Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
17 de Fevereiro de 2009

Perto de sete mil pessoas e cerca de 100 empresas vão ter trabalho nos próximos quatro anos na construção da barragem do Baixo Sabor, apontada hoje pelo Governo como a "mãe de todas as barragens" e um exemplo de combate à crise.

O primeiro-ministro, José Sócrates, visitou hoje as obras em curso no rio Sabor, no concelho de Torre de Moncorvo, para mostrar a importância de um dos maiores empreendimentos hidroeléctricos em construção no país.

"A mãe do novo programa de barragens" foi como o ministro da Economia, Manuel Pinho, se referiu ao empreendimento, que custará 450 milhões de euros devendo estar concluído em 2013.

Criação de emprego, energias mais barata e protecção do ambiente são as potencialidades apontadas pelo ministro a esta barragem.

Os trabalhos começaram em Junho e empregam actualmente 310 pessoas de 42 empresas, prevendo-se que no pico da obra o número de postos de trabalho ascenda a quase sete mil, 1700 directos e cinco mil indirectos, envolvendo perto de cem empresas.

"É com estes investimentos que se combate a crise, com oportunidade de emprego e de actividade para as empresas, não só para as grandes, mas também para as pequenas e médias", realçou o primeiro Ministro.

A barragem, que está a ser construída "contra ventos e marés", como referiu José Sócrates, que na qualidade de Ministro do Ambiente mandou suspender o processo para proceder à reavaliação dos estudos.

A contestação dos ambientalistas chegou à União Europeia e mesmo depois de arquivadas todas as queixas em Bruxelas, a Plataforma Sabor Livre fez parar as obras no início do ano com um providência cautelar que acabou por ser anulada.

Uma "prova de determinação perante obstáculos e equívocos" foi como o presidente da EDP, António Mexia, se referiu a esta barragem, depois de mais de uma década de conflito com os ambientalistas.

António Mexia contra-argumenta com o que considera o equilíbrio que esta obra representa entre economia e ambiente.

A nova albufeira produzirá energia capaz de abastecer 300 mil pessoas por ano, o dobro da população do Distrito de Bragança, aumentará em 20 por cento a capacidade de armazenamento do país e duplicará as reservas de água do Douro.

É, segundo o presidente da EDP, a barragem com um dos maiores planos de investimento para minimização de impactes ambientais, ou seja 60 milhões de contos de investimento na componente ambiental e o compromisso da EDP nesta matéria por 65 anos.

O presidente da Associação de Municípios do Baixo Sabor e anfitrião de Torre de Moncorvo, o autarca socialista Aires Ferreira, frisou não haver "memória de um tão grande investimento no Distrito de Bragança, referindo-se, para além desta barragem às novas estradas como a autoestrada Transmontana, o IP2 eo IC5.

O autarca espera reencontrar José Sócrates, na qualidade de primeiro Ministro, nestas terras por altura da inauguração da barragem, em 2013.

 

 

Fonte: Lusa

 


Vila Real, Bragança e Viseu são os distritos onde o acesso aos centros de saúde é mais difícil. Do lado oposto, com relativa facilidade de acesso, estão os distritos de Faro, Coimbra e Castelo Branco, concluem os autores do “Estudo do Acesso aos Cuidados de Saúde Primários do SNS”, feito pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e baseado num inquérito de satisfação a utentes de 101 centros de saúde, quase um terço do total. Os resultados foram divulgados hoje. 

 

Fonte: Público


O primeiro-ministro, José Sócrates, vai estar hoje em Torre de Moncorvo para visitar as obras da barragem do Baixo Sabor. Recorde-se que as obras estiveram paradas alguns meses devido a uma providência cautelar da Plataforma Sabor Livre, mas o Tribunal acabaria por recusar a mesma.

 

Construção da barragem está a provocar especulação imobiliária 

 

O início da construção da barragem do Baixo Sabor, em Torre de Moncorvo, e as centenas de trabalhadores que são esperados, até à conclusão dos trabalhos, está a levar à especulação de preços no sector imobiliário. 

A construção da barragem do Baixo Sabor está a cargo da empresa Bento Pedroso que, numa primeira fase, poderá ter até 300 trabalhadores no concelho sendo que, até 2011, o número pode aumentar para os mil. Enquanto que os trabalhadores operários ficarão instalados em estaleiros junto à aldeia da Póvoa, os técnicos e administradores terão de procurar casa no concelho de Torre de Moncorvo ou noutros mais próximos, como Vila Nova de Foz Côa ou Vila Flor. Actualmente, no concelho de Moncorvo, os proprietários com casas para arrendar estão a pedir, segundo informações do autarca, valores entre os 600 e 1300 euros, valores idênticos aos que são pedidos em grandes cidades, como o Porto ou Lisboa. 

Há já pessoas a procurar arrendar casas em localidades próximas e, segundo contou, o próprio director técnico da obra está a ponderar ir viver para um concelho vizinho. 

 

Empresa ocupa antigo bairro mineiro do Carvalhal

 

Para “travar” esta situação e as possíveis perdas que a mesma está a acarretar para o concelho moncorvense, com as pessoas a procurar residência e a fazer vida em localidades vizinhas, a Sociedade de Gestão Hoteleira do Douro Superior, da qual a autarquia de Moncorvo faz parte, fez um negócio com a firma Bento Pedroso na qual esta recupera 26 antigas casas do Bairro Mineiro do Carvalhal que depois poderá ocupar até à conclusão dos trabalhos. As casas são propriedade a Sociedade de Gestão Hoteleira do Douro Superior e nunca foram utilizadas. Foram construídas de raiz no final dos anos 80 e nunca foram ocupadas, estando praticamente abandonadas. As casas foram adquiridas pela Sociedade de Gestão Hoteleira do Douro Superior, da qual fazem parte mais seis privados, correspondendo à autarquia 20 por cento, numa escritura formalizada no ano passado. Com este acordo, a Bento Pedroso recupera as casas e no final dos trabalhos de construção da barragem do Baixo Sabor volta a entregá-las à Sociedade de Gestão Hoteleira do Douro Superior. O valor de negócio é de 400 mil euros mas permitirá que os trabalhadores que ali fiquem alojados não tenham a obrigação de pagar qualquer renda.

 

publicado por Lacra às 09:57
últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
me llamo fedra soy de santa fe argentina tengo 9 ...
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