Dia-a-dia de um distrito rural, doze concelhos e meia dúzia de pequenas cidades encravadas nas montanhas mais a norte de Portugal
31 de Julho de 2009

 Este blog volta a apostar numa mudança de look. Espero que gostem!

publicado por Lacra às 16:52
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A Bandeira Azul, símbolo de qualidade das áreas balneares, foi arreada da praia fluvial da Congida, concelho de Freixo de Espada à Cinta. 

De recordar que o galardão foi hasteado pela primeira vez naquele espaço balnear e de lazer, no passado dia 5 de Julho, dada a boa qualidade da água, arranjo urbanístico e criação de novos equipamentos onde foram gastos cerca de 1,7 milhões de euros.
Agora uma das razões da tomada de decisão da retirada da bandeira, prende-se com o facto da qualidade da água do rio Douro, junto a praia da Congida, não obedecer aos parâmetros de qualidade impostos pelo regulamento da Bandeira Azul, após analises efectuadas por entidades oficiais. O regulamento da Bandeira Azul não aceita na mesma época duas análises efectuadas às águas e que obtenham a qualificação de “aceitável" em vez de "muito boa”. Apesar da perda deste símbolo a praia fluvial da Congida continua aberta a banhos.
Já na próxima segunda, a Administração Regional de Saúde vai proceder a uma contra-análise para se verificar “a real qualidade” da água.

30 de Julho de 2009

Rui Vaz, o candidato socialista à câmara de Macedo de Cavaleiros, acusa a concelhia social-democrata de estar a elaborar as listas às juntas de freguesia com dezenas de elementos, à custa de “chantagem” e “promessas de emprego”.

Em conferência de imprensa, o candidato afirmou ter conhecimento de “dezenas de casos concretos” de pessoas que foram “pressionadas” a assinar a lista do PSD.

“As assinaturas são angariadas com promessas de emprego, chantagem e coacção. Temos vários exemplos de pessoas que estão comprometidas por promessas de emprego a familiares”, acusou.

As listas às juntas de freguesia são constituídas por apenas 14 elementos. No entanto, por norma, na elaboração das mesmas são angariadas mais assinaturas tendo em conta a possibilidade de desistências. Acontece que, segundo Rui Vaz, o PSD estará a fazer listas com mais de 30 e 40 pessoas, em algumas freguesias. O processo, apesar de não ser ilegal, é considerado pelo candidato socialista como “pouco democrático”, dado a baixa taxa de densidade populacional de algumas freguesias.

“Foi um acto premeditado com o objectivo claro de dificultar a vida ao adversário”, apontou.

Rui Vaz acrescenta ainda que em causa não está a não constituição de listas.

“O que está em causa é, mais uma vez, tornar público que há pessoas que em actos eleitorais não têm comportamentos democráticos”.

O candidato recordou que já noutros actos eleitorais houve situações de anormalidade e acusou o executivo de estar envolvido nessas mesmas situações.

Como exemplo Rui Vaz apontou as eleições dos Bombeiros, as eleições para a direcção da Associação Comercial ou para o Agrupamento de Escolas.

Já no caso das eleições autárquicas, o candidato diz que o PSD está a “enganar as pessoas” para assim “manter o poder a todo o custo”.

“É que as pessoas que assinaram essas listas, quando elas forem afixadas, não vão lá ver o seu nome porque são apenas permitidos 14 elementos”, explicou.

Confrontado com estas acusações, o líder da concelhia local e vereador da autarquia, Carlos Barroso, limitou-se a comentar que o PSD tem listas em todas as freguesias do concelho e que o processo está entregue a cada um dos cabeças de lista das freguesias.

O líder social-democrata alegou ainda não ter conhecimento de nenhum dos casos apontados pelo candidato socialista, até porque ainda não foi recepcionada nenhuma lista definitiva. O responsável político disse ainda que, nos termos da lei, não existe nenhum limite para o número de suplementos a integrar as listas e apontou que as alegações de Rui Vaz demonstram apenas a “dificuldade extrema”  que está a ter em organizar o processo

“Se é porque foram tarde, se é porque ninguém acredita no seu projecto, é uma reflexão e análise que o candidato socialista terá de fazer”.

