colocou uma condição: “o Ministério da Educação tem que garantir que faz obras de requalificação no edifício da EB 2/3 e no Pavilhão Gimnodesportivo”. Ainda na área das acessibilidades, Jorge Fidalgo frisou que a câmara chegou a construir uma rampa de acesso entre a EB 2/3 e o Pavilhão Gimnodesportivo para que a aluna com dificuldades de locomoção pudesse fazer o acesso entre os dois edifícios sem ter que ir pelo exterior. O Centro Escolar de Vimioso foi inaugurado há cerca de ano e meio. O edifício, completamente moderno, comunica com o antigo edifício onde funciona a EB 2/3. Custou cerca de 350 mil euros e já está dotado de todas as condições de segurança e conforto e de todos os equipamentos modernos, como os quadros interactivos. Em falta ficou apenas o elevador, prometido para a EB 2/3 que continua à espera de requalificação.

"Escola Alerta" para a inclusão

Centenas de crianças vindas de escolas de todo o país estiveram em Vimioso, no passado dia 3 de Junho, para a cerimónia de entrega de prémios da sexta edição do concurso “Escola Alerta”. No ano passado foi ao Agrupamento de Vimioso que coube o prémio nacional de um concurso que visa sensibilizar os mais novos para os problemas das acessibilidades e para a igualdade de oportunidades. Na edição deste ano, o Agrupamento de Vimioso e Argozelo ganhou o primeiro prémio distrital, mas o prémio nacional foi para a Escola Básica do 2º e 3º ciclo de Fânzeres, no Porto. Na entrega do troféu e do cheque de 1500 euros esteve Idália Moniz, secretária de Estado Adjunta e da Reabilitação. A responsável aproveitou para realçar a importância deste concurso que, na sua opinião, “tem despertado toda a comunidade educativa para a reflexão acerca da igualdade de oportunidades”. “Basta olhar para a forma como fomos encarando a diferença ao longo dos tempos. Estas crianças são agentes de uma mudança que tem de se concretizar e que será própria das suas gerações”. Em Portugal ainda são muitas e comuns as barreiras, não só arquitectónicas, que se colocam a pessoas com deficiências. Desde há seis anos que as escolas têm vindo a alertar para as inúmeras situações existentes nas escolas, nos bairros ou nas cidades. Nalguns casos, este tipo de trabalhos tem permitido colmatar alguns problemas ou minimizar outros, mas muito ainda está por fazer. Ainda assim, a responsável governamental considera que o envolvimento dos Governos Civis e a própria inclusão da iniciativa dentro da área da Reabilitação tem vindo a dar uma maior dinamização ao concurso “Escola Alerta”. A prová-lo Idália Moniz apresentou números. Na edição deste ano participaram mais de três mil crianças e 431 professores, um aumento de 40 por cento em relação ao ano anterior.


O Partido Socialista confirmou a recandidatura de Augusto Faustino à Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães.

A disponibilidade do empresário e líder da concelhia do PS já era conhecida e, sem surpresa, foi apresentado, no passado domingo, como o número um da lista rosa que vai tentar conquistar a Câmara ao PSD.

“Foi este o timing que escolhemos. Quisemos dar tempo para que aparecesse um candidato ganhador e pusesse o nosso concelho no mapa dos desenvolvidos.”

O candidato socialista está convencido que desta vez terá mais hipóteses de vencer.“As pessoas estão cansadas de sistematicamente estar este partido no poder. Tem de haver rotatividade nestas coisas. As pessoas estão cansadas.”

A confiança de Augusto Faustino aumenta quando pensa que o aparecimento da candidatura independente de Olímpia Candeias poderá dividir o PSD, habitual vencedor das eleições em Carrazeda.

“Sendo uma candidata que já foi vereadora com o PSD, obviamente vai buscar bastantes votos ao PSD e vai dividir bastante esse partido, o que é normal. Esteve tanto tempo no poder e não tem um líder natural. Não lhe fará mal passar pela oposição.”

Augusto Faustino ainda não revela quem o vai acompanhar na lista à Câmara.

Às Assembleias de Freguesia está tudo bem encaminhado, faltando apenas fechar listas em quatro freguesias.

 

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obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
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