A transformação do aeródromo de Bragança em aeroporto regional terá que ser justificada em termos de necessidade e de procura. A afirmação partiu do secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Paulo Campos, aquando da visita ao distrito, na passada sexta-feira.
Confrontado com a “pressão” que tem sido exercida no Norte do país para uma gestão autónoma do aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, causa que contou com o apoio do município brigantino, Paulo Campos limitou-se a dizer que o Governo tem apoiado todo o desenvolvimento feito no aeródromo de Bragança e que este tem “uma função a cumprir” dentro do sistema aeroportuário nacional.
O projecto de viabilidade para a transformação do aeródromo num aeroporto regional até já foi aprovado, faltando apenas aprovar o projecto de execução, que prevê o alargamento da pista. Foi também tendo em conta a possibilidade da passagem do aeródromo a aeroporto que o edil brigantino, Jorge Nunes, frisou, junto do secretário de Estado, a necessidade de garantir que, num futuro próximo, a estrada entre Bragança e Rio de Onor possa ter perfil de via rápida.
No entanto, Paulo Campos considera que os tempos são de rigor orçamental e que “não vale a pena” fazer a alteração para Aeroporto Regional se não existirem condições nem procura que justifiquem o investimento.
“Hoje temos de fazer uma gestão rigorosa dos dinheiros públicos e não vale a pena estar à procura de chamar ao aeródromo o que quer que seja se, de base, não temos condições nem procura”, apontou.
Ainda assim, o responsável governamental garantiu que caso se verifique que existem condições e procura, serão feitos os investimentos necessários que permitam acompanhar o desenvolvimento da região.