Adriano Moreira apresentou em Bragança o seu novo livro – “A Espuma do Tempo – Memórias do Tempo de Véspera”.
Descendente de transmontanos, cedo migrou para Sintra, onde ainda hoje vive. Ainda assim, diz o professor que ninguém escolhe o país onde nasce, “decidir ficar é um acto de amor”.
Com 86 anos, Adriano Moreira foi o único ministro de Salazar que fez uma transição tranquila para a democracia. Foi presidente do CDS, deputado e vice-presidente da Assembleia da República. No plano académico nunca deixou de exercer a tutela científica no "seu" Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP).
O livro começa com uma carta, que data de Abril de 1974. Desde então passariam anos até que Adriano Moreira voltasse a escrever. “A carta era uma mensagem para os meus filhos e foi com esta decisão íntima que resolvi continuá-la”.
“Ou sim ou não. Cada um é único. Tem aquele encontro com o descontentamento que se arrepende e repete. Porque nada serve. Nem coisas, nem plantas, nem bichos, nem homens. É tudo para substituir. Fica o momento breve da tentativa. Uma só oportunidade. Que não se repete. Fugaz. Improvável. Mas sem renúncia.”
Índice do livro
I – Uma Simples Carta (Abril de 1974)
II – A Vida Habitual
III – O Toque dos Clarins
IV – Entre o Tempo Ganho e o Tempo Perdido
V – O Tempo Íntimo
VI – O Dobrar dos Sinos