A oito quilómetros de Freixo de Espada à Cinta, num enclave rochoso do Douro Internacional, está a nascer um complexo turístico, “Aldea Duero”, que tem, actualmente, capacidade para alojar 140 pessoas, ou seja, 50 por cento da capacidade total prevista. O empreendimento já está praticamente concluído e foi apresentado, antes da época natalícia, a uma série de operadores turísticos de Portugal e Espanha. Antes disso, o complexo turístico já havia sido apresentado em feiras de turismo, em Espanha, dado que este é um projecto que junta investidores portugueses e espanhóis, entre os quais a Junta de Castela e Leão.
A “Aldea Duero” resultou da adaptação do antigo bairro da Iberdrola, o bairro onde viviam os trabalhadores da barragem de Saucelhe, construído nos anos 50. Esta reabilitação representou um investimento de cerca de 8,5 milhões de euros.
No local existem dois tipos de alojamento possíveis: moradias ou quartos na hospedaria. Há ainda um restaurante, com capacidade para 200 pessoas, piscina e outros equipamentos destinados aos visitantes.
Para além disso, segundo Carlos Panta, director-geral do empreendimento, estão a ser desenvolvidas rotas e circuitos complementares que permitam a mobilidade e o conhecimento de toda aquela região transfronteiriça. Já foram promovidos “pacotes” com os municípios de Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz Côa. Com Mogadouro, por exemplo, foi delineada uma série de rotas para os amantes do todo-o-terreno, lançado em Espanha e recebido com “muito sucesso”.
O mesmo tem sido feito também com Freixo de Espada à Cinta, nomeadamente através das viagens de barco entre Congida - La Barca e com a dinamização dos percursos pedestres na calçada de Alpajares, a visita à gravura rupestre de Mazouco, o “cavalo de Mazouco”, e outros circuitos na natureza.
Carlos Panta referiu ainda que a “Aldea Duero” foi já apresentada a operadores turísticos da área da ornitologia, uma vez que o empreendimento se situa numa zona do Parque Natural do Douro Internacional conhecida, entre outras coisas, pela nidificação da cegonha negra e pela possibilidade de observação de aves como o Abutre do Egipto, a Águia-real, a Águia de Bonneli, ou o Grifo
“Apresentamos o empreendimento a operadores dedicados à ornitologia, nomeadamente da Inglaterra, Escócia, Holanda e Suiça e eles alucinaram”, referiu.
Este empreendimento vai permitir dinamizar o turismo na região fronteiriça do Douro e, ao mesmo tempo, vem colmatar algumas falhas ao nível da capacidade de alojamento.
O seguinte passo dos investidores passa agora pela divulgação do mesmo, conforme referiu o director-geral: “agora é necessário dar a conhecer as potencialidades do alojamento que já existe a par de todo o potencial turístico e cultural que a região tem”.