Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
31 de Março de 2010

 

 

O delegado distrital da Ordem dos Engenheiros considera que é necessário reformular alguns dos cursos da área ministrados pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Um trabalho que, Amílcar Lousada, assume que terá de ser da responsabilidade de várias outras entidades, como o próprio Ministério da Ciência e Tecnologia, mas no qual a Ordem dos Engenheiros está disposta a “ajudar”.

“A Ordem só dá a célula profissional a quem realmente tiver capacidade para o exercício da profissão. Agora, licenciaturas de três anos em Engenharia...não brinquemos com coisas sérias!”, considerou Amílcar Lousada, à margem da inauguração da nova delegação, em Bragança.

É que a Ordem dos Engenheiros não “reconhece” nenhum dos cursos da área ministrado pelo IPB. Uma situação idêntica à de muitos outros politécnicos mas que obriga os licenciados em engenharia a proporem-se a um exame à Ordem para acederem à cédula profissional ou a inscreverem-se na Associação Nacional de Engenheiros Técnicos.

“Licenciados em Engenharia, há muitos. Engenheiros, só os que têm a cédula profissional e a entidade tutelada pelo Governo que pode dar as cédulas é a Ordem dos Engenheiros. Não há aqui nada contra ninguém”, apontou.

Amílcar Lousada entende que a adequação ao modelo de Bolonha veio “retirar” alguma credibilidade às licenciaturas. “Falta a base e falta o resto”, acusou, apontando que, no caso das Engenharias, os cursos deveriam ser “forçosamente” de dois ciclos, (licenciatura de três anos+dois anos de mestrado).

Actualmente, a Ordem dos Engenheiros é uma das instituições que, dentro da comunidade europeia, está acreditada para atribuir uma marca de qualidade aos cursos superiores, com critérios que são comuns em toda a Europa. A intervenção da Ordem passará pela avaliação dos cursos no sentido de atribuir, ou não, essa marca de qualidade europeia.

É nesse sentido que Amílcar Lousada considera que é necessário reformular alguns dos cursos de engenharia do IPB, aproveitando até o facto de muitos docentes serem também membros da Ordem. Ainda assim, o responsável deixa já o alerta que, provavelmente, “nem todos serão reconhecidos pela Ordem” e que o processo poderá ser algo moroso.

“Não será para o ano, nem daqui a dois, mas progressivamente poderá ser conseguido”, considerou.

O IPB não fecha portas a uma possível aliança, conforme apontou Orlando Alves, vice-presidente da instituição: “há espaço de diálogo e muitas áreas em que a Ordem e o IPB podem cooperar”.

Já no que diz respeito a uma possível reestruturação das licenciaturas, o vice-presidente do Politécnico diz que a discussão sobre Bolonha “está ultrapassada” e que o actual modelo é aquele que deve ser trabalhado.

“Com Bolonha, o processo de formação dos engenheiros mudou. Esse foi o modelo adoptado e é com esse modelo que temos de trabalhar”, apontou.

Orlando Alves acredita que o processo de acreditação e avaliação dos cursos poderá vir a reforçar a credibilidade do IPB já que se trata de um “modelo muito exigente e rigoroso” do qual a instituição não tem “qualquer receio”.

 

Ordem defende uma só organização

Portugal tem a particularidade de ter duas instituições públicas na área de Engenharia: a Ordem dos Engenheiros, que atribui as cédulas profissionais; e a Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos, para os licenciados pelos politécnicos cujos cursos não sejam reconhecidos pela Ordem.

Esta distinção entre os Engenheiros – reconhecidos pela Ordem,  e os Engenheiros Técnicos, tem levado a uma “disputa” permanente que, no entender de Geraldo Saraiva, presidente da Ordem dos Engenheiros da Região Norte, “em nada abona a favor das duas profissões”.

“Teria interesse para o país que houvesse uma única organização, que depois gerisse internamente níveis distintos de formação”, considerou.