Apesar das dificuldades, o PS confirma que tem listas em 38 freguesias e quatro plenários e lembra que, há oito anos atrás, também Luís Vaz ganhou 25 juntas de freguesia mas perdeu a câmara.

 

29 de Julho de 2009

A linha do Tua não tem interesse turístico. A opinião foi defendida pelo deputado socialista Luís Vaz, eleito pelo círculo de Bragança, ontem à tarde na Assembleia da República. Durante o debate sobre a petição da Linha do Tua apresentada há um ano pelo Movimento Cívico pela Linha do Tua e que tinha como propósito defender a linha do Tua da construção de uma barragem, o deputado afirmou que “a linha férrea deixou de ser útil para as pessoas que ali vivem e trabalham, que optaram pelo transporte rodoviário”. Luís Vaz salientou que a ferrovia poderia ter potencial turístico, mas não diz que “não conhece um único operador turístico que se tenha interessado pela sua exploração”. Quem não gostou de ouvir estas palavras foi a deputada do Bloco de Esquerda, Helena Pinto. “Apetece-me dizer que fiquei quase sem palavras depois de ouvir tudo o que o deputado socialista disse. Só faltou concluir com viva a barragem, viva a EDP”, ironizou. E José Silvano diz que Luís Vaz tem inveja de Mirandela. É desta forma que o presidente da câmara de Mirandela reage às declarações do deputado socialista, eleito por Bragança, proferidas, ontem, na Assembleia da República. O também presidente da administração da Metro de Mirandela ficou surpreendido com esta posição de Luís Vaz. José Silvano considera que “só fala de Mirandela para cima e que não conhece o Vale do Tua”. Acrescenta que Luíz Vaz vestiu a pele de “deputado por Macedo de Cavaleiros” e que “como não passa lá a linha tem inveja que ela termine em Mirandela”. José Silvano desmente também que não haja três operadores interessados em explorar a linha do Tua. "Basta consultar o estudo que as Câmaras fizeram para constatar que há empresas interessadas". Comentário: o que custa nisto tudo é que o deputado até tem razão. Até agora ainda nenhum operador turístico quis pegar na linha do Tua e há cada vez menos pessoas a viajar nas locomotivas, basta ir lá e ver. Ou estarei enganada? Gostava de acreditar que sim...

 Amanhã, quarta-feira (29JUL09), no Jornal da Noite (SIC), será apresentada a Reportagem Especial: "Fim de Linha", sobre o transporte ferroviário português, de via estreita.  

 
De acordo com a página web da SIC, nesta reportagem serão ainda comparadas as realidades portuguesa e espanhola; por um lado, o abandono e o desinteresse evidentes nas linhas-férreas portuguesas, e por outro, a modernização, valorização e aproveitamento de todo um património ferroviário no outro lado da fronteira, em Espanha...

 

A reportagem é de João Faiões com imagem de Fernando Nunes.


A gripe A está a preocupar os responsáveis da Igreja Católica. Ontem, o bispo da diocese de Bragança-Miranda, D. António Montes Moreira, fez seguir um comunicado a todos os párocos do distrito de Bragança com alguns conselhos e sugestões para a celebração das missas.

As sugestões estão relacionadas com a comunhão e a saudação da paz, para além do esvaziamento das pias baptismais e o arejamento dos templos.

 

 

“A legislação que existe permite dar a comunhão na mão e a comunhão na boca. Não estamos numa situação de iminente perigo de contágio. Há uma preferência pela comunhão na mão mas, nesta altura, não podemos impor essa forma de comungar”, começou por explicar o Bispo de Bragança.

