Num documento enviado à comunicação social, o deputado social-democrata pelo distrito de Bragança e candidato em segundo lugar na lista do PSD, critica a dirigente do partido pela “desastrosa omissão”, aquando da visita a Bragança, sobre a construção do IC5 e do IP2.
As duas vias são consideradas por vários autarcas, do PS e do PSD, como “estruturantes” para o desenvolvimento de todo o distrito. Mas, desde que o PSD apresentou o programa que subsiste a dúvida se estas estradas, a par com a auto-estrada transmontana, são para avançar ou não.
Manuela Ferreira Leite foi questionada sobre o assunto aquando da visita a Bragança, na segunda-feira, mas não deu qualquer resposta aos jornalistas.
Agora, o presidente da distrital PSD e candidato a deputado em segundo lugar na lista, quer saber qual a posição de Manuela Ferreira Leite.
No documento, também enviado à dirigente do partido, Adão Silva refere a “necessidade de assumir publicamente o compromisso”, até porque as obras do IP2 já estão no terreno.
Adão Silva pede a Manuela Ferreira Leite que, até dia 25 de Setembro, encontre uma “formula” para comunicar às populações do distrito “o seu inequívoco propósito de prosseguir a construção do IP2 e do IC5”.
Autarcas reagem
Também os autarcas do sul do distrito já reagiram à omissão da candidata social-democrata sobre o IP2 e IC5. O autarca de Freixo de Espada à Cinta, o de Torre de Moncorvo, o de Vila Nova de Foz Côa e o de Vila Flor, assinaram um documento em que manifestam “estranheza” pelo conceito de coesão nacional de Manuela Ferreira Leite deixar de lado acessibilidades consagradas, desde há 30 anos, no Plano Rodoviário Nacional.
Os autarcas afirmam que em causa estão “simples eixos viários que, finalmente, trarão modernidade a todo o território entre Celorico da Beira e Macedo de Cavaleiros, e entre Murça e Miranda do Douro”.
A preocupação é maior tendo em conta as últimas declarações do eurodeputado social-democrata Paulo Rangel que, a 7 de Setembro, declarou que à “obra faraónica de estradas” prefere o investimento nos Metros de Lisboa e do Porto.