Na conclusão do mandato de dois anos à frente da Ordem, na região Norte, Geraldo Saraiva deixa palavras de esperança para que, no futuro, “haja um reconhecimento igual das duas profissões”.

Geraldo Saraiva mostrou-se satisfeito por sair do mandato com a região Norte quase coberta na totalidade, em termos de representação distrital.

A Ordem dos Engenheiros tem como finalidade a defesa da Engenheira enquanto interesse público, actuando, sobretudo, junto da produção legislativa para que haja o privilegio das intervenções de qualidade.

“Infelizmente, muitas vezes aceita-se que actos possam ser executados por pessoas que não foram devidamente preparadas para os desempenhar e se pensarmos, por exemplo, na área da Engenharia Civil, na segurança dos edifícios ou das instalações eléctricas, uma intervenção menos cuidada pode resultar em riscos sérios”, alertou o presidente cessante.

Com a abertura das novas instalações, em Bragança, na rua Alexandre Herculano, os responsáveis consideram que haverá uma maior presença e a possibilidade de dinamizar a actividade na região, promovendo a formação contínua, encontros e debates.

 


A região transmontana continua a ser aquela que tem a maior taxa de incidência de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC’s),  uma das principais causas de morte e invalidez entre a população portuguesa.

Num distrito com 140 mil pessoas, há o registo de uma média de 600 casos por ano, um número considerado “assustador” pelo Centro Hospitalar do Nordeste que já implementou a chamada “via verde” para o AVC e tenciona ampliar a unidade de tratamento existente em Macedo de Cavaleiros.

Anunciada no final do ano passado, a ampliação da unidade de tratamento de AVC’s vai permitir chegar a, pelo menos, 420 doentes, segundo as previsões do Centro Hospitalar do Nordeste.

Já a “via verde”, introduzida em Janeiro deste ano, permite um atendimento médico mais rápido tendo em conta que as primeiras três horas são fundamentais para a recuperação total do doente. Ou seja, o doente é encaminhado o mais rápido possível para a primeira observação médica, colheita de sangue para análises, realização de electrocardiograma de uma Tomografia Axial Computorizada (TAC) e realização do tratamento. A requisição de análises e de TAC é identificada com uma etiqueta “Via Verde AVC” e estes testes de diagnóstico são tratados como uma prioridade. Logo que é recebido o relatório de TAC, a equipa médica poderá decidir se tem indicação para fazer tratamento específico, ou seja, “fibrinólise”, uma técnica que permite reduzir significativamente as sequelas da doença, se for feita nas quatro horas e 30 minutos (no máximo) seguintes à manifestação dos primeiros sintomas.

É um tratamento que está provado que, sendo feito em tempo útil, diminui a morbilidade e as sequelas que o AVC pode provocar nas pessoas.

Ainda assim, as distâncias e as más acessibilidades continuam a ser um entrave à “via verde”. Para um doente que seja transportado de Freixo de Espada à Cinta, por exemplo, o atraso pode ser fatal já que estamos a falar de uma distância de cerca de hora e meia entre a localidade e Bragança.

Normalmente os sintomas de manifestação de um AVC são perda de mobilidade nos braços e pernas de um dos lados corpo, e dificuldades na fala. O AVC, se não for tratado a tempo, pode levar à morte ou à perda da capacidade de falar, andar e movimentar um dos braços. Além destas pode deixar ainda outras sequelas, tanto mais graves quanto maior for a área do cérebro afectada.

O AVC, além de ser a primeira causa de morte, é a primeira causa de incapacidade e morbilidade.

Por isso, os profissionais consideram que contra esta doença o melhor remédio continua a ser a prevenção. Nesse sentido, o Centro Hospitalar do Nordeste promoveu, na semana passada, uma campanha de sensibilização, no âmbito do Dia Nacional do Doente com AVC.

À semelhança de outros anos, os profissionais de saúde aproveitaram o dia para efectuar acções de rastreio, gratuitas, à população e fizeram, ainda, uma palestra de sensibilização.

