A concelhia PS de Macedo de Cavaleiros acusa a autarquia local de "medos tacanhos e infundados" no que diz respeito à não criação das Equipas Permanentes de Intervenção na associação de bombeiros. A câmara de Macedo foi uma das que não aderiu a esta iniciativa do Governo alegando que esta poderia "acabar com o espiríto do voluntariado".
As Equipas Permanentes de Intervenção, constituídas por cinco bombeiros profissionais, pretendem assegurar que num determinado horário em que os bombeiros voluntários estão mais condicionados em termos de disponibilidade em virtude da sua actividade profissional (a saber, das 08h00 às 20h00), exista uma resposta rápida em caso de emergência.
Estas equipas são financiadas em 50% pelo Estado e nos restantes 50% pela autarquia, funcionam ao longo de todo o ano; e são até defendidas pelo próprio corpo de bombeiros de Macedo que, num encontro, realizado em Janeiro, manifestou publicamente o desejo de ver criada uma destas equipas no concelho.
A comissão Política Concelhia do PS considera que se perdeu uma oportunidade de garantir mais rapidez e mais eficiência no socorro às populações, fazendo aumentar o clima de insegurança no concelho.
Em resposta ao argumento avançados pela autarquia de que a criação de uma EIP poderia “acabar com o espírito de voluntariado”, os socialistas lamentam o que consideram "medos tacanhos e infundados, reveladores de uma grande falta de crença nas instituições, particularmente, neste caso, na Associação Humanitária de BV de Macedo".
A comissão socialista recorda ainda que em Dezembro de 2008 foi apresentada à Assembleia Municipal uma recomendação no sentido de criar as ditas equipas e que a mesma foi chumbada pela maioria social-democrata. Os socialistas macedenses não compreendem esta situação e receiam que a Câmara possa estar a criar bloqueios à criação destas equipas por não poder intervir na selecção dos respectivos elementos.