Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
20 de Maio de 2010

Um operário de 52 anos morreu, ontem manhã, depois de ser colhido por um bulldozer, nas obras do IP2, em Assares, Vila Flor, distrito de Bragança.

O acidente deu-se pelas 11h30, quando um bulldozer recuou para facilitar a manobra de descarga de pedras a um camião. Não se tendo apercebido logo da marcha-atrás, o homem caiu quando tentou fugir e foi colhido pela máquina que quase o cortou ao meio. Quando os bombieros chegaram ao local já não havia nada a fazer.

O IP2 irá ligar Macedo de Cavaleiros a Celorico da Beira e faz parte da Concessão Douro Interior.

publicado por Lacra às 08:50

O presidente da Associação Comercial de Bragança (ACISB) considera que o Shopping de Bragança foi um “mau projecto”. Seis anos após a sua abertura, são muitas as lojas comerciais que começam, agora, a regressar ao centro da cidade, deixando cada vez mais espaços vagos no centro comercial.

António Carvalho, que inicialmente apoiou a construção daquele espaço e até a deslocalização de algumas lojas de comércio tradicional para o seu interior, conclui agora que “foi uma má aposta”.

“Nós chegamos a entusiasmar alguns associados a deslocarem-se para o centro comercial porque é um espaço fechado, aprazível e teriam possibilidades de praticar outro horário, que é uma questão pela qual me tenho batido”, apontou António Carvalho.

No entanto, os custos com os condomínios, rendas, obrigatoriedades e exigências têm levado vários comerciantes a queixarem-se da situação e outros a sair. A par dos custos “elevados”, o presidente da ACISB critica ainda a estrutura arquitectónica daquele espaço.

“Nunca me lembro de entrar num centro comercial em que percorresse um corredor e  tivesse de voltar para trás. Não é a melhor estrutura”, considerou.

O regresso ao centro da cidade é visto com bons olhos pelo presidente da Associação Comercial. No entanto, este regresso pode acarretar o esvaziar gradual do Shopping, uma situação que, no entender de António Carvalho, só irá depender “de quem o gere”.

“Se me perguntarem o custo da renda naquele espaço, eu digo que baixaria para metade, mas eu não sei qual é o orçamento daquele centro”, apontou.

António Carvalho lamenta que as esperanças de muitos associados que investiram naquele espaço comercial tenham saído goradas mas considera que este regressar ao centro da cidade até pode ser positivo, desde que os horários se alterem de forma a dar resposta ao ritmo de vida da cidade.

“É um apelo que tenho feito, embora não seja ouvido, mas não desisto dessa ideia”, afirmou, apontando que, numa cidade de serviços, como é a cidade de Bragança, o comércio tem de adoptar horários semelhantes aos da vizinha Espanha.

 

 


O Centro Social e Paroquial de Rebordãos está a levar a cabo um projecto de implementação de teleassistência que permite aos idosos terem acompanhamento 24 horas por dia, todos os dias do ano.

O sistema consiste, basicamente, na instalação de um aparelho intercomunicador ligado à linha telefónica e na atribuição de uma pulseira a cada idoso. Sempre que o idoso se sinta sozinho ou com algum problema, basta que carregue no botão da pulseira ou do intercomunicador para, do lado de lá, alguém responder.

Previamente, cada idoso que adira ao projecto fornece todos os seus dados pessoais e de saúde para que a central tenha a ficha de cada um deles.

Caso o idoso carregue no botão e não consiga falar com os assistentes, estes ligam de imediato para o telefone de casa ou para as pessoas indicadas pelos idosos a contactar em caso de emergência. Se nenhum deles atender a chamada, os assistentes telefonam então para a PSP, para os Bombeiros ou para o médico de família, consoante o caso e a necessidade.

A teleassistência pode funcionar, ainda, para relembrar os utentes da hora a que têm de tomar a medicação, desde que tal seja solicitado.