A prevenção desta doença passa, nomeadamente, pelo controlo da hipertensão, dos diabetes e do excesso de gordura no sangue (colesterol e triglicerídeos). Entre as medidas a adoptar, os profissionais alertam para a necessidade de reduzir a ingestão de gorduras e das calorias provenientes de sobremesas e alimentos “fast-food” como pizzas ou hambúrgueres. Deve-se aumentar o consumo de vegetais, preferir o peixe em relação à carne, consumir três a quatro peças de fruta por dia, aumentar o consumo de produtos integrais como o pão e cereais, moderar o consumo de leite, queijo e iogurtes, e, entre outros, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas. Deixar de fumar e praticar exercício físico são outras das recomendações dos profissionais de saúde.


O desafio passava por pegar numa vulgar caixa de cartão, em forma de cubo, e transformá-la num objecto artístico. A inspiração podiam ganhá-la tendo por base o trabalho de Luís Melo, em exposição no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.

A iniciativa contou com a participação de várias escolas do concelho de Bragança, tendo o artista Luís Melo premiado os três melhores trabalhos com obras da sua autoria. As vencedoras foram, por ordem, o Jardim de Infância do Centro Social e Paroquial dos Santos Mártires, a EB1 e Pré-Escolar Itinerante do Zoio; e o Jardim de Infância da Estação.

O projecto foi realizado nas escolas, sob orientação dos professores e educadores, sendo depois que a divulgação ficou a cargo do Centro de Arte, que se encarregou de fazer uma mostra colectiva dos mesmos.

Pretendeu-se, mais uma vez, aproximar a comunidade estudantil do universo criativo da arte, propondo-lhe dinâmicas de prática artística que têm o condão de exaltar a criatividade e imaginação dos participantes.

Luís Melo teve os seus trabalhos em exposição no Centro de Arte Contemporânea até ao final do mês de Março. O artista, natural de Bragança, tem a particularidade de se afastar das premissas que pautaram a multiplicidade de experimentações formais e conceptuais a que esteve associada a produção artística da década de noventa. Arrojado, inovador, são alguns dos adjectivos que se podem usar para uma tentativa de “descrição” dos seus trabalhos. À pintura, Luís Melo alia múltiplos materiais e objectos como recortes de revistas, mapas, poemas, fotografias, gravuras ou composições numéricas. Outras das suas obras, como as que serviram de inspiração ao desafio lançado à comunidade estudantil, têm a característica de assentar em suportes cúbicos que amplificam a sua dimensão, dando-lhe tridimensionalidade, confundindo-se até com esculturas.

Uma exposição que conseguiu envolver a comunidade estudantil e que termina com a mostra dos trabalhos desenvolvidos pelos mais novos.


A circulação no troço da linha do Douro entre o Tua e o Pocinho será retomada na quinta feira, após mais de três meses suspensa devido a um desabamento de pedras, anunciou hoje a Refer.

De acordo com informação disponibilizada pelo gabinete de comunicação e imagem da empresa proprietária da infraestrutura, "na próxima quinta feira, 01 de abril, será reaberto à circulação de comboios o troço entre Tua e Pocinho, da Linha do Douro, após a reposição das condições de segurança".

Segundo a empresa, o serviço de passageiros será reiniciado com o horário que estava em vigor antes da suspensão da circulação.

 

Fonte: Lusa


A ideia é simples: aproximar avós e netos através das novas tecnologias, nomeadamente da Internet. O projecto é do Instituto Politécnico de Bragança e arrancou, este mês, em duas localidades – Bragança e Mogadouro, sob a responsabilidade de dois formadores.

As acções de formação são gratuitas e destinam-se a avós, com mais de 50 anos, acompanhados dos seus netos, ou de outras crianças, com idade superior a cinco anos, e visam fornecer as competências necessárias para trabalhar com as tecnologias de informação e comunicação.