 

 

“O mesmo em relação ao abraço da saudação da paz. Habitualmente dá-se um aperto de mão e julgo que não estamos ainda numa situação tão extrema em que esses contactos não se possam fazer. Em toda a parte nos cumprimentamos”, diz, sublinhando, por isso, que “sugere-se uma inclinação de cabeça” como forma de cumprimento.

 

 

“Mas dois aspectos mais importantes são a questão da água benta nas pias que, aí sim, essas águas paradas se podem tornar foco de contágio” e, por isso, convém esvaziá-las, para além de se pedir “que as igrejas tenham arejamento suficiente”. “São meras sugestões e não imposições”, sublinha D. António Montes Moreira.

 

Medidas apoiadas pela directora das Urgências do Hospital de Bragança, Eugénia Madureira.

 

“Parecem-me bem. Em relação à parte das hóstias, a partir do momento em que não haja contacto com as mãos, há menos possibilidades de infecção. Em relação aos cumprimentos também me parece bem porque é através das vias aéreas que se verifica a grande transmissão e tudo o que possa evitar o contacto com as pessoas é uma forma de impedir a transmissão da doença”, esclarece a médica do hospital da Bragança.

 

 

Apesar de ainda não ter havido nenhum caso confirmado, Eugénia Madureira está “convencida que seguramente” vai haver casos positivos no futuro. “Somos visitados por gente que vem de fora, emigrantes, pessoas que vão ter contacto com outras infectadas e por isso estas medidas devem ser para o país todo e nós aqui não somos excepção.” 

 

 

Para já, só houve duas situações suspeitas no Hospital de Bragança, que acabaram por não se confirmar.

 

Mas porque entende que o aparecimento de casos de gripe A é uma questão de tempo, Eugénia Madureira resume alguns dos cuidados básicos de prevenção.

 “Lavar as mãos frequentemente. Se as pessoas andarem constipadas, quando espirrarem tentarem proteger com a mão e lavá-la em seguida. Usar sempre lenços de papel e deitá-los fora em seguida. Se estiverem com sintomas de gripe evitarem sair de casa porque têm menos possibilidades de infectar outros. Se começarem a ter sintomas evitarem recorrer aos hospitais. Ligarem a linha 808 24 24 24, exporem a situação se começarem a ter febre, dores de cabeça e por todo o corpo, dor de garganta, vómitos e diarreia… se às vezes houver um caso que seja altamente suspeito, o INEM vai buscar a pessoa a casa”, conclui.

publicado por Lacra às 10:37
28 de Julho de 2009

 A banda folk sueca, Hedningarna, encerra, hoje, 31 de Julho, a 10ª edição do Festival Intercéltico de Sendim. Para assinalar a data, ao longo do ano a organização promoveu uma petição na Internet para que fosse o público a escolher a banda que gostaria de ver de regresso ao Parque das Eiras. De todos os nomes que por ali já passaram, foi aos Hedningarna, que actuaram em Sendim em 2004, que coube a maioria da votação.

Para Mário Correia, da organização, a votação revelou uma verdadeira surpresa até porque, aparentemente, o nome mais popular seria Hevia, a banda do gaiteiro asturiano que popularizou a “Busindre Reel”.

“É sempre subjectivo, até porque as músicas são maioritariamente participadas mas minoritariamente divulgadas”, considerou.

Para além de Hedningarna, a programação no palco principal integra outros nomes consagrados, “verdadeiras instituições musicais da linha da frente da excelencencia da folk”. São eles, Maria Salgado, considerada uma das mais importantes vozes da folk castelhano-leonesa, que abrirá as hostes para Hedningarna; no dia 1 de Agosto, os “Brigada Victor Jara”, que trazem um concerto “especialmente preparado para o efeito, com forte presença de temas transmontanos”; e também os  históricos asturianos “Llan de Cubel”, que encerram as festividades a 1 de Agosto. Madrugada adentro é a vez dos Trasga animarem os festivaleiros com a típica música celta.