O custo para os utentes do Centro Social é de 10 euros mensais, mas o sistema pode ser instalado nas casas de pessoas que não sejam utentes sendo o custo de 20 euros por mês. A garantia é de acompanhamento 24 horas por dia, todos os dias do ano e, mesmo os casos em que a luz falhe, estão salvaguardados – os aparelhos funcionam autonomamente durante seis horas.

Actualmente, o Centro Social implementou já 15 aparelhos de teleassistência e prepara-se para instalar outros tantos, não só em Rebordãos mas também nas aldeias de Mós, Sarzeda, Carrazedo e Nogueira.

A maioria das pessoas que requisitaram estes aparelhos vivem sozinhas e não têm familiares nas proximidades. Foi tendo em conta esta realidade que o Centro Social e Paroquial de Rebordão decidiu implementar este projecto, pioneiro em todo o concelho de Bragança, conforme explicou a directora técnica, Jacinta Lemos.

“Decidimos aderir a este projecto porque só fazemos o acompanhamento dos utentes durante o dia, com o serviço de apoio domiciliário. Não há outras respostas e os idosos transmitiam essa necessidade de acompanhamento durante 24 horas”, apontou.

E se durante o dia os idosos ainda vão convivendo uns com os outros na aldeia, já durante a noite a maioria sente o peso da solidão e do isolamento. Até ao momento, os 15 que aderiram a este sistema ainda não apresentaram nenhuma situação de emergência em que se tivessem de socorrer do equipamento. No entanto, já quase todos eles carregaram no botão por “necessidade de falar com alguém”, como constatou Jacinta Lemos.

“Ainda não houve nenhuma situação de emergência, só houve mesmo situações de solidão e necessidade de desabafar

Isso mesmo relataram alguns dos utentes, como José Augusto dos Santos, de 83 anos, a viver na Sarzeda, que encontrou na teleassistência um “amigo”: “tenho os meus filhos que me ajudam mas não estão aqui comigo. Assim, com a teleassistência é como um amigo que ali está para me ajudar numa hora difícil”.

Ao mesmo tempo, José Santos garante que se sente mais seguro e “protegido”. Embora ainda nunca tenha passado por nenhuma situação urgente, já carregou no botão e, em cerca de 20 segundos, alguém do outro lado lhe dizia: “boa tarde senhor José, precisa de alguma coisa”.

“Como estou sozinho, às vezes, apetece-me falar com alguém. Carrego no botão e elas dão-me uma palavra amifa ”, contou.

Como José Santos, também Baptista Ferreira, de Nogueira, com 76 anos, já usou a teleassistência umas “duas ou três vezes” e “só para conversar”.

Outras situações mais “caricatas” também ocorrem. Aurora Piedade, de Rebordãos, levantou-se, num Sábado, às seis da manhã e, sem querer, carregou no botão da pulseira. “Depois ligaram-me a ver se estava tudo bem, tinha carregado sem querer”, contou.

Já Carmo Gomes, também de Rebordãos, ainda não utilizou a teleassistência mas sabe que pode ser “útil a qualquer momento”.

“Pode ser útil a qualquer momento. Se acontece alguma coisa de noite, carrega-se no botão e já está. É muito bom porque, infelizmente, há muitas pessoas que estão sós”.

O Centro Social e Paroquial de Rebordãos foi criado em 2004 e tem capacidade para 30 utentes na valência de serviço de apoio domiciliário. Para além da confecção e entrega de refeições, higiene pessoal, higiene habitacional, serviço de lavandaria, acompanhamento exterior, ajudas técnicas, entre outras, o Centro desenvolve, também, todas as quintas-feiras, um projecto inter-geracional com as escolas do primeiro ciclo e jardim-de-infância de Rebordãos.

 

Novas Tecnologias no combate à exclusão

O Centro Social e Paroquial de Rebordãos está ainda a desenvolver um projecto que visa envolver os utentes no mundo das novas tecnologias e, ao mesmo tempo, combater a exclusão. Para tal, a instituição vai disponibilizar computadores com acesso à internet e vai fornecer formação básica para que eles possam comunicar com os familiares.

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obrigado Cris:)
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