Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
13 de Agosto de 2009

O processo de regionalização só poderá avançar caso haja um entendimento entre as forças políticas partidárias que permita alterar o artigo 256º da Constituição Portuguesa. É que, caso houvesse hoje um referendo sobre a regionalização e, hipoteticamente, 70 por cento dos portugueses votasse sim, bastaria que uma região votasse contra para que tudo ficasse na mesma.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) está, por isso, a promover um ciclo de debates sobre a temática, em pleno período pré-eleitoral, para assim pressionar a um princípio de acordo entre as várias forças políticas que permita retirar da Constituição essa exigência.

Em Bragança, Carlos Lage, presidente da CCDR-N, defendeu mesmo que caso a região Norte baixe os braços sobre esta questão, dificilmente haverá regionalização em Portugal.

O orador convidado, Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, considera que falta, sobretudo, deixar de lado um “discurso hipócrita” e desafia mesmo o Partido Socialista a propor uma alteração constitucional sobre a questão do referendo.

Rui Moreira defendeu ainda que Bragança “só terá a ganhar com a regionalização” até porque “dá mais ao país do que aquilo que recebe”. A título de exemplo, o responsável apontou o facto desta ser a região que mais energia produz, de forma ambientalmente correcta, não retirando disso quaisquer benefícios.

“Não quero vir aqui incendiar seja o que for, mas imagine que aqui existiam poços de petróleo em vez de barragens. Provavelmente haveria alguém a dizer que ia criar aqui um Emirado”.

Criticando o que considera ser o “peronismo” português, Rui Moreira apontou ainda que não há qualquer equilíbrio entre a contribuição desta região para o bem-estar comum dos portugueses e o que a região recebe.

“Porque construíram uma auto-estrada e um túnel, ainda aparecem aqui com o ar de quem está a dar alguma coisa. Vivemos num país onde só há um prato na balança”.

O modelo territorial defendido é aquele que já existe perante a União Europeia e que assenta em cinco regiões administrativas. Um dos documentos de base para a organização do processo é o Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT), que está em fase de discussão pública.

No entanto, esse poderá ser também o documento que ditará a posição da autarquia de Bragança perante a regionalização. É que a câmara não aceita que Bragança não seja considerada uma cidade de equilíbrio regional, à semelhança do Porto, Braga e Vila Real.

O presidente da autarquia, Jorge Nunes, afirmou ser “a favor da criação da região Norte”, mas com um modelo territorial que não seja “centralista”.

Se as outras regiões não se entendem, penso que é bastante pacífico chegar a um entendimento para a região autónoma de Trás-os-Montes e Alto Douro: Bragança, Vinhais, Vimioso, Miranda do Douro, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vila Flor, Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Mesão Frio, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Sabrosa, Alijó, Vila Real, Ribeira de Pena, Mondim de Basto, Vila Pouca de Aguiar, Valpaços, Chaves, Boticas, Montalegre, Murça, Armamar, Lamego, Tabuaço, São João da Pesqueira, Vila Nova de Foz Côa.

Há alguma dúvida? Se houver será quanto à integração ou não da Mêda. De resto, histórica, cultural, e geograficamente, onde está a questão? Se outros têm dúvidas, que atrasem o seu processo. Trás-os-Montes e Alto Douro precisa e muito de se governar a si própria, porque já está a saque de "Lisboa" há tempo de mais.
Daniel Conde a 13 de Agosto de 2009 às 17:26
Esta gente deixou de merecer respeito, esgotou toda a credibilidade. Só um equívoco constitucional produzido por disputas imperialistas na altura (pós 1974), os legitima. Começa a não ser admissível para uma Nação a-regional , a propaganda demagógica e de alto risco para lhe impingir uma nova dimensão de poder que, por outras formas, foi, no passado, motivo de conflitos e guerras, internos e externos, com planos de traição à mistura. É tal a ligeireza, leviandade e desajustamento da nossa realidade dos seus argumentos, e a temperatura política que provoca, que temos a percepção de que o país já está a "arder". Apetece-nos gritar: volta D. João II e traz
contigo o Álvaro Pais e vê se encontras o Marquês e trá-lo também, porque eles já cá estão outra vez, para os intimar a respeitar o povo e a Pátria que os elegeu e alimentou como servidores públicos, para logo, logo traírem quem os parturiu. Perante novas circunstâncias históricas e políticas que podem deitar a perder o seu "status" de símbolos de poder, relevância social, protecção para o resto da vida, desataram a berrar por um Portugal a retalho para continuarem a roncar.
camaradita a 13 de Agosto de 2009 às 22:36
Caro IndiaBrigantina,

Dada a temática abordada, tomei a liberdade de publicar este seu "post", com o respectivo link, no
.
http://regioes.blogspot.com - Regionalização
.

Cumprimentos
Antonio A Felizes a 14 de Agosto de 2009 às 02:49
Olá António! Sem qualquer problema. O artigo não está na íntegra, mas poderá ler hoje no jornal Grande Porto. Cumprimentos!
Lacra a 14 de Agosto de 2009 às 09:37
últ. comentários
obrigado Cris:)
Bem vinda :))
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Para mim e para muita gente a volta às adegas para...
Estou habituado na leitura de blogs on line, adoro...
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