Hoje Bragança comemora o Dia Nacional dos Castelos, embora oficialmente o dia seja assinalado apenas a 7 de Outubro. O dia ficará marcado pela assinatura de um protocolo, na Domus Municipalis, com autarcas das freguesias em cuja área se localizam castelos, visando a criação de uma rota dos castelos do Nordeste Transmontano.
O Castelo de Bragança, incontornável legado da 1ª Dinastia, constitui um ícone medieval no imaginário das pessoas sendo uma referência geográfica e cultural e uma permanente lição de História, individual e nacional.
Símbolo da defesa e força, situado em local estratégico, constituiu um baluarte indispensável à defesa do território nacional.
No século XVIII reconheceu-se a inutilidade do seu funcionamento e as alcaiadarias e guarnições foram extintas. Ultrapassados pelos tempos, os castelos foram abandonados à sua sorte, muitos entrando em decadência. Muitos, de menor dimensão e mais afastados de médios e grandes centros, foram desaparecendo num espectáculo de desmoronamento e sangria de pedra para habitação. No Nordeste Transmontano há vários exemplos disso, um deles bem perto de Bragança: o castelo de Outeiro.
No século XX os principais castelos foram alvo de uma reabilitação que permitiu a restauração parcial ou completa de alguns deles.
A criação desta rota poderá vir a ser uma ferramenta para a dinamização do turismo na região. No entanto convém não esquecer uma das perguntas fundamentais que qualquer pessoa coloca antes de se aventurar em viagens turísticas: como chegar. E é esta simples pergunta que, na minha opinião, tem levantado tantos entraves ao desenvolvimento da região. Sem meios para cá chegar, iniciativas desta envergadura acabam por perder o impacto. Exemplo disso é a Rota da Terra Fria e outras do género que poucos turistas têm trazido ao nosso cantinho nordestino.