Assim, serão fornecidos conceitos básicos para trabalhar no computador, nas suas várias aplicações, e na rede Internet. Posteriormente, serão realizados  workshops de apresentação de ferramentas Web de comunicação/interacção entre avós e netos.

A primeira acção decorre de 7 a 9 de Abril. A segunda acção de 27 a 29 de Abril.

O projecto culmina com a realização de um concurso, antes do dia dos avós, assinado a 26 de Julho.

publicado por Lacra às 08:57
30 de Março de 2010

A Rayleague, a primeira rede social dedicada ao desporto-rei, e o Braga juntaram-se numa iniciativa que abriu as portas dos minhotos a um futuro craque de Vinhais.

Longe vão os tempos em que os clubes colocavam anúncios nos jornais, onde promoviam treinos de captação de jovens talentos. Agora, a realidade é outra. O jovem Ricardo Ferreira, de 16 anos, prepara-se para fazer um estágio nos juniores A do Braga, depois de ter convencido os responsáveis arsenalistas, graças ao vídeo, com as suas façanhas futebolísticas, que colocou na internet.

O concurso foi lançado pela empresa Rayleague, a primeira rede social dedicada ao futebol. Para se inscreverem, os jovens jogadores tinham de se registar no site www.rayleague.com, criando um perfil e efectuando o upload de um vídeo onde demonstrassem as suas qualidades futebolísticas. Posteriormente, decorreu a votação e foram escolhidos os melhores. Ricardo Ferreira, o primeiro classificado, ganhou um estágio no Braga. João Borges, do Porto, e César Meneses, de Braga, ficaram na segunda e terceira posições, respectivamente, e receberam material desportivo.

O concurso, que teve como finalidade divulgar a plataforma (criada em Agosto de 2009 e que conta com cerca de 1500 utilizadores), vai proporcionar uma experiência única a Ricardo Ferreira. "Espero poder mostrar o meu talento e, quem sabe, receber um convite para ingressar no clube, eu gostava muito", contou ao JN. A grande ambição do jovem craque é jogar num clube da Liga e um dia poder representar a selecção nacional. Mas, para já, o futebolista tem apenas a certeza de que vai para o estágio "com vontade de trabalhar muito para fazer boa figura".

Fã de Quaresma, Messi e CR9

Ricardo Ferreira joga no Futebol Clube de Vinhais há quatro anos, como extremo-esquerdo, teve conhecimento do concurso através da rádio e enviou o vídeo, com muita vontade de ganhar, mas sem esperança de isso acontecer. "Pensei, olha vou tentar, logo se vê o que dá", explicou, timidamente. A tentativa resultou.

O jovem começou cedo a gostar de futebol. No infantário, já não largava a bola e gostava de impressionar os colegas e professores, imitando os ídolos, principalmente Quaresma e Messi, os seus jogadores preferidos, mas, também, e inevitavelmente, Cristiano Ronaldo. Para já, a bola é tudo: "É o meu objectivo, o meu sonho, quase tão importante como o ar que respiro". Também já fez testes no Benfica, mas ainda não conheceu a sentença dos responsáveis das águias.

 

Fonte: JN

publicado por Lacra às 15:42

 

 

A Associação de Desportos de Combate de Macedo de Cavaleiros (ADCM) continua a conquistar pontos no kickboxing. O atleta Franclim Fernandes sagrou-se campeão regional de Light Kick com uma prestação considerada “brilhante”: em quatro combates, quatro vitórias. Uma exibição que o mestre Luís Durão considerou como uma das “melhores” da carreira desportiva do atleta, apesar de ter sido a primeira vez de Franclim Fernandes em Light Kick.

“Estes resultados provam, mais uma vez, o excelente trabalho que temos feito até

 agora e mostram que temos atletas que conseguem adaptar-se a qualquer estilo de combate”, apontou Luís Durão.

A vitória de Franclim Fernandes trouxe também o seu apuramento para o Campeonato Nacional. Para já, a ADCM tem cinco atletas apurados: Franclim Fernandes, Tânia Afonso, Clicia Queiroz, Daniel Cláudio e Hélder Ferreira.

