Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
27 de Abril de 2009

O dia 25 de Abril, dia em que se comemoraram os 35 anos da democracia em Portugal, foi assinalado em Bragança com a realização de uma assembleia municipal comemorativa que ficou marcada pelo discurso do autarca Jorge Nunes contra o acentuar das desigualdades entre interior e litoral.

O autarca considera que é necessário romper com o actual modelo político e exigiu que seja atribuído ao interior o estatuto jurídico de interioridade, à semelhança das regiões autónoma das dos Açores e Madeira.

“É necessário dar voz ao Interior e fazer mudanças no sistema político, abrangendo a representação na Assembleia da República e a criação de regiões administrativas”, afirmou Jorge Nunes.

No entender do autarca, “o actual modelo de representação parlamentar não favorece a estruturação de parlamento próprio no plano regional” porque a escolha dos deputados é feita pela intervenção dos partidos o que “facilita a acomodação destes aos interesses políticos de uma visão centralista, esquecendo os interesses das regiões que os elegem”.

“Alguns deputados deixam de estar ao serviço da comunidade que os elegeu para serem deputados mais preocupados com a garantia de simpatia da direcção partidária”, acusou.

A criação de regiões administrativas, a estruturação de uma rede interior de cidades fronteiriças de média dimensão, a adopção de medidas fiscais eficazes e capazes de inverter o ciclo de despovoamento e de depressão socioeconómica, foram outras das medidas exigidas.


Rui Vaz, actual presidente do Núcleo Empresarial de Bragança (Nerba), vai avançar como candidato à autarquia de Macedo de Cavaleiros pelo PS. O anúncio foi feito formalmente no dia 25 de Abril, data em que o PS, por tradição, assinala o dia da Liberdade com um jantar de militantes.

Envolvido na política concelhia desde os 19 anos, Rui Vaz acredita que é possível que o PS retome o poder em Macedo de Cavaleiros embora o PSD avance para as autárquicas em coligação com o CDS/PP.

“Estamos convictos que, apesar da coligação e apesar do CDS em Macedo ser uma força que tem alguma expressão, estamos em condições de poder ganhar a câmara. Também há sete anos atrás nunca ninguém pensaria que perderíamos a câmara”, apontou o candidato.

A convicção da vitória vem-lhe também do “descontentamento” que diz existir em Macedo de Cavaleiros para com o actual executivo, que acusou de laxismo e apatia. Exemplo disso, no seu entender, foi o “abandono” a que diz ter sido votada a zona industrial.

“Ao nível do desenvolvimento económico, lançamos uma zona industrial, estrategicamente colocada, que teria de hoje, passados oito anos, ser, obrigatoriamente, motor de desenvolvimento e não o é. De 67 empresas que tiveram terrenos atribuídos na zona industrial, hoje apenas funcionam 18. Isto demonstra a apatia a que este executivo camarário votou a componente económica do concelho de Macedo”, apontou Rui Vaz.

Candidato pela primeira vez à câmara, Rui Vaz desde sempre se envolveu na vida cívica e politica do concelho, participando em várias instituiçoes, algumas das quais ajudou até a fundar. Apelidando-se a si próprio como uma pessoa crítica, Rui Vaz considera que agora é chegado o momento de “mostrar aquilo que vale”.

“Fui crítico e sinto que fui um crítico construtivo. Agora é chegada a hora de quem tanto falou mostrar aquilo que vale”, afirmou.

O jantar de apresentação da candidatura de Rui Vaz foi também o momento escolhido pelo PS para homenagear alguns militantes e para celebrar os 35 anos da democracia. Presente esteve o líder da distrital rosa, Mota Andrade, que aproveitou para apelar ao voto nas eleições europeias, marcadas para 7 de Junho.

Sobre a candidatura de Rui Vaz, Mota Andrade expressou também o seu apoio dizendo que “Rui Vaz é o exemplo do homem que teve sucesso profissional e que vai ter sucesso político porque Macedo precisa de um homem como Rui Vaz”.


 “Oportunismo político” – é desta forma que a concelhia política do PSD de Carrazeda de Ansiães reage à candidatura de Olímpia Candeias como independente. Num comunicado à imprensa, os sociais-democratas acusam a candidata de se ter servido do PSD e das suas regras para agora se apresentar às autárquicas.

Na apresentação oficial da sua candidatura, Olímpia Candeias afirmou estar “magoada” com o PSD, partido no qual é filiada e pelo qual desempenhou funções de deputada na Assembleia da República, durante oito meses, em substituição de Duarte Lima. Segundo a candidata, o seu nome havia sido aprovado pela distrital do PSD para encabeçar a lista às autárquicas, no entanto, a nível local terá sido “escolhido” outro nome, facto que levou Olímpia Candeias a avançar como independente.

O PSD diz, no entanto, que a candidata foi derrotada em eleições internas livres e democráticas para a escolha do candidato do PSD a presidente da câmara e que não terá aceite a decisão resolvendo avançar de forma independente e “contra o seu próprio partido”.

Olímpia Candeias foi vereador da autarquia de Carrazeda de Ansiães durante dois mandatos, eleita pelas listas do PSD. No entanto, só em 2008 é que se filiaria no partido, tendo apresentado a sua adesão publicamente durante um evento que contou com a presença do então líder Luís Filipe Meneses.

O PSD de Carrazeda de Ansiães considera que o percurso politico da candidata mostra que esta se move “por interesses e ambições pessoais que em nada servem os interesses dos carrazedenses”.

 

Carrazeda pode apresentar sete candidatos

É um dos concelhos com menos população do distrito de Bragança, com apenas sete mil habitantes, mas, este ano, tudo indica que aqui se venham a apresentar sete candidatos às eleições autárquicas, um facto inédito que tem provocado aos partidos algumas dificuldades na formação de listas a todas as juntas de freguesia.

Como independentes avançam Olímpia Candeias e, provavelmente, António Augusto, também membro do PSD e actual vereador do executivo. Já o PSD irá apresentar José Luís Correia, actual presidente da Junta de Freguesia de Vilarinho da Castanheira, e o PS apresentará Augusto Faustino, actual vereador da autarquia.

O CDS, a CDU e o BE, segundo a Rádio Ansiães, devem também anunciar candidatos em breve. 

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