Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
03 de Abril de 2009

 

O PS é o único partido, até ao momento, apresenta como candidatas às autárquicas duas mulheres. Em Alfândega da Fé é novamente candidata a actual director da Sub-Região de Saúde, Berta Nunes. Médica de profissão, com várias obras publicadas, Berta Nunes é o que se pode considerar uma mulher polémica, sobretudo pela frontalidade com que assume determinadas posições polémicas.

Nomeada para o cargo de directora da Sub-Região de Saúde de Bragança há quatro anos atrás, a médica tem marcado a agenda noticiosa com as suas posições acerca das politicas governamentais para a saúde, que nem sempre apoia embora seja do partido.

Ainda assim, convém referir que Berta Nunes foi já acusada pelo Sindicato dos Enfermeiros de se aproveitar do poder do cargo para exercer pressões politicas. O PCP chegou mesmo a pedir a sua demissão por considerar que a candidata pode vir a aproveitar a sua posição de directora da Sub-Região de Saúde para fins políticos.

O PS propõe como ainda como candidata à câmara de Mirandela a socialista Júlia Rodrigues. Se ganhar, a actual presidente da concelhia rosa de Mirandela, será a primeira mulher autarca daquele município. Há quatro anos atrás, Júlia Rodrigues foi nomeada para directora-adjunta da Direcção Regional de Agricultura do Norte, sedeada na cidade mirandelense. No entanto, aquando da saída de Carlos Guerra da direcção, Júlia Rodrigues resolveu também demitir-se por considerar que aquele organismo ia estar mais representado no litoral Norte do que na região transmontana.

Conhecida também pela sua frontalidade, Júlia Rodrigues tem vindo a assumir posições polémicas, nomeadamente contra a perda de serviços no concelho pelo qual é candidata e contra a actual administração do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano, sedeado em Bragança.

A apresentação da sua candidatura contou com o apoio do candidato independente por Bragança – Guedes de Aldeia e com o apoio do autarca socialista de Torre de Moncorvo – Aires Ferreira. Notada foi a ausência do presidente da distrital rosa, Mota Andrade, actual deputado do distrito na Assembleia da República.


Trás-os-Montes é a região do país que mais crescimento registou no número de famílias de acolhimento de idosos. Entre 2002 e 2007, Bragança passou de duas para 48. Em Vila Real 280 vivem neste regime. 

Há poucos meses que Joaquim Pires, de 83 anos, deixou a sua casa sem condições de habitabilidade na aldeia de Alfaião, a escassos quilómetros de Bragança, para ir viver com Elisabete Salvador, na cidade de Bragança, a sua família de acolhimento. O idoso, que sofre de patologias crónicas, não esconde a satisfação por viver agora num local confortável, com aquecimento e refeições à hora. \"Não podia arranjar melhor\", confidencia. O filho não podia cuidar dele em casa, pois não dispõe sequer de sanitários. As agruras do rigoroso Inverno transmontano foram este ano mais amenas. 

Agora compartilha a família e os dias com outro Joaquim, também Pires, 80 anos, natural de Paradela (Miranda do Douro). Além dos nomes repartem as mesmas rotinas em casa de gente que não conheciam, mas que cuidam deles e fazem as vezes da família que não têm ou que deles não pode tratar. 

A televisão é a principal distracção dos dois idosos. Cuidar deles é o emprego de Elisabete Salvador, 32 anos, licenciada em Português-Francês. 

A jovem só foge na idade ao padrão dos responsáveis pelas famílias de acolhimento do concelho. O perfil revela que são todas mulheres, a idade média é de 43,9 anos, e viviam situações de desemprego. Não está arrependida desta opção, apesar de ter mais habilitações académicas que a grande maioria, revelou um estudo realizado por Manuela Veloso, assistente social, no âmbito de uma tese de mestrado em Geriatria e Gerontologia na Universidade de Aveiro.

Elisabete Salvador considerou a hipótese de cuidar de idosos uma forma de criar o próprio emprego. Desde 2004 que se dedica à tarefa. Não foi fácil a adaptação a pessoas entranhas. \"Há necessidade de habituação de ambas as partes\", confessa, mas reconhece que o grupo acaba por se tornar uma família. 

O estudo de Manuela Veloso concluiu que o acolhimento familiar no concelho tem um impacto positivo, manifestando-se uma alternativa à institucionalização, pois prestam um serviço mais personalizado e de maior proximidade com o idoso, criando laços de maior afectividade. Glória Lopes in JN, 2009-03-30

últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
Carissimos,Eu não sei quem inseriu o comentário em...
todos os comentários estão disponíveis e vísiveis.
Como faço para ler os outros comentários ? Ou esse...
deixo aqui o meu comentário; por acaso pude apreci...
subscrever feeds
pesquisar neste blog
 
Abril 2009
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
13
26
blogs SAPO