Tânia Afonso (-55kg) e Clicia Queiroz (+65kg) conseguiram o título de campeãs regionais Campeonato Regional de Light-Contact e Low-Kick em Celorico de Basto, realizado em Fevereiro. Também foi neste campeonato que Daniel Cláudio (-84 kg) e Hélder Ferreira (-74 kg) se sagraram vice-campeões regionais.

Com estas vitórias, a equipa trouxe para casa mais um troféu dos muitos arrecadados ao longo destes anos de trabalho: a conquista do 2º lugar por equipas na modalidade de Light-Contact em seniores.

No próximo dia 10 de Abril será a estreia de Carolina Cadavez no Campeonato Regional Norte em Light Contact Juniores. Se a jovem atleta vencer a prova será a sexta atleta a ser apurada para o campeonato nacional.

Luís Durão lamenta apenas a falta de apoios e patrocínios a este desporto: “por incrível que pareça, estes fantásticos atletas que nos representam, não têm qualquer patrocinador, restando-nos apenas o apoio da câmara municipal de Macedo de Cavaleiros”.

Ainda assim, o responsável técnico e dirigente da Associação não baixa os braços.

Depois da participação de Hélder Ferreira na Gala de Kickboxing, em Guimarães, para um combate em Full Contact, marcada para este próximo sábado, a ADMC tem já agendada a estreia da campeã Tânia Afonso também em Full Contact.

 

 


A empresa que lidera o consórcio responsável pelo projecto da Auto-estrada transmontana ainda não enviou o contrato reformulado ao Tribunal de Contas.

A notícia foi avançada pelo presidente da Soares da Costa, Pedro Soares, numa conferência de imprensa, em Lisboa.

A empresa ainda está a negociar com a Estradas de Portugal para reformular o contrato de modo a poder responder às questões levantadas pelo Tribunal de Contas.

O presidente executivo da Soares da Costa afirmou ainda ter “fortes expectativas” na atribuição do visto prévio a esta obra, embora admita que não é “legítimo tirar qualquer conclusão automática” da atribuição do visto ao Douro Interior, já que se tratam de processos diferentes.

O investimento previsto para a Auto-estrada Transmontana ronda os 800 milhões de euros. As obras no terreno continuam a decorrer tendo como prazo previsto de conclusão Julho de 2011.

 

IP2 e IC5 já têm aprovação do Tribunal de Contas

 

A concessão do Douro Interior, que contempla o IP2 e o IC5, já foi aprovada pelo Tribunal de Contas. A proposta recebeu luz verde depois do grupo Mota Engil ter reformulado a proposta final do montante a pagar pela Estradas de Portugal, reduzindo 60 milhões de euros ao contrato.

O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, em declarações à Agência Lusa, considerou esta notícia da maior importância: “o facto de terem sido levantados os obstáculos que existiam é muito importante em termos económicos, sobretudo se tivermos presente que se trata de uma obra no interior, numa zona que engloba três distritos, Bragança, Vila real e Guarda, e que é muito importante para permitir o acesso a essa região, em termos de novas acessibilidades e mobilidade”.

Em termos de emprego, a concessão do Douro Interior vai envolver, segundo o ministro, cerca de sete mil trabalhadores.

“É muito importante em termos de recuperação económica imediata, mas também em termos estruturais, na medida em que vai permitir que essa região se integre com o conjunto do território nacional e, dessa maneira, permitir que haja um contributo significativo para a coesão económica e social”, acrescentou.

O Tribunal de Contas recusou atribuir o visto à concessão do Douro Interior e a outras, como é o caso da Auto-estrada Transmontana, por considerar que os pressupostos do concurso tinham sido alterados. Em relação à concessão do Douro Interior, adjudicada à Mota Engil por 826 milhões de euros, houve uma redução do contrato no valor de 60 milhões de euros.

