O britânico Black venceu a 2ª edição do Dirt Fest, na categoria Pró, uma prova de Dirt Jumping, organizada pela Casa da Cultura e Recreio do Cachão.
O evento contou com 28 pilotos, nacionais e estrangeiros.
Mais uma vez a prova foi um sucesso e os transmontanos mostraram-se apreciadores deste desporto radical.
Na prova esteve presente o campeão nacional na categoria Pró, Sandro Silva arrecadou o sétimo lugar. Ao Cachão vieram praticantes de vários pontos do país.
Pedro Santos tem 14 anos veio de Leiria, pratica Dirt Jumping há cerca de um ano.
No entanto gosta mais de Street Jumping, outra variante do BTT, que o obriga a algumas horas de treino:
“Na minha terra não tenho muito espaço para treinar, mas treino todos os dias meia hora não em Dirt mais em Street, que é andar pela rua”.
Do Seixal veio o jovem Paulo e arrecadou o primeiro posto na classe de iniciados. Tem 16 anos e desde os 13 que faz inúmeras acrobacias com a bicicleta. Para quem não sabe em que consiste o Dirt Jumping fica a explicação:
“Consiste em saltos em terra, como diz o nome, e nos saltos fazemos várias manobras, acrobacias”.
Para praticar a modalidade é preciso uma bicicleta com determinadas características cujo preço pode variar entre os 300 e os 1000 euros. Não esquecer o uso de capacete, joelheiras, cotoveleiras e colete para protecção da coluna:
“Uma bicicleta para Dirt Jumping tem que ser uma bicicleta com o quadro pequeno e baixo. O banco tem que estar sempre baixo. Se o banco estiver alto quando formos saltar a bicicleta embica e nós caímos porque não dá jeito para fazermos a manobra”.
Em Portugal, o Dirt Jumping ganha cada vez mais adeptos. Mas, ao contrário de países como Espanha, não é possível fazer da modalidade profissão:
“Em Portugal não podemos fazer profissão da modalidade, é preciso ser muito bom. Em Espanha dá mas no nosso país não”.
A participação nas provas nacionais e sobretudo internacionais exige patrocínios. Sandro Silva, actual campeão nacional na categoria Pró, refere que conta com alguns apoios mas para participações fora do país terá que fazer um investimento pessoal:
“A nível de transportes tenho a minha equipa para as provas e para as bicicletas tenho também patrocinador. Para o estrangeiro nunca fui, mas para a semana devo ir e o financiamento é por minha conta”.
Uma boa bicicleta e algum investimento financeiro são importantes para os que fazem do Dirt Jumping mais que um passatempo. Mas há que juntar dedicação, treino e uma grande capacidade acrobática.
Na 2ª Edição do Dirt Fest, que contou participantes portugueses e estrangeiros, o prémio da melhor manobra foi para o espanhol Serna.
A organização, a cargo da Casa do Recreio e Cultura do Cachão sonha agora com o europeu. Mas trazer uma prova desta categoria exige um investimento financeiro de cerca de 50 000 euros. Em tempo de crise torna-se praticamente impossível uma candidatura à competição.
Rádio Onda Livre