A divulgação de jovens projectos também não foi esquecida. Durante o evento, passarão pelo Parque das Eiras os “Lenga-Lenga”, um grupo sendinês que aproveitará para apresentar ao público o seu novo álbum, e também os enérgicos “Korrontzi”, uma formação proveniente do País Basco que se inscreve na mais expressiva linha da folk enunciada por Kepa Junkera.

Paralelamente irão actuar também os grupos “L’alma – Grupo de Cantares de Sendim”, “Tuna da Lousa”, “Gaiteiros de Constantim”, assim como um “concerto” de toques tradicionais de sinos.
A programação do Intercéltico de Sendim já estava delineada há vários meses, dado que este é um festival que decorre em plena época alta que continua a atrair centenas de pessoas de todo o país e da vizinha Espanha.

 

Parque das Eiras renovado

Este ano, a assinalar o 10º aniversário, será inaugurado um renovado Parque das Eiras.  Mário Correia garante que o parque está especialmente vocacionado para eventos, com instalações sanitárias adequadas e com tudo a postos para a prevenção da Gripe A.

“Vamos ter torneiras e sabonetes de base alcoólica para a lavagem frequente de mãos. Há sempre algum perigo uma vez que estará ali um aglomerado de gente”, considerou Mário Correia.

Outra das melhorias é ao nível do piso: “este ano já se poderá dançar sem nuvens de poeira”.

Dez anos depois, são esperadas centenas de pessoas na vila de Sendim para mais um Festival de Música Celta. O “segredo do sucesso”, segundo Mário Correia, está na “aventura da surpresa”.

“Dez anos depois de termos começado nesta Finisterra, as pessoas continuam a vir aqui. Conseguimos fidelizar públicos talvez pela aventura da surpresa, de vir e descobrir novos grupos. Não há fórmulas secretas, é a programação que é capaz de surpreender quem aqui vem”.

Paralelamente, serão organizadas outras actividades culturais, entre as quais se insere a Feira da Música, um evento organizado pela primeira vez, com o patrocínio da Direcção Regional de Cultura do Norte.

 

27 de Julho de 2009

Mais de 450 pessoas marcaram presença na festa de apresentação das listas do PS à Câmara e Assembleia Municipal de Miranda do Douro numa forte manifestação de apoio aos candidatos que querem sair vitoriosos no próximo dia 11 de Outubro.

Num ambiente de grande alegria e entusiasmo o presidente da concelhia rosa, Carlos Ferreira, insistiu que é tempo de fechar o ciclo da governação laranja no concelho: “Estão cansados, o tempo deles já passou, é altura de dar início a um novo ciclo, a um ciclo de nova esperança”. Artur Nunes, por seu turno, reforçou a ideia de que o actual executivo está “estafado e esgotado” e apelou ao voto na renovação, “numa nova equipa com ideias, projectos e vontade de trabalhar, uma equipa com coragem e determinação para dar um novo rumo ao concelho”.

A equipa conta com o apoio da Federação Socialista, cujo presidente, Mota Andrade, deixou claro que os candidatos, neste município, foram escolhidos “pelo seu valor e qualidade”, e prova disso, acrescentou, “é o facto de nenhum deles precisar da política para viver e de, na sua maioria, serem independentes”, deixando logo o convite para uma futura filiação, “se assim o entenderem”.

E uma das “independentes” é a candidata à Assembleia Municipal, Jacinta Fernandes. No seu discurso de apresentação, deixou claro que o que a move é “a causa pública”. Manifestou forte confiança na equipa liderada por Artur Nunes, e por isso disse ter alinhado nesta candidatura mas, para que não restem duvidas, frisou que o seu papel será sempre defender a comunidade: “Espero que nunca seja necessário e acredito que não será mas, se preciso for, o meu papel é defender a população e o interesse público”.

