Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
15 de Maio de 2009

O Museu Terras de Miranda, em Miranda do Douro, foi alvo de uma candidatura, no valor de 2,2 milhões de euros, que prevê a sua completa remodelação.

O projecto visa anexar e recuperar um edifício junto ao Museu, na sua parte traseira, abrir novos espaços, criar dois pisos e um espaço exposição temporário e um outro de exposições permanentes.

Actualmente, o Museu Terras de Miranda carece de condições de segurança e de acessibilidade a cidadãos portadores de deficiência. As obras são já clamadas há vários anos mas só agora é que o Ministério da Cultura decidiu avançar com a candidatura. O projecto prevê uma completa reorganização do espaço e a criação de três núcleos no espaço de exposições permanente: um vocacionado para a história e evolução do território mirandês com destaque para a língua, outro vocacionado para os trabalhos da terra e o ciclo agrícola tradicional, um terceiro vocacionado para o espaço domestico e um ultimo para as festas e rituais.

A candidatura aos fundos comunitários europeus carece ainda de uma resposta positiva mas, caso seja aprovada, as obras poderão iniciar-se no próximo ano.

A apresentação do projecto foi feita na presença da secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos, que considerou que o número de visitantes, 18 mil por ano, é mais uma razão para qualificar e valorizar aquele espaço.

“O museu tem um número de visitantes superior a alguns espaços de índole nacional, funciona como pólo catalisador de um conjunto de eventos que acontecem no concelho e é por essas razões que devemos qualificar e valorizar todo o espaço”, considerou.

A secretária de Estado da Cultura aproveitou ainda a visita para se deslocar à Sé de Miranda do Douro, um monumento que carece também de uma intervenção urgente. No entanto, ainda não será para já que a Sé Catedral poderá entrar em obras.

“Os técnicos informaram que há necessidade, sobretudo ao nível da cobertura, mas teremos que estudar qual a melhor forma de intervir”.

Pouco satisfeito ficou o autarca de Miranda do Douro, Manuel Rodrigo, que pediu “respostas concretas”.

“Só fico satisfeito quando as obras estiverem a ser realizadas. Há vontade do Ministério mas não houve respostas concretas. Manifestou-se empenho mas mesmo o projecto apresentado está dependente da aprovação da candidatura”, considerou, desejando que tanto as obras do Museu como as da Sé Catedral sejam executadas “o mais depressa possível”.


 


 

O Ministério da Cultura lançou uma rota dedicada ao património de fronteira que visa potenciar o mercado do turismo cultural, criar um conjunto de actividades económicas, postos de trabalho e investimento na região, aliada à conservação e preservação do património.

O projecto engloba ainda os monumentos de Espanha dado que se tratou de uma candidatura transfronteiriça no valor de um milhão de euros. Do lado português estão englobados 10 monumentos, de Bragança a Freixo de Espada à Cinta. Alguns deles já foram intervencionados, como foi o caso da Domus Municipalis, onde a secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos, esteve a apresentar a rota e a “inaugurar” as obras de intervenção, concluídas há mais de um ano.

Alguns dos monumentos já estão a ser intervencionados, como o Castelo de Algoso, outros, como a Sé de Miranda do Douro, aguardam que as candidaturas sejam aprovadas.

Para além da recuperação física dos monumentos, o projecto da Rota inclui ainda a divulgação do património, em articulação com várias entidades, através de brochuras, em português e noutras línguas, explicando o que são os monumentos e a sua história.

No entender de Paula Fernandes dos Santos, não é este investimento que vai “resolver tudo”, no entanto, “a rota vai potenciar mais actividades e criação de postos de trabalho”. A exemplo disso a responsável apontou o número de visitantes do Castelo de Bragança – 45 mil por ano, que, a partir de agora, têm mais razões para aumentar a permanência no território pois têm uma rota para visitar.

Para já foram editadas brochuras sobre a Domus Municipalis, intervencionada através de uma parceria entre o Ministério da Cultura e o mecenas Caja Duero, o Castelo de Penas Róias, a catedral de Miranda do Douro, o Castelo de Mogadouro, e o Castelo Melhor, em Vila Nova de Foz Côa. A rota contempla ainda o castelo de Ansiães, o mosteiro de Castro de Avelãs, o castelo de Algoso e a igreja Matriz de Freixo de Espada à Cinta.

