Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
08 de Março de 2010

A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens do concelho de Mirandela só tem conhecimento de três casos de violência física na escola Luciano Cordeiro. No entanto, todos eles foram comunicados pela PSP e não pela Direcção do agrupamento.

Apesar dos diversos relatos de episódios de violência física denunciados na última semana pelos pais de alunos da escola Luciano Cordeiro, garantindo que as ocorrências foram comunicadas à direcção do agrupamento, fonte da CPCJ de Mirandela assegura que, dos cerca de 150 casos sinalizados naquela comissão, "apenas 12 pertencem à escola em causa e desses, nove são casos relacionados com problemas familiares e sociais e apenas três dizem respeito a episódios de violência no recinto da escola". Não se sabe se o caso do Leandro está incluído. A mesma fonte revela ainda que os três casos chegaram ao conhecimento daquela comissão através da PSP de Mirandela e "nenhum foi denunciado pela direcção do agrupamento". Leandro ter-se-á lançado ao rio, em desespero pela perseguição de que era alvo da parte de outros alunos.

Estes novos dados e o silêncio dos órgãos da direcção do agrupamento, vêm aumentar a indignação de pais e da própria família do Leandro. "Quando o meu sobrinho foi agredido e teve de ser internado, há um ano, a mãe informou a direcção da escola e a PSP", garante Paula Nunes, tia do Leandro. "Não conseguimos compreender como é possível que ninguém da Direcção do agrupamento tenha dito nada sobre este caso, nem tão pouco têm estado no terreno a inteirar-se das operações de busca", diz Cecília Ferreira, mãe de uma criança da mesma idade e da mesma turma. Os pais do menino continuam sem prestar declarações, mas confessaram aos familiares a "revolta que lhes vai na alma com a situação" e não entendem "como foi possível deixarem sair da escola o Leandro e os outros meninos".

Armindo Pires e Amália Pires (pais do Leandro) são acompanhados por três psicólogos e estão sob vigilância médica. Todos os dias vão ao local das buscas e recebem informações pormenorizadas. Durante o dia, estão na casa de uma amiga, próximo do local das buscas, à noite recolhem a casa, em Cedaínhos.

O Ministério Público deve terminar amanhã o processo de averiguações sobre os acontecimentos que levaram ao desaparecimento do Leandro. Também amanhã, deve estar concluído o inquérito do Ministério da Educação sobre o que se passou no recinto da escola.

 

Fonte: JN

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