 

Ideias e Projectos

Artur Nunes revelou na apresentação da sua candidatura algumas das ideias e projectos que pretende implementar se ganhar a Câmara Municipal. Uma aposta transversal aos diversos sectores de actividade, conforme se reflecte no discurso. “Connosco no executivo terão prioridade as infra-estruturas que tragam desenvolvimento, que contribuam para melhorar a qualidade de vida dos mirandeses mas também que sirvam para dar atractividade à cidade, que impulsionem o desenvolvimento económico porque se não houver oportunidades económicas, se não houver desenvolvimento económico, nada evolui, o emprego escasseia, a riqueza decresce e as pessoas vão-se embora!”, disse.

 

No sector da agricultura Artur Nunes promete criar um Gabinete de Apoio ao Agricultor: “Onde técnicos especializados possam ajudar os nossos homens a fazer candidaturas aos fundos comunitários mas também a gerir a actividade no dia-a-dia, a resolver pequenos problemas burocráticos com as entidades e serviços públicos e, porque não, a encontrar caminhos e soluções para escoar os produtos de excelência que aqui produzimos”, adiantou.

 

No sector pecuário considera imprescindível a construção de um novo matadouro e esse matadouro, para servir o Planalto Mirandês, “tem de ficar no nosso concelho”.

 

No comércio, considerado um dos pilares mais importantes da economia local, o candidato promete criar ajudas para encontrar novas saídas para enfrentar a crise. À semelhança do sector agrícola, comerciantes e empresários terão um gabinete na autarquia especialmente dedicado a dar apoio técnico a vários níveis, a trabalhar para apoiar os empreendedores locais e para conseguir captar novos investimentos externos, que produzam riqueza e que ajudem a criar empregos e com isso a fixar a população.

 

E para promover todas as potencialidades endógenas ao município Nunes considera que é fundamental organizar o sector do Turismo. “Por isso nós queremos criar um centro de inovação e cultura, que organize o turismo, que organize rotas e roteiros pelas nossas aldeias, que promova a aprendizagem das actividades tradicionais, a execução das gaitas de foles, das capas mirandesas, dos paus e das castanholas dos pauliteiros, que promova uma imagem atractiva”.

 

Uma palavra também para os mais velhos. “Queremos criar uma linha de apoio aos idosos, equipas permanentes de técnicos, electricistas, canalizadores, pedreiros e outros, que faltam nas aldeias, e que possam ir à casa das pessoas resolver estas pequenas coisas”.

Inconformado com a saída da UTAD de Miranda do Douro Nunes diz que tudo fará para conseguir devolver o ensino superior à cidade assim como para implementar o esperado Instituto da Língua Mirandesa.

 

“Confiem em nós e desde já vos garanto trabalho e dedicação e sempre uma voz reivindicativa junto do poder central, em prol de Miranda do Douro, em prol dos Mirandeses. O futuro é melhor…o futuro pertence aos mirandeses!”, terminou o candidato.

publicado por Lacra às 22:48

A CDU divulgou mais três candidatos às eleições autárquicas de 2009 para os concelhos de Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta e Mogadouro.

Manuel Madureira, enfermeiro, com 54 anos, natural de Pombal de Ansiães, é o candidato à autarquia de Carrazeda. Já em Freixo de Espada à Cinta, é Isaura Costa quem encabeça a corrida às autárquicas. A candidata é natural de Ligares, tem 53 anos de idade e é empregada de escritório.

Francisco Fernando Madruga é a aposta da CDU para a câmara de Mogadouro. O candidato, director comercial, tem 52 anos, é natural de Vale da Madre.

Recorde-se que a CDU já divulgou também os cabeças de lista para as câmaras de Bragança, Vinhais, Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Torre de Moncorvo.

Para já, os comunistas ainda não apresentaram lista às autarquias de Vila Flor, Vimioso, Miranda do Douro e Alfândega da Fé.

 

26 de Julho de 2009

 

“Um modelo que não interessa a Bragança” – foi desta forma que a autarquia brigantina classificou o Plano de Ordenamento Territorial do Norte, apresentado, na semana passada, pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

A proposta está em discussão pública e visa tornar toda a região Norte mais competitiva e coesa de modo a que os fundos comunitários possam ser melhor utilizados. Nesse âmbito, Vila Real e Braga assumem-se como “cidades de equilíbrio regional”, ou seja, cidades estratégicas para o desenvolvimento. Já a cidade de Bragança fica “de fora” desse conceito, não recebendo qualquer tipo de classificação.

