De portas abertas, mas sem professores. Foi o cenário vivido nas escolas dos distritos de Vila Real e de Bragança, no passado dia 19 de Janeiro. A média de professores em greve contra avaliação de desempenho superou os 95 por cento em Vila Real e atingiu os 85 por cento no distrito de Bragança. Tanto em Vila Real como em Bragança houve alguns estabelecimentos de ensino que registaram uma adesão de cem por cento, como foi o caso das duas escolas secundárias de Chaves e da escola de Carrazeda de Ansiães, segundo dados dos sindicalistas de ambos os distritos.
Nas 21 escolas do distrito de Bragança, todas registaram uma adesão entre os 80 e os cem por cento, com excepção de Freixo de Espada à Cinta (34 por cento) e de Sendim (65 por cento). Ainda assim, houve casos em que a paralisação só não foi de cem por cento devido à apresentação ao serviço dos presidentes dos conselhos executivos ou dos educadores de infância.
Alice Suzano, representante da Plataforma Sindical que une os sindicatos do distrito de Bragança, considera que esta adesão à greve é “inédita”, sobretudo num distrito como o de Bragança, considerado dos mais “reaccionários do país”.
Com os professores descontentes e o clima tenso, os encarregados de educação começam a mostrar sinais de ansiedade face ao impasse vivido. Entre manifestações, greves, paralisações devido à queda de neve, só neste ano lectivo os alunos já perderam, pelo menos, cinco dias de aulas.
Fonte: Mensageiro