 

Igreja de Santo Cristo de Outeiro aguarda intervenção


 

A autarquia de Bragança quer que o Ministério da Cultura “não vire as costas” à Igreja de Santo Cristo de Outeiro, monumento nacional do século XVII. À margem da visita da secretária de Estado da Cultura à região, o vice-presidente do município, Rui Caseiro, reclamou a intervenção urgente naquele monumento, uma reivindicação já feita até por escrito.

Segundo o vice-presidente, a Igreja de Santo Cristo necessita de uma intervenção urgente na ala da fachada norte e na porta da fachada principal que rondará os 120 mil euros. A câmara já mostrou disponibilidade até para estabelecer uma parceria com o Ministério para comparticipar as obras.

A Igreja de Santo Cristo de Outeiro foi considerada monumento nacional em 1927.


Os agricultores das zonas de montanha vão ser apoiados, até 2015, com uma ajuda anual de 250 euros por hectare, até a um máximo de dez mil euros. A medida foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da visita à unidade de produção de cogumelos de Benlhevai, em Vila Flor.

Estas ajudas podem vir a beneficiar um universo de mais de 100 mil agricultores e destinam-se também aos agricultores que já recebiam do Regime de Pagamento Único (RPU) mas que, por estarem em zonas de montanha, tinham uma produção mais baixa, recebendo, por isso, menos.

Desta forma, o ministro pretende “chegar aos agricultores com menos produtividade, que estão no interior do país e nas zonas de montanha”.

Jaime Silva referiu ainda que a região Norte representa 20 por cento das candidaturas, sendo ainda a região com mais jovens agricultores a candidatarem-se a medidas de apoio, 54 por cento no total do país.

A medida foi anunciada pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, à margem da assinatura de contratos de investimento com a empresa Sousacamp, sedeada em Benlhevai, Vila Flor.


 

“Sousacamp” apoiada em mais de 27,5 milhões de euros

A presidir à assinatura dos contratos esteve também o primeiro-ministro José Sócrates que quis assim “valorizar o espírito empreendedor de quem não desiste e aceita correr riscos”.

Os dois contratos assinados com a empresa representam mais de 27,5 milhões de euros de investimento e vão permitir a criação de mais de 165 postos de trabalho. A empresa vai assim aumentar de seis para 28 o número de túneis de produção de substrato, suficiente para as unidades de cultivo de cogumelos de Vila Flor, de Vila Real e de Paredes.

Outro contrato assinado vai permitir, na unidade de Paredes, a duplicação da produção de cogumelos para as 3380 toneladas, das quais 11 por cento se destinam a exportação.

Contrariando a crise, a empresa apresentou ainda uma candidatura a fundos comunitários para avançar com um projecto de investigação em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e prevê ainda avançar com investimentos em Espanha e na Holanda.

No entender do primeiro-ministro, a iniciativa empresarial da Sousacamp é “um exemplo para o país”, sobretudo tendo em conta que “no interior é tudo mais difícil”. Também por isso, José Sócrates considerou ser da “máxima justiça” que se avance com a construção da auto-estrada transmontana, do IC5 e do IP2.

“É o maior investimento público das últimas décadas mas significa que o Governo aposta e confia em Trás-os-Montes e quer dar aos transmontanos melhores condições de vida e melhores condições para as empresas”, apontou.

 

PCP acusa empresa de violar direitos dos trabalhadores

O PCP acusou o primeiro-ministro de visitar uma empresa que “prima por não cumprir os mais elementares direitos laborais”. Em comunicado à imprensa, os comunistas acusam a Sousacamp de pressionar os trabalhadores a trabalhar mais horas do que o previsto e de ter alguns deles a viver em contentores, dentro da própria empresa, em “condições precárias e inaceitáveis”.

Os comunistas acusam ainda a empresa de estar a lançar para a atmosfera, há vários anos, cheiros nauseabundos que podem colocar em risco a saúde pública.

últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
Carissimos,Eu não sei quem inseriu o comentário em...
todos os comentários estão disponíveis e vísiveis.
Como faço para ler os outros comentários ? Ou esse...
deixo aqui o meu comentário; por acaso pude apreci...
subscrever feeds
pesquisar neste blog
 
Maio 2009
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
19
blogs SAPO