O Plano já mereceu críticas por parte da autarquia de Bragança. Segundo Nuno Cristóvão, vereador, a proposta acaba mesmo por “desclassificar Bragança”.

“De Vila Real para o Litoral há um forte investimento e uma forte aposta de desenvolvimento em detrimento do eixo Vila Real – Bragança. Isto é uma morte quase anunciada no interior”, apontou.

Uma opinião partilhada por Jorge Nunes, presidente da autarquia local que diz que este modelo replica o “centralismo de Lisboa”.

“O documento devia contemplar a coesão e a oportunidade e não replicar modelos que concentram a económica e a população”.

A câmara já fez mesmo chegar a “indignação” ao Governo através de um parecer negativo atribuído ao plano. Segundo Nuno Cristóvão, há mais autarquias de Trás-os-Montes que estão contra esta proposta de desenvolvimento regional.

O responsável da autarquia espera agora que, depois da discussão pública, o plano seja alterado ou chumbado pelo Governo, “em favor do desenvolvimento de Trás-os-Montes e com Bragança a afirmar-se como capital desta região”.

A única proposta do Plano que a autarquia considera positiva é relativa ao sistema aeroportuário e que vai no sentido de criar um aeroporto em Bragança. No entanto, Jorge Nunes considera que para o Plano ser positivo para o interior e para Bragança terão que ser introduzidas mais alterações, sob pena de “condenar o interior ao empobrecimento, ao esvaziamento de serviços e de população”.

 

“Bragança não está excluída”, garante CCDR-N

A não classificação de Bragança como “cidade de equilíbrio regional” poderá vir a ser revista pela CCDR-N. No entanto, Paulo Gomes, vice-presidente desta entidade, já garantiu que o Plano “não exclui Bragança”.

“Se ocorrer alguma alteração relativamente a Bragança é porque encontramos verdadeiros argumentos que justificam esse estatuto. Caso contrário é porque considerados que dar a Bragança o mesmo estatuto que a Vila Real ou a Braga poderia enfraquecer o modelo territorial na sua globalidade e, consequentemente, prejudicar a região e qualquer uma das sub-regiões”, explicou Paulo Gomes.

Entre os argumentos que poderiam colocar Bragança no mesmo nível que Vila Real ou Braga está a criação de um forte tecido empresarial na envolvente à cidade, que actualmente é praticamente inexistente.

Além disso, Paulo Gomes referiu que o programa de incidência nacional Polis XXI contempla um eixo, no programa regional, com uma verba de 350 milhões de euros destinados a todos os centros urbanos de grande, média e pequena dimensão. O programa já está comprometido em 290 milhões de euros e, embora o responsável refira que “Bragança não está excluída”, acrescenta também que já estão abrangidos 70 centros urbanos do Norte.

Ainda assim, o responsável lembra que a cidade tem sido “fortemente apoiada” com um conjunto de programas de incidência cultural, de lógica de cooperação transfronteiriça e refere que o modelo territorial proposto não representa o retrato do presente nem do futuro.

“O modelo territorial proposto visa apenas enunciar o que devem ser as condições mínimas que um conjunto de cidades devem assegurar para que se atinja o objectivo de torna a região mais competitiva”.

Nesse sentido, Paulo Gomes lembra também que o mapa da região Norte vai ficar “mais pequeno” com a construção das auto-estradas Bragança-Porto, do IC5 e do IP2.

“Vai haver uma maior proximidade aos centros urbanos e a rede vai ser valorizada porque o IP2 e o IC5 vão cruzar os concelhos do interior”.

O documento vai estar em discussão pública até 7 de Setembro.

publicado por Lacra às 20:16
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obrigado Cris:)
Bem vinda :))
Helder Fráguas sofreu a perda da sua companheira, ...
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