Alem disso, a empresa Estradas de Portugal terá demonstrado disponibilidade para assumir o risco financeiro, durante os primeiros cinco anos que decorram até ao primeiro pagamento que a empresa tenha de fazer aos privados. Ao mesmo tempo, prevê-se que a EP passe a encaixar ganhos com operações de refinanciamento que possam ocorrer durante os próximos cinco anos, ficando com a totalidade do ganho obtido, contrariamente ao que estava previsto (em que ficaria apenas com metade dos ganhos). Uma solução que deixa os bancos com menos poder de encaixe financeiro.

A mesma solução poderá vir a ser adoptada pela a auto-estrada transmontana, embora o acórdão que concede o visto prévio ao contrato reformulado para a concessão do Douro Interior diga que a decisão “se limita a este caso concreto, face aos interesses e às circunstâncias únicas e concretamente em causa”.

 


Restos de placenta, sangue, guardanapos de papel e pensos. Foi este o cenário que Mário Oliveira, vigilante do Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Vilas Boas, Vila Flor, encontrou domingo de manhã na casa de banho, quando fazia a habitual visita às instalações.

Terá sido feito um aborto naquele espaço, sendo que a GNR está a investigar. O delegado de saúde confirmou que se tratava de uma placenta de uma gestação de dois a três meses. Ontem, as autoridades policiais visitaram centros de saúde e hospitais, mas nenhuma mulher foi identificada.

'Vi a porta rebentada, o chuveiro ainda a deitar água, as paredes e o chão com sangue, e o ralo entupido com o que parecia uma tripa. Ainda pensei que fosse de algum animal', contou ao CM Mário Oliveira. 'Só quando a minha mulher veio cá é que disse que era de um aborto. Liguei logo à GNR', recorda o vigilante, ainda incrédulo.

A placenta foi recolhida e levada para o Instituto de Medicina Legal de Mirandela, para análise. 'Há mais de 25 anos encontrei no Santuário um feto com a cabeça esmagada embrulhado num jornal', recordou Cármen Seabra, mulher do vigilante.

 

Fonte: Correio da Manhã

29 de Março de 2010

O documentário "Pare, Escute, Olhe", do realizador Jorge Pelicano, premiado nos festivais DocLisboa e Cien Eco no ano passado, vai estrear nas salas de cinema nacionais a 8 de Abril.

O documentário "Pare, Escute, Olhe", que retrata o isolamento das pequenas povoações de Trás-os-Montes, vai estar em exibição em Lisboa no complexo de filmes da ZON/Lusomundo nas Amoreiras, na New Line Cinema de Alvalade, e na ZON/Lusomundo do Parque Nascente do Porto.

"Pare, Escute, Olhe" estreou em Outubro do ano passado nos festivais DocLisboa, onde conquistou os prémios de Melhor Documentário Português e de Melhor Montagem, e também no Cine Eco, em Seia, onde arrecadou o Grande Prémio do Ambiente, Grande Prémio da Lusofonia, e Prémio Especial da Juventude.

O rio Tua nasce a cerca de dois quilómetros acima da cidade de Mirandela, na junção dos rios Rabaçal e Tuela, e a linha ferroviária do Tua ligava inicialmente a foz à cidade de Bragança.

A ligação entre Bragança e Mirandela foi desactivada em Dezembro de 1991, e o realizador quis mostrar como «essa sentença acentuou as assimetrias entre o Litoral e o Interior de Portugal», como explicou e entrevista à agência Lusa pouco antes da estreia.

O documentário mostra as sucessivas promessas políticas para o apoio ao desenvolvimento da região, o mau estado da linha ferroviária, os acidentes, e a vida das populações locais servidas pelo centenário caminho de ferro.

Concluído em 2009, o filme - criado pelo mesmo realizador do também premiado documentário "Ainda há Pastores?" (2005) - tem como objectivo «pôr o tema do Tua na ordem do dia».

Para Jorge Pelicano, este filme é «uma metáfora» para o despovoamento e a desertificação do interior do país.

 

Fonte: TSF

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obrigado Cris:)
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